Catequese Online – Oração Cristã
Nesta semana na Catequese Online o nosso seminarista Lucca falou sobre um dos mais importantes aspectos de nossa vida cristã e de nosso caminho para santidade: a oração, a transmissão completa pode ser vista neste link. No Catecismo da Igreja Católica fala-se sobre a oração cristã na quarta parte, a partir do número 2558. Porém, o Lucca nos apresentou mais uma fonte de ensinamentos da Igreja: o Catecismo de São Pio X (papa de 1903 a 1914), sendo organizado em perguntas simples, é mais uma excelente fonte de estudo. Em toda sua história a Igreja teve alguns catecismos publicados, mas todos falam da mesma doutrina, de formas diferentes, sendo, portanto, seguros. O que é a oração? Elevação da alma a Deus para adorá-lo, dar graças e pedir o que precisamos. É importante agradecer a Deus e adorá-lo, mas também devemos pedir, algo que muitos tem receio de fazer, porém o próprio Jesus Cristo nos ensinou (Mt 7, 7-12). Existem dois tipos de oração: mental e vocal. Realizamos a oração mental com a nossa alma, deve ser feita geralmente de improviso, como uma conversa, uma relação entre pai e filho. Já a oração vocal realizamos com as palavras, geralmente recitando, por exemplo, o Pai-Nosso, Ave-Maria, entre outras. Deve ser feita com atenção e devoção. Elas podem ser feitas de maneira pública, uma procissão, peregrinação, a Santa Missa; ou particular, onde oramos no nosso íntimo, para si próprio ou para outros. A Santa Missa é a oração vocal e pública mais importante de toda a Igreja. Em nome de quem devemos pedir a Deus as graças de necessitamos? Em nome de Jesus Cristo, Senhor Nosso. É n’Ele que devemos colocar todas as nossas esperanças porque ele é o único mediador entre Deus e os homens, sem ele não há outra forma de se chegar a Deus. O que devemos pedir? Devemos pedir principalmente a glória de Deus, a nossa salvação e os meios para consegui-la. Devemos ter a consciência de que somos dependentes de Deus, sem ele não podemos nos salvar. Devemos pedir os sacramentos, principalmente a comunhão na hora da morte, que é uma graça excelente. Também podemos pedir bens materiais, desde que estes não sejam obstáculos no caminho de nossa salvação e da santidade. Qual é a melhor disposição para fazer nossas orações eficazes? Primeiramente, estar em estado de graça, do contrário será muito difícil ser atendido. Perdemos o estado de graça quando pecamos de forma grave e assim perdemos a amizade com Deus. Além disso, devemos ter uma atitude de recolhimento, humildade, perseverança e resignação: Recolhimento: ter respeito e devoção, escolher um ambiente pacífico e silencioso, livre de distrações, para orar. Humildade: reconhecer a nossa indignidade, incapacidade e miséria diante de Deus. Perseverança: orar sem cessar, aumentando ainda mais o fervor caso Deus não nos atenda imediatamente. Resignação: nos conformarmos com a vontade de Deus, que conhece melhor do que nós o que é necessário para nós. Por quem devemos orar? Devemos orar por todas as pessoas, por nós mesmos, por nossos parentes e conhecidos, superiores, bem feitores, os nossos inimigos, os pecadores, as almas do purgatório e aqueles que estão separados da Igreja. É bastante importante rezar não somente para aqueles que queridos a nós, mas também pelos nossos inimigos, para que se convertam e se reconcilie conosco, assim como os pecadores que reconciliem com Deus. As almas do purgatório, por vezes esquecidas, precisam muito de nossa intercessão a misericórdia de Deus para que possam passar pela purificação mais rapidamente e entrar na glória do céu. Nunca devemos presumir que alguém esteja no céu ou no inferno, só cabe a Deus julgar, portanto, rezemos por todos os falecidos. Uma oração bem feita pode nos fortalecer na humildade, nos fazendo reconhecer a nossa dependência de Deus, nos faz progredir em outras virtudes como castidade e paciência. Também através da oração alcançamos a misericórdia de Deus e nos nutrimos de forças para combater o bom combate, resistir às tentações e guardar a fé. O Pai-Nosso Quando se fala de oração é geralmente realizada uma breve meditação do Pai-Nosso, por se tratar do modelo de oração a Deus, ensinada a nós por Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho Eterno do Pai. O Pai-Nosso resume em poucas palavras o que devemos pedir a Deus, contendo 7 petições ao todo: “Santificado seja o Vosso nome…” Que Deus seja glorificado e conhecido por todos da Terra. “Venha a nós o Vosso Reino…” O Reino pode se manifestar em três formas: em nós (a graça), em sociedade (a Igreja), no paraíso no céu. Que Deus reine em nós com a graça, pedimos pela Igreja e que propague o Evangelho, e que chegamos um dia no Reino Celeste. “Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu…” Que a vontade de Deus seja imposta sobre nossa vida, que nós sejamos fiéis ao que Deus quer realizar em nós. “O pão nosso de cada dia nos dais hoje” Pedimos o que é necessário para o corpo e para alma naquele dia. O