19º Domingo Do Tempo Comum
Primeira Leitura: 1 Reis 19,9.11-13 Leitura do primeiro livro dos Reis – Naqueles dias, ao chegar a Horeb, o monte de Deus, o profeta Elias entrou numa gruta, onde passou a noite. E eis que a palavra do Senhor lhe foi dirigida nestes termos: “Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor, porque o Senhor vai passar”. Antes do Senhor, porém, veio um vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto. Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E, depois do fogo, ouviu-se o murmúrio de uma leve brisa. Ouvindo isso, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 84(85) Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade / e a vossa salvação nos concedei! 1. Quero ouvir o que o Senhor irá falar: / é a paz que ele vai anunciar. / Está perto a salvação dos que o temem, / e a glória habitará em nossa terra. – R. 2. A verdade e o amor se encontrarão, / a justiça e a paz se abraçarão; / da terra brotará a fidelidade, / e a justiça olhará dos altos céus. – R. 3. O Senhor nos dará tudo o que é bom, / e a nossa terra nos dará suas colheitas; / a justiça andará na sua frente / e a salvação há de seguir os passos seus. – R. Segunda Leitura: Romanos 9,1-5 Leitura da carta de São Paulo aos Romanos – Irmãos, não estou mentindo, mas, em Cristo, digo a verdade, apoiado no testemunho do Espírito Santo e da minha consciência. Tenho no coração uma grande tristeza e uma dor contínua, a ponto de desejar ser eu mesmo segregado por Cristo em favor de meus irmãos, os de minha raça. Eles são israelitas. A eles pertencem a filiação adotiva, a glória, as alianças, as leis, o culto, as promessas e também os patriarcas. Deles é que descende, quanto à sua humanidade, Cristo, o qual está acima de todos, Deus bendito para sempre! Amém! – Palavra do Senhor. Evangelho: Mateus 14,22-33 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Depois da multiplicação dos pães, Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali sozinho. A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. Quando os discípulos o avistaram andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”. E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” Assim que subiram no barco, o vento se acalmou. Os que estavam no barco prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!” – Palavra da salvação. Reflexão: Jesus não somente se preocupa que o povo seja alimentado e tenha suas necessidades básicas supridas; ele dá a esse povo atenção toda especial, quer se despedir pessoalmente de todos. Depois de despedir a multidão e pedir aos discípulos que se dirijam à outra margem, Jesus sobe a montanha para rezar. De madrugada vai ao encontro dos seus, caminhando sobre o mar (símbolo do caos, dos poderes da morte). Pedro pula do barco (símbolo da comunidade), começa a andar sobre as águas e, quando percebe que está afundando, grita por socorro. O Mestre o censura pela falta de fé. A comunidade cristã (e cada fiel) está sempre andando sobre o mar perigoso, mas deve fazê-lo voltada para a frente, com o olhar da fé, para não se deixar abalar e não ser tragada pelas ondas. Com os pés fora da comunidade, a pessoa vai esmorecendo na fé e facilmente será levada pelas ondas das conveniências. Nas horas difíceis, porém, não podemos esquecer que o Mestre está presente e é necessário invocá-lo com um “salva-nos”. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
18ª Semana Do Tempo Comum – Sábado
Primeira Leitura: Habacuc 1,12-2,4 Leitura da profecia de Habacuc – Acaso não existes desde o princípio, Senhor, meu Deus, meu santo, que não haverás de morrer? Senhor, puseste essa gente como instrumento de tua justiça; criaste-a, ó meu rochedo, para exercer punição. Teus olhos são puros para não veres o mal; não podes aceitar a visão da iniquidade. Por que, então, olhando para os malvados e vendo-os devorar o justo, ficas calado? Tratas os homens como os peixes do mar, como os répteis, que não têm dono. O pescador pega tudo com o anzol, puxa os peixes com a rede varredoura e recolhe-os na outra rede; com isso, alegra-se e faz a festa. Faz imolação por causa da sua malha, oferece incenso por causa da sua rede, porque com elas cresceu a captura de peixes e sua comida aumentou. Será por isso que ele sempre desembainhará a espada, para matar os povos sem dó nem piedade? Vou ocupar meu posto de guarda e estarei de atalaia, atento ao que me será dito e ao que será respondido à minha denúncia. Respondeu-me o Senhor, dizendo: “Escreve esta visão, estende seus dizeres sobre tábuas, para que possa ser lida com facilidade. A visão refere-se a um prazo definido, mas tende para um desfecho e não falhará; se demorar, espera, pois ela virá com certeza e não tardará. Quem não é correto vai morrer, mas o justo viverá por sua fé”. