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Por Que Os Católicos Não Comem Carne às Sextas-feiras?

Quando os católicos devem fazer abstinência de carne? A maioria dos fieis responderiam que a abstinência de carne é obrigatória na Quarta-feira de cinza e Sexta-Feira Santa. Porém essa resposta está incompleta. É uma grande surpresa para todos, mas a obrigação de realizar abstinência de carne, de acordo com o Código de Direito Canônico (que é o livro que mostra todas as leis da Igreja) é em TODAS AS SEXTAS FEIRAS DO ANO. Surpreso? É isso mesmo! Pela legislação atual da Igreja, essa determinação ainda é válida e está, portanto, em pleno vigor. No cânon 1251 , lemos -” Guarde-se a abstinência de carne ou de outro alimento segundo as determinações da Conferência episcopal, todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades; a abstinência e o jejum na quarta-feira de Cinzas e na sexta-feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.” Portanto, de acordo com a lei atual da Igreja, todo católico, a partir dos 14 anos de idade, deve cumprir a abstinência de carne em todas as sextas feiras do ano, exceto em alguma solenidade (se por exemplo o Natal cair numa sexta feira, não é necessário fazer abstinência de carne). No Brasil, de acordo com a CNBB, tendo aprovação da Santa Sé: “o fiel católico brasileiro pode substituir a abstinência de carne por uma obra de caridade, um ato de piedade ou ainda trocar a carne por um outro alimento (CNBB, Diretório da Liturgia e da organização da Igreja no Brasil, 2010).”   No nosso país é possível mudar a abstinência de carne por uma obra de caridade ou piedade (fazer uma oração especial, por exemplo), ou trocar por outro alimento. Porém, em toda tradição cristã, a abstinência de carne sempre foi mais utilizada, justamente para lembrar a paixão de Jesus. Santo Tomás de Aquino diz que o “jejum foi estabelecido pela Igreja para reprimir as concupiscências da carne, cujo objeto são os prazeres sensíveis da mesa e das relações sexuais” (Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, II, II, q. 147, a. 8) Por meio de tal prática é que se pode alcançar com frutos a virtude da temperança, definida pelo Catecismo da Igreja Católica como sendo a “virtude moral que modera a atração pelos prazeres e procura o equilíbrio no uso dos bens criados” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1809). Ela assegura o “domínio da vontade sobre os instintos e mantém os desejos dentro dos limites da honestidade” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1809). O costume de se abster de carne na sexta-feira sempre esteve ligado à Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, portanto, é necessário recuperá-lo a fim de aumentar ainda mais a devoção e a própria configuração Àquele que deu seu Sangue e sua vida por amor a nós, pobres criaturas. E, assim, como não amar de volta? Como não recordar – na sexta-feira – o grande amor que salvou a humanidade? Salve Maria!  

Todos Os Santos

“Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’ “(Mt 5,48) (Catecismo da Igreja Católica 2013). Fruto da conversão realizada pelo Evangelho é a santidade de muitos homens e mulheres do nosso tempo; não só daqueles que foram proclamados oficialmente santos pela Igreja, mas também dos que, com simplicidade e no dia a dia da existência, deram testemunho da sua fidelidade a Cristo. João Paulo II, Homilia durante a Missa de encerramento da II Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Europa (23 de Outubro de 1999), 4: AAS 92 (2000), 179. Durante o ano, a Igreja celebra ou faz memória de um santo diariamente. Mas no dia 1º de novembro, ela reúne-os todos numa festa comum. Isso porque, mesmo entre os canonizados, muitos santos não têm um dia exclusivo para sua homenagem. Essa celebração começou no século III, na Igreja do Oriente. Já em Roma, a festa de Todos os Santos ocorreu pela primeira no dia 13 de maio de 609, quando o papa Bonifácio IV transformou o Panteão, templo dedicado a todos os deuses pagãos do Olimpo, em uma igreja em honra à Virgem Maria e a Todos os Santos. Próximo do ano 800, houve a mudança do dia graças à intervenção do abade inglês Alcuíno de York, professor de Carlos Magno. Os pagãos celtas entendiam o dia 1º de novembro como um dia de comemoração que anunciava o início do inverno. Quando eles se convertiam, queriam continuar com a tradição da festa. Assim, a veneração de Todos os Santos, lembrando os cristãos que morreram em estado de graça, foi instituída no dia 1º de novembro. O papa Gregório IV, em 835, fixou e estendeu para toda a Igreja a comemoração em 1º de novembro. Oficialmente, a mudança do dia da festa de Todos os Santos, de 13 de maio para 1º de novembro, só foi decretada em 1475, pelo do papa Xisto IV. Mas quem são os santos? Santos são todos os que foram canonizados pela Igreja ao longo dos séculos e também os que não foram e nem sequer a Igreja conhece o nome e que nos precederam em vida na terra perseverando na fé em Cristo. Todos viveram na terra uma vida semelhante à nossa. Batizados, marcados com o sinal da fé, fiéis aos ensinamentos de Cristo, eles precederam-nos na pátria celeste e convidam-nos a irmos ter consigo. Nos primeiros séculos, os cristãos praticavam o culto dos santos, a começar pelos mártires, por isto hoje vivemos esta tradição, na qual nossa Mãe Igreja convida-nos a contemplarmos os nossos “heróis” da fé, esperança e caridade. Além disso, a solenidade de Todos os Santos enche de sentido a homenagem de Todos os Finados, que ocorre no dia seguinte. Fonte: Santo do dia – Notícias Católicas