Uma Igreja Construída Pela Comunidade
A terça-feira santa é uma data importante para a comunidade paroquial de Santa Luzia. Entre os acontecimentos significativos está o início da construção da igreja, que levou quatro anos para ser concretizar. No dia 11 de abril de 2010, o Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, celebrou uma missa campal para dar abertura à obra e cavou a primeira sapata. Antes da construção, quem chegava à paróquia Santa Luzia encontrava uma pequena igrejinha e um galpão com telha de amianto, onde eram celebradas as missas e realizadas as demais atividades paroquiais. Por conta do crescimento da comunidade, o espaço começou a ficar pequeno e foram surgindo as primeiras ideias de ampliação da igreja. Com a chegada do pároco, padre Robert Chrząszcz, a ideia de ampliação foi colocada em prática. O templo seria construído do zero e a igrejinha que existia até então seria demolida. A concretização de um sonho Depois de quase cinco anos de trabalho pesado, a construção da tão sonhada igreja foi concluída. Hoje é possível acomodar confortavelmente mais de mil pessoas e o que resta para ser feito do projeto inicial são apenas detalhes internos. O engenheiro responsável pelo projeto, o paroquiano Fausto Gomes da Fonte, esteve presente em todos os momentos da obra, desde que foi feito o primeiro buraco no terreno. Ele contou um pouco de sua história com a comunidade. “Eu e minha falecida esposa começamos a frequentar a paróquia, quando ainda era uma pequena capela, pertencente a paróquia de Nossa Senhora do Loreto, na Freguesia. Depois da proposta de construir uma igreja, fomos convidados pelo padre Robert para ajudar na comissão de obras que já existia, então eu fiquei responsável pelo projeto, feito pelo arquiteto Luiz Neves, autor do plano básico e de grande parte dos detalhamentos”, relatou. Fausto explicou que por providência divina muitos católicos colaboraram na empreitada. Paroquianos que fizeram grandes doações em dinheiro e dezenas de outros que doaram o trabalho braçal e materiais de construção. As 50 sapatas usadas no alicerce da estrutura foram doadas, além do material para levantar as 12 colunas internas que sustentam o telhado – associadas aos 12 apóstolos -. Segundo ele, participar deste processo foi uma grande bênção de Deus. “Sempre me senti muito gratificado em trabalhar aqui. Foi uma realização pessoal que eu não tenho como descrever. Graças a Deus sempre recebi muito da vida, fui muito abençoado por Deus; tive saúde e uma família bonita. Então me sentia no dever de retribuir com alguma coisa tudo aquilo que recebi de Deus. Minha esposa sempre me incentivou e esteve sempre junto comigo, e a medida em que os trabalhos foram avançando, nós nos sentíamos gratos como cristãos”, completou.
Fiéis Vivenciam O Ofício Da Paixão Do Senhor
Às 15h, da sexta-feira santa, dia 14 de abril, centenas de paroquianos se reuniram para celebrar a Paixão do Senhor. O presidente da celebração, padre Robert Chrząszcz junto ao vigário, padre Claudio Fernandes e os dois diáconos permanentes, Antônio Alfredo e Pedro Manoel, se prostraram no chão, frente ao altar, no começo da cerimônia, simbolizando a humanidade rebaixada e oprimida, e ao mesmo tempo penitente, que implora o perdão por seus pecados. Neste dia a Igreja não celebra missa. O altar é iluminado sem mantel, sem cruz, sem velas nem adornos. Recorda-se a morte de Jesus. A adoração à cruz e os vários momentos de oração são momentos de penitência e de pedido de perdão. Integrante do Encontro de Jovens com Cristo (EJC), Rafael Oliveira, participou da celebração de maneira profunda. Escolheu ficar sozinho e adentrar no silêncio da paixão de Jesus. Ele contou que durante a adoração, o momento do beijo na cruz foi o mais marcante. “No momento em que fui beijar a cruz reparei bem de perto as chagas de Jesus. Quando eu me deparei tão próximo a elas, na última parte em que nos ajoelhamos, me senti um pouco retraído e atraído pela imagem. Estava um pouco despreparado, mas com vontade de beijar. Olhar as chagas de Jesus de perto e poder tocar foi uma sensação diferente de todas as vezes que já participei. Reconheci como devemos dar importância a todas aquelas feridas que Ele teve”, disse.
Santo Expedito
Expedito era chefe da Legião Romana numa das províncias romanas da Armênia. Ocupava esse alto posto porque, o imperador Diocleciano, tinha-se mostrado, no começo de seu reinado, favorável aos cristãos, confiando-lhes postos importantes na administração e no exército. Santo Expedito estava à frente de uma das mais gloriosas legiões, encarregada de guardar as fronteiras orientais contra os ataques dos bárbaros asiáticos. “Expedito” ficou sendo o nome do chefe, apelido dado por exprimir perfeitamente o traço dominante de seu caráter: a presteza e a prontidão com que agia e se portava então, no cumprimento de seu dever de estado e, também, na defesa da religião que professava. Era assim que os romanos davam freqüentemente a certas pessoas um apelido, que designava um traço de seu caráter. Desse modo, Expedito designa, para nós, o chefe Legião Romana, martirizado com seus companheiros no dia 19 de abril de 303, sob as ordens do imperador Diocleciano. Seu nome, qualquer que seja a origem de sua significação, é suficiente para ser reconhecido no mundo cristão, pois condiz, com a generosidade e com o ardor de seu caráter, que fizeram desse militar um mártir. Desde seu martírio, Expedito tem se revelado um santo que continua atraindo devotos em todo o mundo. Além de padroeiro das causas urgentes, Santo Expedito também é conhecido como padroeiro dos militares, dos estudantes e dos viajantes. Conta-se que, assim que resolveu se converter, uma tentação se manifestou em forma de corvo. O animal gritava “Crás! Crás!”, que significa em latim “Amanhã! Amanhã!”. O que se esperava era que ele adiasse o batismo, mas Expedito teria pisoteado o corvo e gritado, de volta: “Hodie! Hodie!”, ou seja “Hoje! Hoje!”. E assim agiu. Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
4ª-feira Na Oitava Da Páscoa
1ª Leitura – At 3,1-10 O que tenho eu te dou: em nome de Jesus levanta-te e anda! Leitura dos Atos dos Apóstolos 3,1-10 Naqueles dias: 1 Pedro e João subiram ao Templo para a oração das três horas da tarde. 2 Então trouxeram um homem, coxo de nascença, que costumavam colocar todos os dias na porta do Templo, chamada Formosa, a fim de que pedisse esmolas aos que entravam. 3 Quando viu Pedro e João entrando no Templo, o homem pediu uma esmola. 4 Os dois olharam bem para ele e Pedro disse: ‘Olha para nós!’ 5 O homem fitou neles o olhar, esperando receber alguma coisa. 6 Pedro então lhe disse: ‘Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!’ 7 E pegando-lhe a mão direita, Pedro o levantou. Na mesma hora, os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes. 8 Então ele deu um pulo, ficou de pé e começou a andar. E entrou no Templo junto com Pedro e João, andando, pulando e louvando a Deus. 9 O povo todo viu o homem andando e louvando a Deus. 10 E reconheceram que era ele que pedia esmolas, sentado na porta Formosa do Templo. E ficaram admirados e espantados com o que havia acontecido com ele. Palavra do Senhor. Salmo – Sl 104, 1-2. 3-4. 6-7. 8-9 (R. 3b) R. Exulte o coração dos que buscam o Senhor. Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia 1 Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, * anunciai entre as nações seus grandes feitos! 2 Cantai, entoai salmos para ele, * publicai todas as suas maravilhas! R. 3 Gloriai-vos em seu nome que é santo, * exulte o coração que busca a Deus! 4 Procurai o Senhor Deus e seu poder, * buscai constantemente a sua face! R. 6 Descendentes de Abraão, seu servidor, * e filhos de Jacó, seu escolhido, 7 ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, * vigoram suas leis em toda a terra. R. 8 Ele sempre se recorda da Aliança, * promulgada a incontáveis gerações; 9 da Aliança que ele fez com Abraão, * e do seu santo juramento a Isaac. R. Evangelho – Lc 24,13-35 Reconheceram-no ao partir o pão. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 24,13-35 13 Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14 Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. 15 Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16 Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. 17 Então Jesus perguntou: ‘O que ides conversando pelo caminho?’ Eles pararam, com o rosto triste, 18 e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: ‘Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?’ 19 Ele perguntou: ‘O que foi?’ Os discípulos responderam: ‘O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20 Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21 Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22 É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23 e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24 Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu.’ 25 Então Jesus lhes disse: ‘Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26 Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?’ 27 E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. 28 Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29 Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: ‘Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!’ Jesus entrou para ficar com eles. 30 Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. 31 Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32 Então um disse ao outro: ‘Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?’ 33 Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. 34 E estes confirmaram: ‘Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!’ 35 Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. Palavra da Salvação. Reflexão – Lc 24, 13-35 Este trecho nos mostra todas as etapas do trabalho evangelizador. Inicialmente, as pessoas estão caminhando em comunidade. Ninguém caminha verdadeiramente quando está sozinho. Jesus é o verdadeiro evangelizador, que entra na caminhada das pessoas, caminha com elas. Durante a caminhada, faz seus corações arderem, porque desperta neles o amor, permanece com eles, formando uma nova comunidade, e se dá verdadeiramente a conhecer quando as pessoas dão respostas concretas aos apelos do amor, fazendo com que elas sejam novas testemunhas da ressurreição. Fonte: CNBB
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