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 9A(9) Vós nunca abandonais quem vos procura, ó Senhor. 1. Deus sentou-se para sempre no seu trono, / preparou o tribunal do julgamento; / julgará o mundo inteiro com justiça, / e as nações há de julgar com equidade. – R. 2. O Senhor é o refúgio do oprimido, / seu abrigo nos momentos de aflição. / Quem conhece o vosso nome em vós espera, / porque nunca abandonais quem vos procura. – R. 3. Cantai hinos ao Senhor Deus de Sião, / celebrai seus grandes feitos entre os povos! / Pois não esquece o clamor dos infelizes, / deles se lembra e pede conta do seu sangue. – R. Evangelho: Mateus 17,14-20 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, chegando Jesus e seus discípulos junto da multidão, um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se e disse: “Senhor, tem piedade do meu filho. Ele é epilético e sofre ataques tão fortes, que muitas vezes cai no fogo ou na água. Levei-o aos teus discípulos, mas eles não conseguiram curá-lo!” Jesus respondeu: “Ó gente sem fé e perversa! Até quando deverei ficar convosco? Até quando vos suportarei? Trazei aqui o menino”. Então Jesus o ameaçou e o demônio saiu dele. Na mesma hora, o menino ficou curado. Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram em particular: “Por que nós não conseguimos expulsar o demônio?” Jesus respondeu: “Porque a vossa fé é demasiado pequena. Em verdade vos digo, se vós tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para lá’, e ela irá. E nada vos será impossível”. – Palavra da salvação. Reflexão: Diante da incapacidade dos discípulos de curar o epilético, Jesus parece dar mostras de cansaço: “Até quando irei suportá-los?”. E recrimina seus discípulos “por causa de sua fraqueza na fé”. Aquela geração, sobretudo os discípulos, se contentavam em ganhar benefícios (partilha do alimento para a multidão) e maravilhar-se com os milagres operados por Jesus. Não basta. Jesus espera que o povo o reconheça como o Filho de Deus e assuma seu projeto de vida e libertação. Os discípulos têm necessidade de reforçar a fé para enfrentar as tribulações próprias do seguimento a Jesus. Estamos talvez no mesmo nível dos discípulos: somos uma geração sem fé autêntica. Não agimos em nome de Jesus. Então, os milagres não se dão ou acontecem raramente. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
18ª Semana Do Tempo Comum – Sexta-feira
Primeira Leitura: Naum 2,1.3; 3,1-3.6-7 Leitura da profecia de Naum – “Eis sobre os montes os passos de um mensageiro, que anuncia a paz. Ó Judá, celebra tuas festas, cumpre tuas promessas: nunca mais Belial pisará teu solo; ele foi aniquilado. O Senhor há de restaurar a grandeza de Jacó, assim como a grandeza de Israel, pois os ladrões os saquearam e devastaram suas videiras. Ai de ti, cidade sanguinária, cheia de imposturas, cheia de espoliação e de incessante rapinagem. Estalo de chicotes, fragor de rodas, cavalos relinchando, ringir de carros impetuosos, cavaleiros à carga, espadas brilhando e lanças reluzentes, trucidados sem conta, mortos aos montes; cadáveres sem fim, tropeça-se sobre os corpos. Farei cair sobre ti tuas abominações e te lançarei em rosto merecidos insultos; de ti farei um exemplo. Assim, todos os que te virem fugirão para longe, dizendo: ‘Nínive está em ruínas! Quem terá compaixão dela? Onde achar quem a console?’” – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: Dt 32 Sou eu que tiro a vida, sou eu quem faz viver! 