Santos Ponciano E Hipólito
Ponciano foi o zeloso Papa da Igreja de Cristo, eleito em 230, enquanto Hipólito, um fecundo escritor e orador. Aconteceu que, naquele tempo, rompeu um cisma na Igreja, onde Hipólito defendia um tal rigorismo que os adúlteros, fornicadores e apóstatas não mereceriam perdão, mesmo diante de arrependimento. Ponciano, o Papa da Misericórdia, não concordava com este duro princípio e nem outras reflexíveis cheias de boa fé, porém que não revelavam o coração do Pai, o qual escolheu a Igreja como instrumento deste amor que perdoa e salva. Ponciano, que confirmava a fé nos cristãos, diante do clima de perseguição criado pelo imperador Maximiano, foi denunciado e, por isso, preferiu prudentemente renunciar ao serviço de Papa, visando o bem da Igreja e acolheu o exílio. Na ilha da Sardenha encontrou exilado também o sacerdote Hipólito e, em meio aos trabalhos forçados, se reconciliaram, sendo que Hipólito renunciou aos seus erros, antes de colherem em 235 o “passaporte” do Céu, ou seja o martírio. Santos Ponciano e Hipólito, rogai por nós! Fonte: Santo do dia – Notícias Católicas
19ª Semana Do Tempo Comum – Quinta-feira
Primeira Leitura: Ezequiel 12,1-12 Leitura da profecia de Ezequiel – A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: “Filho do homem, estás morando no meio de um povo rebelde. Eles têm olhos para ver e não veem, ouvidos para ouvir e não ouvem, pois são um povo rebelde. Quanto a ti, Filho do homem, prepara para ti uma bagagem de exilado, em pleno dia, à vista deles. Emigrarás do lugar onde estás, à vista deles, para outro lugar. Talvez percebam que são um povo rebelde. Deverás tirar a bagagem em pleno dia, à vista deles, como se fosse a bagagem de um exilado. Mas deverás sair à tarde, à vista deles, como quem vai para o exílio. À vista deles deverás cavar para ti um buraco no muro, pelo qual sairás; deverás carregar a bagagem nas costas e retirá-la no escuro. Deverás cobrir a face para não ver o país, pois eu fiz de ti um sinal para a casa de Israel”. Eu fiz assim como me foi ordenado. Tirei a bagagem durante o dia, como se fosse a bagagem de exilado; à tarde, abri com a mão um buraco no muro. Saí ao escuro, carregando a bagagem às costas, diante deles. De manhã, a palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: “Filho do homem, não te perguntaram os da casa de Israel, essa gente rebelde, o que estavas fazendo? Dize-lhes: Assim fala o Senhor Deus: Este oráculo refere-se ao príncipe de Jerusalém e a toda a casa de Israel que está na cidade. Dize: Eu sou um sinal para vós. Assim como eu fiz, assim será feito com eles: irão cativos para o exílio. O príncipe que está no meio deles levará a bagagem às costas e sairá ao escuro. Farão no muro um buraco para sair por ele. O príncipe cobrirá o rosto para não ver com seus olhos o país”. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 77(78) Das obras do Senhor não se esqueçam. 1. Mesmo assim, eles tentaram o Altíssimo, / recusando-se a guardar os seus preceitos. / Como seus pais, se transviaram e o traíram / como um arco enganador que volta atrás. – R. 2. Irritaram-no com seus lugares altos, / provocaram-lhe o ciúme com seus ídolos. / Deus ouviu e enfureceu-se contra eles, / e repeliu com violência a Israel. – R. 3. Entregou a sua arca ao cativeiro, / e às mãos do inimigo a sua glória; / fez perecer seu povo eleito pela espada / e contra a sua herança enfureceu-se. – R. Evangelho: Mateus 18,21-19,1 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Porque o Reino dos céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo!’ Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros, que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei!’ Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida porque tu me suplicaste. Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. Ao terminar estes discursos, Jesus deixou a Galileia e veio para o território da Judeia além do Jordão. – Palavra da salvação. Reflexão: Qual é a medida do perdão, em caso de ofensa pessoal “contra mim”? Jesus nos ensina a praticar o perdão sem medida. Ora, conforme a gravidade da ofensa, torna-se muito difícil perdoar do fundo do coração. Às vezes são necessários tempo e disposição interior, para um perdão completo. No entanto, Jesus recomenda perdoar sempre. Quem já teve oportunidade de oferecer o perdão por alguma ofensa recebida, sente alívio e bem-estar. O contrário também é verdade: quando a pessoa guarda rancor contra alguém, ou alimenta desejo de vingança, só leva prejuízo. Sofre, perde o sono e abre espaço para alguma doença grave. Nesse campo, nosso modelo é o próprio Deus, que perdoa infinitamente. Nós é que somos mesquinhos. Gastamos energia calculando se vamos perdoar! Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
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