sustento da vida espiritual: a Palavra e o Santíssimo Sacramento. Também o alimento material e o sustento de nossa vida temporal. “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido…” Graças aos nossos pecados temos uma dívida com a justiça divina, nesta vida ou na próxima. Pagamos os nossos pecados nesta vida com a penitência e mortificação. Na outra vida é mais triste, a condenação eterna ou no purgatório, se haver pecados não expiados. Devemos agradar a Deus aqui para não ter “contratempos” na vida eterna. Devemos perdoar o próximo, se não, não podemos esperar o perdão de Deus. “E não nos deixeis cair em tentação…” Pedimos para nos livrar das tentações, para não permitir que sejamos tentados ou nos dar a graça de resistir. Tentação é uma incitação ao pecado pelo demônio, o mundo e a carne. Deus permite as tentações para provar a nossa fidelidade, para fortalecer nossas virtudes (que devem
São Crispim
Neste dia lembramos o primeiro santo canonizado pelo Papa João Paulo II: São Crispim, que nasceu em Viterbo, na Itália, em 1668. Chamado à vida religiosa, recebeu uma formação jesuíta. Porém, acabou entrando para a família franciscana, despertado pela piedade dos noviços. Ocupou cargos de grande simplicidade dentro da comunidade como a horta, a cozinha, e tantos outros serviços onde ele testemunhava em tudo o amor de Deus. Falava e vivia a seguinte frase: “Quem ama a Deus com pureza de coração, vive feliz e morre contente” Crispim deixou essa marca da pureza e da alegria. Ele viveu tudo com pureza de coração, foi feliz e morreu contente em 1748. Que nosso caminho seja marcado pelo amor e pela verdadeira alegria. São Crispim, rogai por nós! Fonte: Santo do dia – Notícias Católicas
9ª Semana Do Tempo Comum – Quinta-feira
Primeira Leitura: 2 Timóteo 2,8-15 Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo – Caríssimo, lembra-te de Jesus Cristo, da descendência de Davi, ressuscitado dentre os mortos, segundo o meu evangelho. Por ele eu estou sofrendo até as algemas, como se eu fosse um malfeitor; mas a palavra de Deus não está algemada. Por isso suporto qualquer coisa pelos eleitos, para que eles também alcancem a salvação, que está em Cristo Jesus, com a glória eterna. Merece fé esta palavra: se com ele morremos, com ele viveremos. Se com ele ficamos firmes, com ele reinaremos. Se nós o negamos, também ele nos negará. Se lhe somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo. Lembra-lhes tais coisas e conjura-os por Deus a evitarem discussões vãs, que de nada servem a não ser para a perdição dos ouvintes. Empenha-te em apresentar-te diante de Deus como homem digno de aprovação, como operário que não tem de que se envergonhar, mas expõe corretamente a palavra da verdade. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: (25/24) Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos! 1. Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos / e fazei-me conhecer a vossa estrada! / Vossa verdade me oriente e me conduza, / porque sois o Deus da minha salvação. – R. 2. O Senhor é piedade e retidão / e reconduz ao bom caminho os pecadores. / Ele dirige os humildes na justiça / e aos pobres ele ensina o seu caminho. – R. 3. Verdade e amor são os caminhos do Senhor / para quem guarda sua aliança e seus preceitos. / O Senhor se torna íntimo aos que o temem / e lhes dá a conhecer sua aliança. – R. Evangelho: Marcos 12,28-34 Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, um mestre da lei aproximou-se de Jesus e perguntou-lhe: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” Jesus respondeu: “O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes”. O mestre da lei disse a Jesus: “Muito bem, mestre! Na verdade, é como disseste: ele é o único Deus e não existe outro além dele. Amá-lo de todo o coração, de toda a mente e com toda a força e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”. Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência e disse: “Tu não estás longe do reino de Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus. – Palavra da salvação. Reflexão: Até agora, Jesus vem sendo atacado por representantes das autoridades judaicas, com o objetivo de vê-lo cair em contradição ou posicionar-se radicalmente contra o governo. De todas as tramoias, Jesus tem-se livrado de modo brilhante, enquanto nos deixa ensinamentos perenes. No episódio aqui descrito, um doutor da Lei, de boa índole e respeitoso com Jesus, apresenta-lhe uma questão central na lei judaica: Qual é o primeiro de todos os mandamentos? Com a citação de dois textos bíblicos (Dt 6,4-5; Lv 19,18), Jesus harmoniza o amor a Deus com o amor ao próximo. Não se pode amar a Deus sem amar o próximo. E o amor ao próximo é reflexo ou consequência do amor a Deus. Todas as outras leis e tradições estão submetidas a este núcleo. Ensinamento ao alcance de todos. Mais exigente é praticá-lo. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
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