1. Já vem o dia em que serão arruinados / e o seu destino se apressa em chegar. / Porque o Senhor fará justiça ao seu povo / e salvará todos aqueles que o servem. – R. 2. Saibam todos que eu sou, somente eu, / e não existe outro Deus além de mim: / quem mata e faz viver sou eu somente, / sou eu que firo e eu que torno a curar. – R. 3. Se eu afiar a minha espada reluzente / e com as minhas próprias mãos fizer justiça, / dos adversários todos hei de me vingar / e vou retribuir aos que odeiam. – R. Evangelho: Mateus 16,24-28 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim vai encontrá-la. De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. Em verdade vos digo: alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do Homem vindo com o seu Reino”. – Palavra da salvação. Reflexão: No centro do discurso, a cruz. Com a morte de Jesus, a cruz se torna símbolo de fidelidade aos planos de Deus e de luta pela justiça. Com efeito, Jesus morreu na cruz, porque se colocou do lado da multidão pobre, doente, marginalizada e oprimida. Sofreu a humilhação da cruz, porque não fez aliança com os poderosos, nem aceitou suas falsidades e exploração. Morreu crucificado, porque não se acovardou diante das ameaças dos inimigos, nem mutilou a verdade de sua mensagem. Foi pregado na cruz, porque se manteve totalmente fiel à vontade do Pai, com quem vivia em constante comunhão e sintonia. A partir de Jesus, a cruz se torna sinal de vitória, triunfo da verdade e fidelidade a Deus e à pregação do evangelho. Todo cristão é convidado a tomar a própria cruz e seguir Jesus até o fim. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
18ª Semana Do Tempo Comum – Quinta-feira
Primeira Leitura: Daniel 7,9-10.13-14 Leitura da profecia de Daniel – Eu continuava olhando até que foram colocados uns tronos, e um ancião de muitos dias aí tomou lugar. Sua veste era branca como neve, e os cabelos da cabeça, como lã pura; seu trono eram chamas de fogo, e as rodas do trono, como fogo em brasa. Derramava-se aí um rio de fogo que nascia diante dele; serviam-no milhares de milhares, e milhões de milhões assistiam-no ao trono; foi instalado o tribunal, e os livros foram abertos. Continuei insistindo na visão noturna, e eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como filho de homem, aproximando-se do ancião de muitos dias, e foi conduzido à sua presença. Foram-lhe dados poder, glória e realeza, e todos os povos, nações e línguas o serviam: seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 96(97) Deus é rei, é o Altíssimo, / muito acima do universo. 1. Deus é rei! Exulte a terra de alegria, / e as ilhas numerosas rejubilem! / Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, / que se apoia na justiça e no direito. – R. 2. As montanhas se derretem como cera / ante a face do Senhor de toda a terra; / e assim proclama o céu sua justiça, / todos os povos podem ver a sua glória. – R. 3. Porque vós sois o Altíssimo, Senhor, † muito acima do universo que criastes, / e de muito superais todos os deuses. – R. Evangelho: Mateus 17,1-9 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol, e as suas roupas ficaram brancas como a luz. Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro ainda estava falando quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E da nuvem uma voz dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!” Quando ouviram isso, os discípulos ficaram muito assustados e caíram com o rosto em terra. Jesus se aproximou, tocou neles e disse: “Levantai-vos e não tenhais medo”. Os discípulos ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus. Quando desciam da montanha, Jesus ordenou-lhes: “Não conteis a ninguém esta visão até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos”. – Palavra da salvação. Reflexão: Jesus, junto com Pedro, Tiago e João, sobe a montanha e lá se transfigura (transforma) diante deles. O Mestre aparece na sua glória (seu rosto brilha e suas roupas ficam brancas) e se mostra vitorioso contra as forças do mal. Moisés e Elias simbolizam o Antigo Testamento: a lei e os profetas. Os discípulos caem na tentação de permanecer nessa realidade fascinante, mas precisam voltar à missão, que se realiza na planície. Da nuvem sai a confirmação de que Jesus é o Filho amado de Deus. É necessário ouvi-lo, pois ele revela o projeto de seu Pai. O desejo de Pedro é a grande tentação de todos os tempos: buscar na religião conforto e segurança. Eles precisam levantar-se e abandonar o medo para enfrentar a realidade da missão, nem sempre fácil. O medo é grande obstáculo que paralisa a Igreja e a impede de assumir sua missão profética, acomodando-a a uma vida tranquila e desobrigando-a de se preocupar com a realidade do povo. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
