Porque Maria é A Mãe Da Igreja?
Neste último 1° de junho, logo após Pentecostes, celebramos a solenidade de Maria Mãe da Igreja. Porém, por que Maria é considerada Mãe da Igreja? É importante primeiro compreendermos que a Igreja não é somente uma organização humana aqui na Terra, na verdade, a sua essência é mais invisível do que visível. A Igreja é compreendida por todos os fiéis aqui na Terra, aqueles que estão no purgatório e aqueles que vivem a glória no céu, sendo esta parte invisível: purgatório e céu, a maior parte da Igreja. A Igreja é chamada muitas vezes, também, de Corpo Místico de Cristo. Existem várias passagens na Bíblia onde é realizada uma comparação neste sentido. Nosso Senhor, em João diz que Ele é a videira, e nós somos os ramos e que sem ele nada podemos fazer (Jo 15,5), assim como São Paulo faz a comparação com os membros de um corpo onde Cristo é a cabeça (1Cor, 12,12-27). Assim sendo, a Virgem Maria, dando seu sim a Deus através do anjo permitiu que o Nosso Salvador viesse ao mundo. Como mãe de Jesus Cristo, e sendo a Igreja o Corpo Místico de Cristo, não seria possível ela não ser nossa mãe, já que sendo ela mãe de Jesus Cristo por inteiro, ela também é mãe de todo o Corpo Místico de Cristo, com todos os seus membros. Como diz São Luís Maria Grignion de Montfort no Tratada da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem (recomendação de leitura a todos os católicos): Se Jesus Cristo, o chefe dos homens, nasceu nela, os predestinados, que são os membros deste chefe, devem também nascer nela, por uma consequência necessária. Não há mãe que dê à luz a cabeça sem os membros ou os membros sem a cabeça: seria uma monstruosidade da natureza. Porém, não só por esta fato lógico podemos deduzir que Maria é Mãe da Igreja, mas sim pelas próprias palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo, no Calvário, quando Maria e o discípulo que Ele amava, que sabemos ser São João, estavam ao pé da cruz: Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis aí o teu filho”. Depois disse ao discípulo: “Eis aí a tua mãe”. E dessa hora em diante o discípulo a recebeu como sua. (Jo 19, 26-27) Jesus, em um de seus últimos atos na cruz entregou a sua mãe ao discípulo que ele amava, que na verdade representava toda a Igreja, a todos nós. Daquele momento em diante o discípulo a recebeu como sua e também nós devemos receber Maria como nossa. Ela recebeu esta missão de seu filho, de cuidar de nós e de nos proteger o mal, como uma mãe faz com o seu filho. Ela não se cansa de interceder por nós junto ao seu Filho, como mãe que quer ver todos reunidos no céu, na felicidade eterna. Que nós também recebamos Maria como nossa mãe, é através dela que devemos ir a Cristo, Ele nos entregou-a como mãe e não devemos hesitar em ir até ela porque sabemos que Lhe é muito agradável esta devoção a Santíssima Virgem. Maria, Mãe da Igreja, rogai por nós!
São José De Anchieta
Nascido nas Ilhas Canárias, pertencente a uma grande família de 12 irmãos, o santo de hoje viveu no século XVI. Por motivos de estudo, foi enviado para Coimbra – Portugal, local onde teve o primeiro contato com a Companhia de Jesus e com o testemunho de São Francisco Xavier. Muitas coisas o levaram a discernir seu chamado à vida religiosa, e aos 17 anos diante de uma imagem de Nossa Senhora, ele fazia o seu compromisso de abandonar tudo e servir a Deus. Anchieta entrou na Companhia de Jesus em 1551, fez um noviciado exigente, e mesmo com a saúde frágil fez os seus votos de castidade, pobreza e obediência, em 1553. Neste mesmo ano foi enviado para o Brasil, e chegando na Terra de Santa Cruz ele pôde evangelizar. Ainda não era sacerdote. Estudava Filosofia, Teologia, e sempre evangelizando, dando aulas, indo ao encontro dos indígenas. Respeitava a cultura do povo, conheceu a língua Tupi-Guarani para melhor evangelizar. Homem fiel à santa doutrina, à sua congregação e acima de tudo, fiel ao Espírito Santo. Esteve em diversos lugares do Brasil, como São Paulo, Rio de janeiro, Espírito Santo, Bahia etc. Consumia-se na missão. José de Anchieta é um modelo para todos os tempos, para uma nova evangelização no poder do Espírito Santo e com profundo respeito a quem nos acolhe, a quem é chamado também a ser inteiro de Jesus. Considerado o “Apóstolo do Brasil”, José de Anchieta foi beatificado em 22 de junho de 1980 pelo Papa João Paulo II, e no dia 3 de abril de 2014 foi declarado santo por intermédio de um decreto assinado pelo Papa Francisco. São José de Anchieta, rogai por nós! Fonte: Santo do dia – Notícias Católicas
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