Sábado, 13 de Abril de 2019.
Santo do dia: São Martinho I, Papa e mártir; Santo Hermenegildo, mártir
Cor litúrgica: roxo
Evangelho do dia: São João 11, 45-56
Primeira leitura: Ezequiel 37, 21-28
Leitura da profecia de Ezequiel:
21Assim diz o Senhor Deus: “Eu mesmo vou tomar os israelitas do meio das nações para onde foram, vou recolhê-los de toda parte e reconduzi-los para a sua terra. 22Farei deles uma nação única no país, nos montes de Israel, e apenas um rei reinará sobre todos eles. Nunca mais formarão duas nações nem tornarão a dividir-se em dois reinos. 23Não se mancharão mais com os seus ídolos e nunca mais cometerão infames abominações. Eu os libertarei de todo pecado que cometeram em sua infidelidade e os purificarei. Eles serão o meu povo e eu serei o seu Deus. 24Meu servo Davi reinará sobre eles, e haverá para todos eles um único pastor. Viverão segundo meus preceitos e guardarão minhas leis, pondo-as em prática. 25Habitarão no país que dei ao meu servo Jacó, onde moraram vossos pais; ali habitarão para sempre, também eles, com seus filhos e netos, e o meu servo Davi será o seu príncipe para sempre. 26Farei com eles uma aliança de paz, será uma aliança eterna. Eu os estabelecerei e multiplicarei, e no meio deles colocarei meu santuário para sempre. 27Minha morada estará junto deles. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 28Assim as nações saberão que eu, o Senhor, santifico Israel, por estar o meu santuário no meio deles para sempre”.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus
Salmo (Jr 31)
– Ouvi, nações, a palavra do Senhor e anunciai-a nas ilhas mais distantes: “Quem dispersou Israel vai congregá-lo e o guardará qual pastor a seu rebanho!”
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
– Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó e o libertou do poder do prepotente. Voltarão para o monte de Sião, entre brados e cantos de alegria afluirão para as bênçãos do Senhor.
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
– Então a virgem dançará alegremente, também o jovem e o velho exultarão; mudarei em alegria o seu luto, serei consolo e conforto após a guerra.
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 11, 45-56
– Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
– Lançai para bem longe toda a vossa iniquidade! Criei em vós um novo espírito e um novo coração! (Ez 18,31);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:
Naquele tempo, 45muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o conselho e disseram: “O que faremos? Esse homem realiza muitos sinais. 48Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso lugar santo e a nossa nação”. 49Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não entendeis nada. 50Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” 51Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. 52E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus. 54Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no templo, comentavam entre si: “O que vos parece? Será que ele não vem para a festa?”
– Palavra da Salvação
– Glória a Vós, Senhor
Comentário ao Evangelho por São Próspero de Aquitânia, teólogo leigo
O apelo de todos os povos, 9
«Jesus havia de morrer […] não só pela nação, mas também para congregar na unidade todos os filhos de Deus que andavam dispersos»
«Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por seu Filho, a quem considerou herdeiro de todas as coisas» (Heb 1,2). Esta frase quer dizer que o Pai considerou que todos os homens fazem parte da herança de Cristo. Ela é conforme à profecia de David: «Pede-Me e Eu te darei as nações por herança, e por domínio as extremidades da terra» (Sl 2,8).
O próprio Senhor declara: «Uma vez elevado da terra, atrairei tudo a Mim» (Jo 12,32). É a conversão de todos que parece estar aqui prometida. E noutra passagem, encontramos uma profecia sobre a Igreja: «Todo o vale será preenchido, toda a montanha e toda a colina serão baixadas, os lugares acidentados serão aplanados e as escarpas transformadas em grandes vales» (Is 40,4): haverá alguém que pareça aqui esquecido, que não seja aqui designado como súbdito de Cristo? E que pensar quando lemos: «Toda a carne virá prosternar-se diante da minha face, para que Me adorem em Jerusalém, diz o Senhor» (Is 66,23)? […]
A expressão «povo de Deus» deve ser tomada em toda a sua plenitude. E, se bem que a maioria dos homens recuse ou negligencie a graça do Salvador, é o conjunto que é designado pelas palavras «eleitos» e «predestinados». […] O apóstolo São Paulo também diz: «Nós proclamamos a Jesus Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos, mas potência de Deus e sabedoria de Deus» (1Cor 1,23-24). Cristo será «potência» e «sabedoria» de Deus para os mesmos homens para os quais é «escândalo» e «loucura»? De facto, porque alguns são salvos graças à sua fé, enquanto outros são endurecidos na impiedade, o apóstolo juntou os fiéis e os infiéis sob o termo geral de «chamados», mostrando assim que aqueles a quem chamava pagãos se tornaram estranhos ao chamamento de Deus, apesar de terem ouvido o evangelho.
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