18ª Semana Do Tempo Comum – Quarta-feira
Primeira Leitura: Jeremias 31,1-7 Leitura do livro do profeta Jeremias – “Naquele tempo, diz o Senhor, serei Deus para todas as tribos de Israel, e elas serão meu povo”. Isto diz o Senhor: “Encontrou perdão no deserto o povo que escapara à espada; Israel encaminha-se para o seu descanso”. O Senhor apareceu-me de longe: “Amei-te com amor eterno e te atraí com a misericórdia. De novo te edificarei, serás reedificada, ó jovem nação de Israel; de novo teus tambores ornarão as praças e sairás entre grupos de dançantes. Hás de plantar vinhas nos montes de Samaria; os cultivadores hão de plantar e também colher. Virá o dia em que gritarão os guardas no monte Efraim: ‘Levantai-vos, vamos a Sião, vamos ao Senhor, nosso Deus’. Isto diz o Senhor: Exultai de alegria por Jacó, aclamai a primeira das nações; tocai, cantai e dizei: ‘Salva, Senhor, teu povo, o resto de Israel’”. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: Jr 31 O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho. 1. Ouvi, nações, a palavra do Senhor / e anunciai-a nas ilhas mais distantes: / “Quem dispersou Israel, vai congregá-lo / e o guardará qual pastor a seu rebanho!” – R. 2. Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó / e o libertou do poder do prepotente. / Voltarão para o monte de Sião, † entre brados e cantos de alegria / afluirão para as bênçãos do Senhor. – R. 3. Então a virgem dançará alegremente, / também o jovem e o velho exultarão; / mudarei em alegria o seu luto, / serei consolo e conforto após a guerra. – R. Evangelho: Mateus 15,21-28 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, Jesus retirou-se para a região de Tiro e Sidônia. Eis que uma mulher cananeia, vindo daquela região, pôs-se a gritar: “Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!” Mas Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Então, seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: “Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós”. Jesus respondeu: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”. Mas a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus e começou a implorar: “Senhor, socorre-me!” Jesus lhe disse: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos”. A mulher insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” Diante disso, Jesus lhe disse: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!” E desde aquele momento sua filha ficou curada. – Palavra da salvação. Reflexão: Pode-se imaginar o desespero da mulher cananeia: sua filha “está terrivelmente endemoninhada”. Ao chamar Jesus de “Senhor”, ela representa os pagãos que, no futuro, iriam crer em Jesus. A princípio, Jesus não diz sequer uma palavra, atitude que poderia deixar com raiva a mulher aflita. Mas ela não desiste. Para se verem livres dela, os discípulos pedem que Jesus lhe dê atenção. Jesus fala com ela, salientando que Israel tem preferência no plano da salvação. Desafio para a fé da mulher pagã; ensinamento para os discípulos que mais tarde irão anunciar o evangelho pelo mundo afora. Ela sustenta o debate e mostra que pode haver fé autêntica também fora do povo de Israel e aí muitos estão esperando ao menos uma migalha do Reino de Deus. Saída magistral. Fé admirável, realçada pelo Mestre. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
18ª Semana Do Tempo Comum – Segunda-feira
