O Santo Terço: A Arma Do Homem Cristão
Na aparição de Nossa Senhora de Fátima, em 1917, a mãe de Deus apresentou-se aos pastorinhos sob o título de “Senhora do Rosário” e revelou um pedido especial àquelas três crianças: “rezem o terço todos os dias pelos próprios pecados, mas também e, principalmente, pela salvação dos pecadores”. Há oito anos reunindo em média 40 homens de 7 a 70 anos de idade, o terço dos homens da paróquia Santa Luzia, recitado todas as terças-feiras, após a Santa Missa, cumpre o pedido de Nossa Senhora e transforma, pouco a pouco, o Santo Terço na poderosa arma dos homens católicos. Mário de Moura Guimarães, coordenador do terço dos homens há quatro anos, disse que a iniciativa ensina os homens a serem perseverantes. Um exemplo disso é a frequência na participação. Algumas reuniões já chegaram a contar com a presença de apenas dois homens, mas empenhados na virtude da perseverança, já chegaram a 60 membros. “Às vezes, alguns homens pensam que vão perder tempo, mas ao contrário, através do terço nos conscientizamos que a oração une as famílias. Nós não podemos ter vergonha”. O paroquiano José Evandro Lopes Vieira participa do terço dos homens desde o início. Para ele o encontro significa crescimento espiritual. “Eu participo de outras coisas na paróquia, mas faço questão de participar do santo terço e convidar outras pessoas. Esse momento é sempre uma bênção porque meditando as orações do terço nós estamos crescendo espiritualmente. Além disso, o terço traz paz para as famílias e para o ambiente de trabalho”, destacou. Primo de José Evandro, Severino Lopes Vieira, se tornou assíduo nos encontros há três meses, depois de uma dificuldade na saúde. Ele sai da Zona Sul da cidade para participar do terço dos homens. “Eu passei por um problema de saúde e fiquei quase 20 dias em coma no hospital; foi momento difícil. Depois que saí me tornei firme na Igreja e separo às terças-feiras para o meu compromisso com Deus e Nossa Senhora. Todo mundo deveria participar porque é um momento muito importante”.
São Godofredo
No período de 1073-1085, a Igreja trabalhava para retomar a credibilidade da autoridade papal. O Papa Gregório VII, então, promoveu uma reforma na Igreja com a ênfase no sacerdócio celibatário e a completa separação da Igreja e do Estado, dando força para o surgimento de novas ordens monásticas. Na localidade de Soissons, na França, uma criança conhecerá desde cedo uma Ordem Monástica e, nela, fará um caminho de santidade. Filho de nobres, Godofredo nasceu num castelo rodeado de todos os cuidados por ser o herdeiro tão esperado pela família. A tradição católica aponta como data de nascimento o ano de 1066, quando recebeu o nome de Godofredo, que significa a “Paz de Deus”. Quando fez cinco anos, seus pais o entregaram aos monges beneditinos para receber uma boa educação. Ele, contudo, nunca mais se afastou da companhia dos monges. Quando terminou sua fase educativa, foi para o convento de São Quintino, onde foi ordenado sacerdote aos vinte e cinco anos. Não demorou muito para o monge que tinha integridade de caráter, profundidade nos conhecimentos dos assuntos da fé, bem como a visão social, tornar-se abade e elevar e transformar a vida monástica. Fez da abadia dos Beneditinos de Nugent um centro espiritual, que atraiu numerosas vocações. Os religiosos de outras localidades buscavam nesta abadia orientação e conselhos de Godofredo. Quando o arcebispo viu o resultado do trabalho de Godofredo, quis que ele assumisse a Abadia de São Remigio, a mais importante da diocese. Godofredo não aceitou, pois seu desejo era viver no seguimento de Cristo, dedicando-se à caridade e trabalhando junto a pobres e doentes. Era comum ver os pobre excluídos participando da sua mesa, pois acolhia a todos os necessitados com abrigo e esmolas. Suas virtudes levaram o povo e o clero a eleger Godofredo, Bispo de Amiens, mas ele só aceitou a diocese depois de receber ordem escrita do próprio Papa. Esta foi outra missão difícil para Godofredo. Teve de enfrentar os ricos e poderosos, que preferiam a vida de muitos vícios, prazeres e luxos, sem nenhuma virtude e ligação com os ensinamentos cristãos. Começou empregando toda a força e eloquência de sua pregação contra esses abusos denunciando-os do próprio púlpito. O que quase lhe causou a morte num atentado encomendado. Colocaram veneno em seu vinho, mas o plano foi descoberto antes. Quando os monges de um convento famoso, rico e poderoso o convidaram para ser o abade, ele recusou. O que desejava era viver no seguimento de Cristo, dedicando-se à caridade e trabalhando no amparo e proteção aos pobres e doentes, e não o poder ou a ostentação. Era comum ver os mendigos e leprosos participando da sua mesa, pois acolhia todos os necessitados com abrigo e esmolas fartas. Suas virtudes levaram o povo e o clero a eleger Godofredo bispo de Amiens, mas ele só aceitou a diocese depois de receber ordem escrita do próprio papa. Sentindo-se pressionado e sem apoio, retirou-se para o Mosteiro dos Trapistas em Chartreuse (1114) para dedicar-se à oração em silêncio. Mas nem os superiores, nem o povo aceitaram a demissão e Godofredo foi reconduzido ao cargo. Mas foi por pouco tempo. Durante uma peregrinação à igreja de São Crispim e São Crispiniano, situada em Soissons, sua cidade natal, ele adoeceu. Morreu no dia 8 de novembro de 1115, no convento dedicada aos dois santos padroeiros dos sapateiros, onde foi enterrado. A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Deodato e o bem-aventurado João Duns Scotus. Fonte: Santo do dia – Notícias Católicas
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