O Que é O Sacramento Da Confissão?
O sacramento da Confissão (ou Penitência) é o sacramento do perdão dos pecados, que restaura a graça santificante e a nossa amizade com Deus. O pecado é a maior desobediência a Deus, onde o ser humano, num ato de desobediência e falta de confiança no Criador, escolhe buscar a sua felicidade em coisas contrárias à lei divina. Portando o pecado nos separa de Deus. “Aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado, e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro”. (Catecismo da Igreja Católica, 1488) O pecado original, herdado dos nossos primeiros pais (Adão e Eva), são totalmente perdoados no Batismo. Mas a tendência ao pecado, bem como os nossos pecados pessoais (aqueles que cometemos ao longo de nossas vidas, depois do batismo) ainda ficam. Diante disso, nosso Senhor Jesus Cristo instituiu um sacramento especial, a fim de nos reconciliar com Deus, perdoar os nossos pecados, e nos dar novamente a graça santificante que perdemos ao pecar. Muitos se perguntam: por que precisamos nos confessar com um sacerdote (padre ou bispo)? Não podemos pedir perdão diretamente a Deus? Alguns dizem: “Entendo-me diretamente com Deus, e por isso não preciso de Padres!” No entanto, Deus quer fazê-lo de outra maneira. Ele conhece-nos. Naquilo que diz respeito ao pecado, costumamos fazer trapaça, varrendo o assunto para debaixo do tapete. Por isso Deus quer que expressemos os nossos pecados e os confessemos face a face. E para isso servem os sacerdotes. Jesus, na sua infinita sabedoria, compartilhou a sua autoridade de perdoar os pecados com os 12 apóstolos, e com isso transmitiu essa autoridade para todos os sucessores dos apóstolos (padres e bispos), como fica claro nesse trecho da Sagrada Escritura, quando Jesus aparece aos discípulos depois da ressurreição: “Jesus disse de novo: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou também eu vos envio. Então, soprou sobre eles e falou: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, lhes serão retidos“. (Evangelho de João 20, 21-23) Fica muito claro nesse trecho que Jesus concede a autoridade de perdoar os pecados aos apóstolos (“A quem perdoardes os pecados, serão perdoados”). É baseado nesse ensinamento de Cristo que a Igreja sempre ofereceu o perdão dos pecados através do sacramento da confissão, ministrado pelos legítimos sucessores dos apóstolos (bispos e padres). Foi o próprio Cristo que determinou que o perdão fosse oferecido através desses homens. Não foi a Igreja que inventou a confissão, mas o próprio Cristo que determinou este meio de perdoar os nossos pecados. Jesus transmitiu aos Seus Apóstolos a força do Espírito Santo, na qual Ele perdoava os pecados. Caímos nos braços do nosso Pai celeste, quando nos dirigimos a um sacerdote e nos confessamos. Seria muito fácil se confessar diretamente com Deus. Qual seria a garantia de que realmente estamos arrependidos? Jesus, sabendo disso, institui o Sacramento da Confissão, nos forçando a confessar os nossos pecados, para assim provocar um verdadeiro arrependimento e salutar humilhação pelas falhas que realizamos. Além disso, quando pecamos, ferimos o Corpo Místico de Cristo: a própria Igreja. Nada mais justo que procurar um representante da Igreja para pedir perdão, e assim reparar a ofensa que foi provocada na própria Igreja através do nosso pecado. O sacramento da confissão é um sacramento de: 1) conversão, mudança de vida; 2) penitência, esforço pessoal de conversão e arrependimento; 3) perdão, onde Deus perdoa totalmente os nossos pecados, nos dando a Paz verdadeira; 4) reconciliação, voltamos a ser amigos de Deus. A conversão interior é mais importante que a conversão exterior, é necessário romper com o pecado, tendo repugnância às más obras, desejo e determinação em mudar de vida. Como se confessar? Faça um exame de consciência (Faça uma lista, se necessário. Tendo como base os 10 mandamentos). Se arrependa com toda sua alma. Arrependimento é o mais importante! Confessar os pecados ao sacerdote. Propósito de cumprir a penitência. Propósito de, com a graça de Deus, NUNCA MAIS cometer os mesmos pecados. Quais pecados se devem confessar? “Deve-se confessar todos os pecados graves ainda não confessados de que alguém se lembra depois de um diligente exame de consciência. A confissão dos pecados graves é o único modo ordinário para obter o perdão.” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, 304) O confessor deve guardar segredo? “Dada a delicadeza e a grandiosidade desse mistério e o respeito devido às pessoas, todo confessor é obrigatório, sem exceção alguma e sob penas muito severas, a guardar o sigilo sacramental, ou seja, o absoluto segredo acerca dos pecados conhecidos na confissão” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, 309) É importante lembrar que nunca é permitido esconder de forma proposital algum pecado durante a confissão, ou confessar sem verdadeiro arrependimento. Do contrário a confissão fica inválida. Que possamos aproveitar esse sacramento importantíssimo para a nossa vida espiritual, procurando sempre que necessário a confissão para retornar ao estado de graça e amizade com Deus. Na Paróquia Santa Luzia as confissões são realizadas 30 minutos antes das Missas! No próximo artigo vamos falar do sacramento da Unção dos Enfermos. Não perca! Salve Maria!