Primeira Leitura: Jeremias 28,1-17 Leitura do livro do profeta Jeremias – Nesse mesmo ano, no início do reinado de Sedecias, rei de Judá, no quinto mês do quarto ano, disse-me o profeta Ananias, filho de Azur, profeta de Gabaon, na casa do Senhor e na presença dos sacerdotes e de todo o povo: “Isto diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: Quebrei o jugo do rei da Babilônia. Ainda dois anos e eu farei reconduzir a este lugar todos os vasos da casa do Senhor, que Nabucodonosor, rei da Babilônia, tirou deste lugar e transferiu para a Babilônia. Também reconduzirei a este lugar Jeconias, filho de Joaquim e rei de Judá, juntamente com toda a massa de judeus desterrados para Babilônia, diz o Senhor, pois eu quebro o jugo do rei da Babilônia”. Respondeu o profeta Jeremias ao profeta Ananias, na presença dos sacerdotes e de todo o povo que estava na casa do Senhor, dizendo: “Amém, assim permita o Senhor! Realize ele as palavras que profetizaste, trazendo de volta os vasos para a casa do Senhor e todos os deportados da Babilônia para esta terra. Ouve, porém, esta palavra que eu digo aos teus ouvidos e aos ouvidos de todo o povo: os profetas que existiram antigamente, antes de mim e antes de ti, profetizaram sobre guerras, aflições e peste para muitos povos e reinos poderosos; mas o profeta que profetiza paz, esse somente será reconhecido como profeta que, em verdade, o Senhor enviou quando sua palavra for verificada”. Então o profeta Ananias retirou o jugo do pescoço do profeta Jeremias e quebrou-o; e disse Ananias, na presença de todo o povo: “Isto diz o Senhor: Deste modo quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei da Babilônia, dentro de dois anos, livrando dele o pescoço de todos os povos”. E foi-se pelo seu caminho o profeta Jeremias. Depois que o profeta Ananias havia retirado o jugo do pescoço do profeta Jeremias, dirigiu-se novamente a palavra do Senhor a Jeremias: “Vai dizer a Ananias: Isto diz o Senhor: Quebraste um jugo de madeira, mas em seu lugar farás um de ferro. Isto diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: Pus um jugo de ferro sobre o pescoço de todas estas nações, para servirem a Nabucodonosor, rei da Babilônia, e lhe serão de fato submissas; além disso, dei-lhe também os animais do campo”. Disse ainda o profeta Jeremias ao profeta Ananias: “Ouve, Ananias, não foste enviado pelo Senhor e, contudo, fizeste este povo confiar em mentiras. Isto diz o Senhor: Eis que te farei partir desta terra; morrerás este ano, pois pregaste a infidelidade contra o Senhor”. Naquele ano, no sétimo mês, morreu o profeta Ananias. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 118(119) Ensinai-me a fazer vossa vontade! 1. Afastai-me do caminho da mentira / e dai-me a vossa lei como um presente! – R. 2. Não retireis vossa verdade de meus lábios, / pois eu confio em vossos justos julgamentos! – R. 3. Que se voltem para mim os que vos temem / e conhecem, ó Senhor, vossa Aliança! – R. 4. Meu coração seja perfeito em vossa lei, / e não serei, de modo algum, envergonhado! – R. 5. Espreitam-me os maus para perder-me, / mas continuo sempre atento à vossa lei. – R. 6. De vossos julgamentos não me afasto, / porque vós mesmo me ensinastes vossas leis. – R. Evangelho: Mateus 14,22-36 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Depois que a multidão comera até saciar-se, Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. Quando os discípulos o avistaram andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”. E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” Assim que subiram na barca, o vento se acalmou. Os que estavam na barca prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!” Após a travessia, desembarcaram em Genesaré. Os habitantes daquele lugar reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os doentes; e pediam que pudessem ao menos tocar a barra de sua veste. E todos os que a tocaram ficaram curados. – Palavra da salvação. Reflexão: Por informação ou experiência pessoal, todos sabemos que o mar e as águas em geral são perigosos e traiçoeiros. No entanto, Jesus caminhou sobre as águas. Tanto podia caminhar nas ondas do mar, quanto subir ao céu: são prerrogativas divinas. Um de seus discípulos, Pedro, com a permissão do Mestre, também caminhou sobre as águas. Só não resistiu por mais tempo nessa nova modalidade, porque era “fraco na fé”. Não faltam em nossa vida as dificuldades de ordem pessoal ou social; tampouco faltam as tribulações da missão. São ingredientes inevitáveis. O que precisamos ter, em qualquer circunstância, é total confiança em Deus. Com sua presença e comando sobre as forças da natureza, Jesus acalmou os discípulos e o mundo ao redor deles. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
18º Domingo Do Tempo Comum
