Mês Das Missões: Discípulo Missionário
Na Igreja da América latina, aconteceu um grande encontros de bispos, entre os dias 13 e 31 de maio de 2007, a chamada V Conferência do Episcopado Latino-americano (Celam), que foi realizada em Aparecida (Santuário Nacional), tendo a presença do Papa Bento XVI. O objetivo do encontro teve como foco de luz rever a missão evangelizadora no nosso continente. Com o tema “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo para que n’Ele todos os povos tenham Vida”, a conferência gerou como resultado final o chamado “Documento de Aparecida”. Neste documento, a Igreja faz um grande convite para que nós possamos ser Discípulos Missionários. O Documento de Aparecida nos diz que: “Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria.” (DAp 32) O Papa Francisco hoje, fazendo coro ao Documento de Aparecida, diz: “Todos nós batizados somos discípulos missionários e somos chamados a nos tornar no mundo um Evangelho vivo” (Papa Francisco – Angelus 09/02/2014) Jesus diz: “Vinde a mim” e em seguida, “ide e ensinai”. É esse o pulsar da Igreja, é o que a move. O que está tão claro no Documento de Aparecida, tantas vezes citado pelo Papa Francisco: a missionariedade da Igreja. Discípulo missionário. Aprender e ensinar. Conhecer Jesus e anunciá-lo. A estrutura do aprendizado cristão está no fato de que é preciso evangelizar. Ser discípulo é seguir um mestre, é imitá-lo nas ações e ensinamentos. Jesus é o mestre dos mestres, pois ele é o próprio Deus que se fez homem. Autor de toda história e de toda existência; fonte e meta da nossa realização e da nossa felicidade. Ser discípulo de Cristo nos leva a compartilhar esse grande presente que é ser amado por Jesus, tendo consciência que Ele nos salvou com o seu sacrifício na Cruz. Levar essa boa notícia, esse evangelho, é ação missionária. Por isso não é possível ser discípulo de Cristo e não ser missionário. Guardar esse presente de forma individual e não desejar compartilhar com os outros é um grande ato de egoísmo e falta de amor ao próximo. Descobrimos a fonte da nossa felicidade, sentido da nossa vida, e guardamos só para nós? Não. Devemos levar a fé em Cristo a todos os povos! Sejamos discípulos missionários! Salve Maria!
Santo Antônio De Sant’Anna Galvão
Conhecido como “o homem da paz e da caridade”, Antônio de Sant’Anna Galvão, popularmente conhecido como Frei Galvão nasceu no dia 10 de maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá (SP). Filho de Antônio Galvão, português natural da cidade de Faro em Portugal, e de Isabel Leite de Barros, natural da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo. O ambiente familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política. O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou Antônio, com a idade de 13 anos, à Bahia, a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas. Em 1760, ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de São Boaventura do Macacu, na Capitania do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo. Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição. Cheio do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do “recolhimento”. Às 10 horas do dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz de São Paulo, havendo recebido todos os sacramentos, adormeceu santamente no Senhor, contando com seus quase 84 anos de idade. Foi sepultado na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, e sua sepultura ainda hoje continua sendo visitada pelos fiéis. Sobre a lápide do sepulcro de Frei Galvão está escrito para eterna memória: “Aqui jaz Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, ínclito fundador e reitor desta casa religiosa, que tendo sua alma sempre em suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de 1822”. Sob o olhar de sua Rainha, a Virgem Imaculada, sob a luz que ilumina o tabernáculo, repousa o corpo do escravo de Maria e do Sacerdote de Cristo, a continuar, ainda depois da morte, a residir na casa de sua Senhora ao lado de seu Senhor Sacramentado. Frei Galvão é o religioso cujo coração é de Deus, mas as mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade, delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Era o homem da paz, e como encontramos no Registro dos Religiosos Brasileiros: “O seu nome é em São Paulo, mais que em qualquer outro lugar, ouvido com grande confiança e não uma só vez, de lugares remotos, muitas pessoas o vinham procurar nas suas necessidades”. O dia 25 de outubro, dia oficial do santo, foi estabelecido, na Liturgia, pelo saudoso Papa João Paulo II, na ocasião da beatificação de Frei Galvão em 1998 em Roma. Com a canonização do primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil, a 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI manteve a data de 25 de outubro. Via Canção Nova Fonte: Santo do dia – Notícias Católicas
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