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Apresentação De Nossa Senhora. Memória

(branco, pref. de Maria – ofício da memória) O Senhor Deus vos abençoou, Virgem Maria, mais que a todas as mulheres. Ele exaltou o vosso nome: que todos os povos cantem vosso louvor (Jt 13,23.25). Celebrada no Oriente desde o século 6º e no Ocidente desde o século 14, esta memória realça a mãe de Jesus como modelo de toda pessoa consagrada ao Senhor, pois se refere à primeira doação que Maria fez de si mesma. Alegrando-nos com Nossa Senhora nesta liturgia, exaltemos a Deus pelos grandes prodígios que ele realizou em sua vida.   Primeira Leitura: Zacarias 2,14-17 Leitura da profecia de Zacarias – 14“Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor. 15Muitas nações se aproximarão do Senhor naquele dia e serão o seu povo. Habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor dos exércitos me enviou a ti. 16O Senhor entrará em posse de Judá, como sua porção na terra santa, e escolherá de novo Jerusalém. 17Emudeça todo mortal diante do Senhor, ele acaba de levantar-se de sua santa habitação”. – Palavra do Senhor.   Salmo Responsorial: Lc 1 O Poderoso fez por mim maravilhas, / e santo é o seu nome. 1. A minha alma engrandece ao Senhor, / e se alegrou o meu espírito em Deus, meu salvador. – R. 2. Pois ele viu a pequenez de sua serva, / desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita. / O Poderoso fez por mim maravilhas, / e santo é o seu nome! – R. 3. Seu amor, de geração em geração, / chega a todos os que o respeitam. / Demonstrou o poder de seu braço, / dispersou os orgulhosos. – R. 4. Derrubou os poderosos de seus tronos / e os humildes exaltou. / De bens saciou os famintos / e despediu, sem nada, os ricos. – R. 5. Acolheu Israel, seu servidor, / fiel ao seu amor, / como havia prometido aos nossos pais / em favor de Abraão e de seus filhos para sempre. – R.   Evangelho: Mateus 12,46-50 Aleluia, aleluia, aleluia. Feliz quem ouve e observa a Palavra de Deus! (Lc 11,28) – R. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 46enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e querem falar contigo”. 48Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” 49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. 50Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. – Palavra da salvação.   Reflexão: Os evangelhos nada informam a respeito da infância de Maria. Entretanto, à luz do que conhecemos, intuímos que a infância e a adolescência da Mãe de Deus foram totalmente assinaladas pela graça de Deus. Mesmo sem levar em conta as edificantes histórias dos evangelhos apócrifos, podemos entrever uma clara mensagem que emerge da festa da Apresentação de Nossa Senhora: o coração de Maria sempre esteve voltado para a vontade de Deus. O surgimento dessa festa deu-se no Oriente, no século VI. Somente no século XIV é que Roma a introduziu no seu calendário litúrgico. Não obstante as incertezas, devidas à falta de fundamentação bíblica e histórica, a celebração foi mantida no atual Calendário romano, não como festa, mas como “memória”.

Apresentação De Nossa Senhora No Templo

Maria, dedicou-se totalmente e livremente a Deus A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado proto-evangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém. Os manuscritos não canônicos, contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente, quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica, por isso esta festa aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar a Jesus através daquela muito bem soube isto fazer com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões: “Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação; criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente”. A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia. Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja. Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!