Primeira Leitura: Isaías 55,1-3 Leitura do livro do profeta Isaías – Assim diz o Senhor: “Ó vós todos que estais com sede, vinde às águas; vós que não tendes dinheiro, apressai-vos, vinde e comei, vinde comprar sem dinheiro, tomar vinho e leite sem nenhuma paga. Por que gastar dinheiro com outra coisa que não o pão, desperdiçar o salário senão com satisfação completa? Ouvi-me com atenção e alimentai-vos bem, para deleite e revigoramento do vosso corpo. Inclinai vosso ouvido e vinde a mim, ouvi e tereis vida; farei convosco um pacto eterno, manterei fielmente as graças concedidas a Davi”. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 144(145) Vós abris a vossa mão e saciais os vossos filhos. 1. Misericórdia e piedade é o Senhor, / ele é amor, é paciência, é compaixão. / O Senhor é muito bom para com todos, / sua ternura abraça toda criatura. – R. 2. Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam / e vós lhes dais no tempo certo o alimento; / vós abris a vossa mão prodigamente / e saciais todo ser vivo com fartura. – R. 3. É justo o Senhor em seus caminhos, / é santo em toda obra que ele faz. / Ele está perto da pessoa que o invoca, / de todo aquele que o invoca lealmente. – R. Segunda Leitura: Romanos 8,35.37-39 Leitura da carta de São Paulo aos Romanos – Irmãos, quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação? Angústia? Perseguição? Fome? Nudez? Perigo? Espada? Em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou! Tenho a certeza de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os poderes celestiais, nem o presente, nem o futuro, nem as forças cósmicas, nem a altura, nem a profundeza, nem outra criatura qualquer será capaz de nos separar do amor de Deus por nós, manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor. – Palavra do Senhor. Evangelho: Mateus 14,13-21 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas, quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!” Jesus, porém, lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. Jesus disse: “Trazei-os aqui”. Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Em seguida partiu os pães e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. – Palavra da salvação. Reflexão: Não adianta Jesus tentar se afastar do povo, pois este corre a ele aonde quer que vá. Podem ser várias as razões pelas quais a multidão o procura; para o Mestre não importa o motivo. Diante da realidade dessa multidão, Jesus enche-se de compaixão, sofre a mesma dor desse povo. Se houvesse mais compaixão por parte de todos, muitos males e sofrimentos seriam resolvidos, incluindo o da fome. Ela existe não por falta de alimento, mas por falta de partilha e de compaixão. Jesus convidou a multidão a cear com seu grupo, repartindo os pães e peixes que levavam consigo. Trata-se de gesto muito comum para os orientais. A cultura ocidental normalmente partilha a mesa com a família, parentes e amigos convidados. O “novo mundo”, anunciado pelos profetas e iniciado por Jesus, vai se concretizar quando trilharmos o duplo caminho: o caminho da justiça e da denúncia e o caminho da fraternidade e da solidariedade. Só assim superaremos a tendência maléfica do “cada um por si”. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
17ª Semana Do Tempo Comum – Sábado
Primeira Leitura: Jeremias 26,11-16.24 Leitura do livro do profeta Jeremias – Naqueles dias, os sacerdotes e profetas dirigiram-se aos chefes e a todo o povo, dizendo: “Este homem foi julgado réu de morte, porque profetizou contra esta cidade, como ouvistes com vossos ouvidos”. Disse Jeremias aos dignitários e a todo o povo: “O Senhor incumbiu-me de profetizar para esta casa e para esta cidade através de todas as palavras que ouvistes. Agora, portanto, tratai de emendar a vossa vida e as obras, ouvi a voz do Senhor, vosso Deus, que ele voltará atrás da decisão que tomou contra vós. Eu estou aqui, em vossas mãos; fazei de mim o que vos parecer conveniente e justo, mas ficai sabendo que, se me derdes a morte, tereis derramado sangue inocente contra vós mesmos e contra esta cidade e seus habitantes, pois em verdade o Senhor enviou-me a vós para falar tudo isso a vossos ouvidos”. Os chefes e o povo em geral disseram aos sacerdotes e profetas: “Este homem não merece ser condenado à morte; ele falou-nos em nome do Senhor, nosso Deus”. Jeremias passou a ter proteção de Aicam, filho de Safã, para não cair nas mãos do povo e evitar ser morto. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 68(69) No tempo favorável, escutai-me, ó Senhor! 1. Retirai-me deste lodo, pois me afundo! † Libertai-me, ó Senhor, dos que me odeiam / e salvai-me destas águas tão profundas! / Que as águas turbulentas não me arrastem, † não me devorem violentos turbilhões / nem a cova feche a boca sobre mim! – R. 2. Pobre de mim, sou infeliz e sofredor! / Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus! / Cantando, eu louvarei o vosso nome / e, agradecido, exultarei de alegria! – R. 3. Humildes, vede isto e alegrai-vos: † o vosso coração reviverá / se procurardes o Senhor continuamente! / Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres / e não despreza o clamor de seus cativos. – R. Evangelho: Mateus 14,1-12 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes. Ele disse a seus servidores: “É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso, os poderes miraculosos atuam nele”. De fato, Herodes tinha mandado prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. Pois João tinha dito a Herodes: “Não te é permitido tê-la como esposa”. Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta. Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos e agradou tanto a Herodes, que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. Instigada pela mãe, ela disse: “Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista”. O rei ficou triste, mas, por causa do juramento diante dos convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. E mandou cortar a cabeça de João no cárcere. Depois a cabeça foi trazida num prato, entregue à moça e esta a levou para a sua mãe. Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois foram contar tudo a Jesus. – Palavra da salvação. Reflexão: João Batista e Jesus cumpriram com valentia a missão de profetas. Nem João nem Jesus fizeram pacto com o erro, a mentira, a exploração. Foram fiéis executores do plano de Deus: justiça, amor e vida abundante para todos. Herodes, ao invés, foi promotor do antirreino: mergulhado na maldade, seguia ceifando vidas, oprimindo o povo, cavando sua própria condenação. Os convidados para o banquete aceitaram passivamente que João fosse degolado no cárcere: covardes e malignos como o próprio Herodes! Tendo por modelo o Batista, possamos desmascarar a ousadia dos que se creem com poder absoluto para eliminar pessoas, exterminar povos. Alguém tem que dar um basta a essa fúria incontrolável. Ainda que pague com a própria vida. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
17ª Semana Do Tempo Comum – Sexta-feira
Primeira Leitura: Jeremias 26,1-9 Leitura do livro do profeta Jeremias – No início do reinado de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá, foi comunicada, da parte do Senhor, esta palavra, que dizia: “Assim fala o Senhor: Põe-te de pé no átrio da casa do Senhor e fala a todos os que vêm das cidades de Judá, para adorar o Senhor no templo, todas as palavras que eu te mandei dizer. Não retires uma só palavra; talvez eles as ouçam e voltem do mau caminho, e eu me arrependa da decisão de castigá-los por suas más obras. A eles então dirás: Isto diz o Senhor: se não vos dispuserdes a viver segundo a lei que vos dei, a escutar as palavras dos meus servos, os profetas, que eu vos tenho enviado com solicitude e para vossa orientação, e que vós não tendes escutado, farei desta casa uma segunda Silo e farei desta uma cidade amaldiçoada por todos os povos da terra”. Os sacerdotes e profetas e todo o povo presente ouviram Jeremias dizer essas palavras na casa do Senhor. Quando Jeremias acabou de dizer tudo o que o Senhor lhe ordenara falasse a todo o povo, prenderam-no os sacerdotes, os profetas e o povo, dizendo: “Este homem tem que morrer! Por que dizes, em nome do Senhor, a profecia: ‘Esta casa será como Silo, e esta cidade será devastada e vazia de habitantes’?” Todo o povo juntou-se contra Jeremias na casa do Senhor. