Nossa Senhora Das Dores

Antes de fazer parte da liturgia, as dores de Maria Santíssima foram objeto de particular devoção. Os primeiros traços deste piedosa devoção encontram-se nos escritos de Santo Anselmo e de muitos monges beneditinos e cistercienses, tendo nascido da meditação da passagem do Evangelho que nos mostra a dulcíssima Mãe de Deus e São João aos pés da Cruz do divino Salvador. Foi a compaixão da Virgem Imaculada que alimentou a piedade dos fiéis. Somente no século XIV, talvez opondo-se às cinco alegrias de Nossa Senhora, foi que apareceram as cinco dores que variariam de episódios: 1. A profecia de Simeão 2. A perda de Jesus em Jerusalém 3. A prisão de Jesus 4. A paixão 5. A morte Logo este número passou para dez, mesmo quinze, mas o número sete foi o que prevaleceu. Assim, temos as sete horas, uma meditação das penas de Nossa Senhora, durante a paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo: Matinas – A prisão e os ultrajes Prima – Jesus diante de Pilatos Terça – A condenação Sexta – A crucifixão Nona – A morte Vésperas – A descida da cruz Completas – O sepultamento As chamadas Sete Espadas desenvolvem-se por circunstâncias escolhidas dentre as da vida da Santíssima Virgem: Primeira Espada: Outra não é que a da profecia de Simeão. Segunda Espada: O massacre dos inocentes, a mandado de Herodes. Terceira Espada: A perda de Jesus em Jerusalém, quando o Salvador então contava doze anos de idade, feito homem. Quarta Espada: A prisão de Jesus e os julgamentos iníquos, pelos quais passou. Quinta Espada: Jesus pregado na Cruz entre os dois ladrões e a morte. Sexta Espada: A descida da Cruz. Sétima Espada: A sepultura de Jesus As sete tristezas de Nossa Senhora formam uma série um pouco diferente: 1. A profecia de Simeão 2. A fuga para o Egito 3. A perda de Jesus Menino, depois encontrado no Templo 4. A prisão e a condenação 5. A Crucifixão e a morte 6. A descida da Cruz 7. A tristeza de Maria, ficando na terra depois da Ascensão. Este total de sete, que os simbolistas cristãos tanto amam, impunha uma escolha entre os episódios da vida da Santíssima Virgem, por isso que se explicam certas diferenças. A série que acabou por dominar é a seguinte: 1. A profecia de Simeão Havia então em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem (era) justo e temente (a Deus), e esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte, sem ver primeiro Cristo (o ungido) do Senhor. Foi ao templo (conduzido) pelo Espírito de Deus. E levando os pais, o Menino Jesus, para cumprirem as prescrições usuais da lei a seu respeito, ele o tomou em seus braços, e louvou a Deus, dizendo: – Agora, Senhor, podes deixar partir o teu servo em paz, segundo a tuia palavra; Porque os meus olhos viram tua salvação. A qual preparaste ante a face de todos os povos; luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo. Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam. E Simeão os abençoou, e disse a Maria, sua Mãe: – Eis que este Menino esta posto para ruína e para ressurreição de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição. E uma espada trespassará a tua alma, a fim de se descobrirem os pensamentos escondidos nos corações de muitos. (Lc. 2, 25-35) 2. A fuga para o Egito Então Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles cuidadosamente acerca do tempo em que lhes tinha aparecido a estrela; e, enviando-os a Belém, disse: – Ide e informai-vos bem acerca do menino, e, quando o encontrardes, comunicai-mo, a fim de que também eu o vá adorar. Eles, tendo ouvido as palavras do rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente. Ia adiante deles, até que, chegando sobre onde estava o menino, parou. Vendo (novamente) a estrela, ficaram possuídos de grandíssima alegria. E, entrando na casa, viram o Menino com Maria, sai mãe e, prostrando-se o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofereceram-lhe presentes, ouro, incenso e mirra. E, avisados por Deus em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, e lhe disse: – Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para lhe tirar a vida. E ele, levantando-se de note, tomou o menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito; e lá esteve até a morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor, por meio do profeta que disse: Do Egito chamei o meu Filho (Mt. 2. 7-15) 3. A perda de Jesus em Jerusalém Seus pais iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando chegou aos doze anos, indo eles a Jerusalém segundo o costume daquela festa, acabados os dias (que ela durava), quando voltaram, ficou o Menino Jesus em Jerusalém, sem que seus pais o advertissem. Julgando que ele fosse na comitiva, caminharam uma jornada, e (depois) procuraram-no entre os parentes e conhecidos. Não o encontrando, voltaram a Jerusalém em busca dele. Aconteceu que, três dias depois, encontraram-no no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que ouviam, estavam maravilhados da sua sabedoria e das suas respostas. Quando o viram, admiraram-se. E sua Mãe disse-lhe: – Filho, por que procedeste assim conosco? Eis que teu pai e eu te procurávamos cheios de aflição. Ele lhes disse: – Para que me buscáveis? Não sabíeis que devo ocupar-me nas coisas de meu Pai? Eles, porém, não entenderam o que lhes disse (Lc. 2, 41-50) 4. O encontro de Jesus no caminho do Calvário Quando o iam conduzindo, agarraram um certo (homem chamado) Simão Cireneu, que voltava
Evangelho Do Dia 2018-09-15

Sábado, 15 de Setembro de 2018. Santo do dia: Nossa Senhora das DoresCor litúrgica: branco Evangelho do dia: São João 19, 25-27 Primeira leitura: Hebreus 5, 7-9Leitura da Carta aos Hebreus: 7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem. – Palavra do Senhor – Graças a Deus Salmo 30 (31) – Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me! R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus! – Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me! R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus! – Retirai-me desta rede traiçoeira, porque sois o meu refúgio protetor! Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel! R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus! – A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor! R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus! – Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! Para aqueles que em vós se refugiam, mostrando, assim, o vosso amor perante os homens. R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus! Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 19, 25-27 – Aleluia, Aleluia, Aleluia.– Feliz a Virgem Maria, que, sem passar pela morte, do martírio ganha a palma, ao pé da cruz do Senhor! Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João: Naquele tempo: 25Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. 27Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. – Palavra da Salvação– Glória a Vós, Senhor Santo Alberto Magno, Bispo e Doutor da Igreja«De natura boni, Florete flores» Os dois polos do mundo Há no Céu dois pivôs em torno dos quais todo o Céu gira; são os dois polos. Um deles é o Salvador, que fica situado no meio-dia porque está cheio de luz e nele não há trevas, e o outro é o seio onde Ele encarnou. O Céu gira em torno destes polos, com o socorro da intercessão da Mãe e o socorro do Redentor na cruz. Com efeito, por intercessão de Maria e pelo sangue e o corpo do Redentor, o Senhor exerce a sua justiça sobre os povos. O eixo da misericórdia, que sustenta o mundo, gira em volta destes dois pivôs ou polos, porque através da Mãe temos acesso ao Filho, e através do Filho temos acesso ao Pai; assim conduzidos, não receamos que nos seja recusada a reconciliação. Estas duas estrelas, estes dois pivôs do mundo, são imóveis; em volta deles, como em volta de dois pontos fixos necessários, gira toda a circunferência do Céu. The post Evangelho do dia 2018-09-15 appeared first on Arautos do Evangelho. Fonte: Evangelho Diário – Arautos do Evangelho