Santo Antônio Maria Zaccaria
Antônio Maria nasceu na tradicional nobreza italiana em 1502. Era filho único e foi educado pela mãe na vida cristã. Era conhecido por sua inteligência precoce e, ao mesmo tempo, pela disposição à caridade e humildade. Ao completar dezoito anos de idade doou toda sua herança para sua mãe e foi estudar filosofia e medicina. Antônio Maria usava todo seu tempo para estudar e meditar. Ao invés de se vestir como fidalgo, preferia as roupas simples e comportava-se com humildade. Depois de formado, exerceu a medicina junto ao povo, cuidando principalmente dos que não tinham recursos. Conta a tradição que, além de curar os males do corpo, ele confortava as tristezas da alma de seus pobres pacientes. Finalmente, em 1528, Antônio Maria ordenou-se sacerdote. Fundou a congregação dos Clérigos Regulares de São Paulo, cujos membros ficaram conhecidos como “barnabitas”, pois a primeira casa da ordem foi erguida ao lado da igreja de São Barnabé, em Milão. Fundou também a congregação feminina das Angélicas de São Paulo e criou o Grupo de Casais, para os leigos. Não tinha ainda completado os trinta e sete anos de idade quando foi acometido por uma infecção. Sendo médico, ele sabia que a morte se aproximava, voltou então para os braços da dedicada mãe Antonieta. Ele morreu sob o teto da mesma casa onde nasceu em 05 de julho de 1539. Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR Fonte: Santo do dia – Notícias Católicas
4ª-feira Da 13ª Semana Do Tempo Comum
1ª Leitura – Gn 21,5.8-20 O filho de uma escrava não pode ser herdeiro com o meu filho Isaac. Leitura do Livro do Gênesis 21,5.8-20 5 Abraão tinha cem anos quando lhe nasceu o filho Isaac. 8 Entretanto, o menino cresceu e foi desmamado; e no dia em que o menino foi desmamado, Abraão deu um grande banquete. 9 Sara, porém, viu o filho que a egípcia Agar dera a Abraão brincando com Isaac. 10 E disse a Abraão: ‘Manda embora essa escrava e seu filho, pois o filho de uma escrava não pode ser herdeiro com o meu filho Isaac’. 11 Abraão ficou muito desgostoso com isso, por se tratar de um filho seu. 12 Mas Deus lhe disse: ‘Não te aflijas por causa do menino e da tua escrava. Atende a tudo o que Sara te pedir, pois é por Isaac que uma descendência levará o teu nome. 13 Mas do filho da escrava farei também um grande povo, por ele ser da tua raça’. 14 Abraão levantou-se de manhã, tomou pão e um odre de água e os deu a Agar, colocando-os nos ombros dela: depois, entregou-lhe o menino e despediu-a. Ela foi-se embora e andou vagueando pelo deserto de Bersabéia. 15 Tendo acabado a água do odre, largou o menino debaixo de um arbusto, 16 e foi sentar-se em frente dele, à distância de um tiro de arco. Pois dizia consigo: ‘Não quero ver o menino morrer’. Assim, ficou sentada defronte ao menino, e pôs-se a gritar e a chorar. 17 Deus ouviu o grito do menino e o anjo de Deus chamou do céu a Agar, dizendo: ‘Que tens Agar? Não tenhas medo, pois Deus ouviu a voz do menino do lugar em que está. 18 Levanta-te, toma o menino e segura-o bem pela mão, porque farei dele um grande povo’. 19 Deus abriu-lhe os olhos, e ela viu um poço de água. Foi então encher o odre e deu de beber ao menino. 20 Deus estava com o menino, que cresceu e habitou no deserto. tornando-se um jovem arqueiro. 21 Morou no deserto de Farã, e sua mãe escolheu para ele uma mulher no país do Egito. Palavra do Senhor. Salmo – Sl 33,7-8. 10-11. 12-13 (R. 7a) R. Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido. 7 Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, * e o Senhor o libertou de toda angústia. 8 O anjo do Senhor vem acampar * ao redor dos que o temem, e os salva. R. 10 Respeitai o Senhor Deus, seus santos todos, * porque nada faltará aos que o temem. 11 Os ricos empobrecem, passam fome, * mas aos que buscam o Senhor não falta nada. R. 12 Meus filhos, vinde agora e escutai-me: * vou ensinar-vos o temor do Senhor Deus. 13 Qual o homem que não ama sua vida, * procurando ser feliz todos os dias? R. Evangelho – Mt 8,28-34 Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo? + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 8,28-34 Naquele tempo: 28 Quando Jesus chegou à outra margem do lago, na região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois homens possuídos pelo demônio, saindo dos túmulos. Eram tão violentos, que ninguém podia passar por aquele caminho. 29 Eles então gritaram: ‘O que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?’ 30 Ora, a certa distância deles, estava pastando uma grande manada de porcos. 31 Os demônios suplicavam-lhe: ‘Se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos.’ 32 Jesus disse: ‘Ide.’ Os demônios saíram, e foram para os porcos. E logo toda a manada atirou-se monte abaixo para dentro do mar, afogando-se nas águas. 33 Os homens que guardavam os porcos fugiram e, indo até à cidade, contaram tudo, inclusive o caso dos possuídos pelo demônio. 34 Então a cidade toda saiu ao encontro de Jesus. Quando o viram, pediram-lhe que se retirasse da região deles. Palavra da Salvação. Reflexão – Mt 8, 28-34 Apesar de toda evidência do amor de Jesus, existem pessoas que não o aceitam, e fazem isso porque consideram a aceitação de Cristo e de suas exigências como perda de algo a que estão apegados como uma verdadeira idolatria. Para os gadarenos, parece que é melhor ficar com os porcos, mesmo que seja com o diabo junto, do que aceitar um irmão resgatado e reconhecer a manifestação do amor salvífico de Deus. De fato, rejeitar Jesus em vista de algum bem material constitui-se em uma atitude diabólica, uma verdadeira idolatria. Fonte: CNBB Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
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