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 68(69) Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor. 1. Mais numerosos que os cabelos da cabeça / são aqueles que me odeiam sem motivo; / meus inimigos são mais fortes do que eu; / contra mim eles se voltam com mentiras! / Por acaso poderei restituir / alguma coisa que de outros não roubei? – R. 2. Por vossa causa é que sofri tantos insultos / e o meu rosto se cobriu de confusão; / eu me tornei como um estranho a meus irmãos, / como estrangeiro para os filhos de minha mãe. / Pois meu zelo e meu amor por vossa casa / me devoram como fogo abrasador; / e os insultos de infiéis que vos ultrajam / recaíram todos eles sobre mim! – R. 3. Por isso elevo para vós minha oração / neste tempo favorável, Senhor Deus! / Respondei-me pelo vosso imenso amor, / pela vossa salvação que nunca falha! – R. Evangelho: Mateus 13,54-58 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?” E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!” E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé. – Palavra da salvação. Reflexão: Jesus volta para sua terra e, como de costume, “ensinava na sinagoga deles”. Duas são as reações de seus conterrâneos. Começam admirando Jesus, por sua sabedoria e seus milagres. Entretanto, por conhecerem sua origem simples e conviverem com seus parentes, levantam a dúvida: como poderia ele manifestar tão elevada sabedoria? Superficiais, os nazarenos não prestaram atenção às obras de justiça que ele praticava e ensinava; não enxergaram sua coerência de vida. Então, assumem atitude de dúvida e desprezo: “E se escandalizavam por causa dele”. Fechados em seus preconceitos, não se abrem para a fé em Jesus. Portanto, também não criam condições para Jesus realizar entre eles os sinais de Deus. Não existem milagres onde não há fé, também hoje. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
17ª Semana Do Tempo Comum – Quinta-feira
Primeira Leitura: Jeremias 18,1-6 Leitura do livro do profeta Jeremias – Palavra dirigida a Jeremias, da parte do Senhor: 2“Levanta-te e vai à casa do oleiro, e ali te farei ouvir minhas palavras”. Fui à casa do oleiro, e eis que ele estava trabalhando ao torno; quando o vaso que moldava com barro se avariava em suas mãos, ei-lo de novo a fazer com esse material um outro vaso, conforme melhor lhe parecesse aos olhos. Fez-se em mim a palavra do Senhor: “Acaso não posso fazer convosco como este oleiro, casa de Israel? – diz o Senhor. Como é o barro na mão do oleiro, assim sois vós em minha mão, casa de Israel”. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 145(146) Feliz quem se apoia no Deus de Jacó! 1. Bendize, minha alma, ao Senhor! † Bendirei ao Senhor toda a vida, / cantarei ao meu Deus sem cessar! – R. 2. Não ponhais vossa fé nos que mandam, / não há homem que possa salvar. / Ao faltar-lhe o respiro, ele volta † para a terra de onde saiu; / nesse dia seus planos perecem. – R. 3. É feliz todo homem que busca † seu auxílio no Deus de Jacó / e que põe no Senhor a esperança. / O Senhor fez o céu e a terra, / fez o mar e o que neles existe. – R. Evangelho: Mateus 13,47-53 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus à multidão: “O Reino dos céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam. Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos e lançarão os maus na fornalha de fogo. E aí haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes tudo isso?” Eles responderam: “Sim”. Então Jesus acrescentou: “Assim, pois, todo mestre da Lei que se torna discípulo do Reino dos céus é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali. – Palavra da salvação. Reflexão: O Reino dos Céus está aberto a todos. Entretanto, tem suas exigências. Em seus ensinamentos, Jesus deixa claro que a busca do Reino supõe a prática da justiça e do amor, o desapego dos bens materiais, o exercício da fraternidade e as relações de perdão e de paz. Os contravalores abarcam a injustiça e seus derivados: egoísmo, opressão, enriquecimento ilícito, atentado à vida; enfim, tudo o que prejudica o próximo. Cada pessoa toma consciência do bem e do mal e livremente faz sua escolha; com isso escolhe também o fim que a espera. O bem será recompensado por Deus, e o mal, condenado. Todo dia é tempo para pegar a estrada do bem. Especialista em Reino de Deus, o Mestre pede a seus discípulos e à Igreja para valorizarem a Palavra de Deus (Antiga e Nova Aliança). Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas