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São Plácido, Beneditino – Século VI

Nos seus diálogos, São Gregório, o Grande, refere-se a São Plácido. Diz-nos ele que um patrício, Tertulo, confiara o filho, Plácido, a São Bento, ao mesmo tempo que Eutício entregava o filho Mauro ao mesmo patriarca dos monges do Ocidente.

Plácido, era menino ainda, uma tarde, com São Bento, subiu a uma elevação, onde iam orar ao Senhor para suplicar chuvas, porque todos na região lutavam com a falta de água.

Um dia que o venerável Bento estava na sua cela, Plácido saiu para ir buscar água a um lago, mas ali, atirando, sem precauções, a vasilha que levava, perdeu o equilíbrio e a seguiu para dentro d’água. E aconteceu que, num instante, a corrente tomou-o e levou-o para longe da margem, a uma distância, pouco mais ou menos, dum tiro de flecha.

Ora, o homem de Deus, do interior de sua cela, instantaneamente teve conhecimento do sucesso e, depressa, chamou o filho de Eutício, dizendo:

– Irmão Mauro, corre, porque aquele menino que foi buscar água ao lago nele caiu e a corrente está a levá-lo para longe!

Coisa maravilhosa e inaudita desde o apóstolo Pedro: tendo pedido e recebido a benção, à ordem do pai, Mauro, precipita-se até o lugar em que flutua o menino e, correndo como se fora em terra firme, agarra-o pelos cabelos e puxa-lo  para a margem. Depois que o depositou no seco, olhando ao redor, viu que correra sobre as águas. Estupefato, tremeu, pensando numa coisa que jamais pensara poder fazer.

De volta ao Padre, contou-lhe o que se passara. E o venerável Bento começou a atribuir aquilo não aos seus próprios méritos, mas à obediência. Ao contrário, Mauro dizia que o sucedido devia-se inteiramente ao mando do venerável Bento. Senão quando, assim expunham a coisa, o que fora salvo entrou na conversa, como árbitro, e declarou:

– Quanto a mim, posso dizer que, quando me tiraram das águas, vi, acima de minha cabeça, o manto do abade, e o pensei que fosse ele quem me viera salvar.

São Plácido foi enviado por Bento à Sicília. Mais tarde, aprisionado pelos sarracenos, morreu nas mãos dos piratas Manuca, com outros irmãos. Diz assim o resumo do martirológio:

Em Messina, na Sicília, a morte dos santos mártires Plácido, monge, discípulo de São Bento, abade; Eutíquio e Vitorino, seus irmãos; Flávia, virgem, sua irmã; Donato e Firmato, diáconos; Fausto e mais trinta monges, trucidados em defesa da fé de Nosso Senhor Jesus Cristo pelo pirata Manuca.

Em Agosto de 1588, foram descobertos no coro de São João Batista de Messina três corpos de homens e um de mulher. Eram os de Plácido, dos dois irmãos e da irmã. Depois encontraram-se outros, mas o número de trinta foi ultrapassado. Desde então, a festa de São Plácido foi instituída para toda a Igreja, e o seu nome passou a figurar no martirológio romano.

Um fresco rupestre que há perto de Valerano, em Viterno, mostra-nos o Santo ao lado do grande Patriarca São Bento e de São Mauro. Trajam túnicas, trazem escapulários, e São Plácido sustenta, na mão direita, uma cruz branca.

Foto: santiebeati.it
(Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XVII, p. 339 à 341)

 

 

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Fonte: Santo do Dia – Arautos do Evangelho

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