2ª Semana Da Páscoa – Sexta-feira
Primeira Leitura: Atos 5,34-42 Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, um fariseu, chamado Gamaliel, levantou-se no sinédrio. Era mestre da lei, e todo o povo o estimava. Gamaliel mandou que os acusados saíssem por um instante. Depois disse: “Homens de Israel, vede bem o que estais para fazer contra esses homens. Algum tempo atrás apareceu Teudas, que se fazia passar por uma pessoa importante, e a ele se juntaram cerca de quatrocentos homens. Depois ele foi morto e todos os que o seguiam debandaram, e nada restou. Depois dele, no tempo do recenseamento, apareceu Judas, o galileu, que arrastou o povo atrás de si. Contudo, também ele morreu e todos os seus seguidores se dispersaram. Quanto ao que está acontecendo agora, dou-vos um conselho: não vos preocupeis com esses homens e deixai-os ir embora. Porque, se esse projeto ou essa atividade é de origem humana, será destruído. Mas, se vem de Deus, vós não conseguireis eliminá-los. Cuidado para não vos pordes em luta contra Deus!” E os membros do sinédrio aceitaram o parecer de Gamaliel. Chamaram então os apóstolos, mandaram açoitá-los, proibiram que eles falassem em nome de Jesus e depois os soltaram. Os apóstolos saíram do conselho muito contentes por terem sido considerados dignos de injúrias por causa do nome de Jesus. E cada dia, no templo e pelas casas, não cessavam de ensinar e anunciar o evangelho de Jesus Cristo. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 26(27) Ao Senhor eu peço apenas uma coisa: / habitar no santuário do Senhor. 1. O Senhor é minha luz e salvação; / de quem eu terei medo? / O Senhor é a proteção da minha vida; / perante quem eu tremerei? – R. 2. Ao Senhor eu peço apenas uma coisa / e é só isto que eu desejo: / habitar no santuário do Senhor / por toda a minha vida; / saborear a suavidade do Senhor / e contemplá-lo no seu templo. – R. 3. Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver / na terra dos viventes. / Espera no Senhor e tem coragem, / espera no Senhor! – R. Evangelho: João 6,1-15 Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. Jesus subiu ao monte e sentou-se aí com os seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Levantando os olhos e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. Filipe respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”. Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: “Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!” Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o profeta, aquele que deve vir ao mundo”. Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte. – Palavra da salvação. Reflexão: As multidões acorrem a Jesus, não porque têm fé autêntica, mas por terem visto milagres. Jesus, a princípio, afasta-se e vai para a montanha. Mas volta para o meio do povo, assim que constata sua fome física e espiritual. E assume o comando dos acontecimentos, fazendo tudo passar pelo crivo da organização e da partilha: vê a multidão faminta, provoca Filipe a encontrar solução, organiza os grupos, valoriza os dons de um jovem (pães e peixes) e os abençoa. Todos comem à vontade. Finalmente, Jesus ordena recolher a sobra. O grandioso gesto da partilha é símbolo da Eucaristia. De fato, Eucaristia é partilha de vida, comunhão com Deus e com os irmãos, compromisso social. Onde há verdadeira compreensão do sentido da Eucaristia, não há espaço para a injustiça, a desigualdade, o egoísmo. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
2ª Semana Da Páscoa – Quinta-feira
Primeira Leitura: Atos 5,27-33 Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, os guardas levaram os apóstolos e os apresentaram ao sinédrio. O sumo sacerdote começou a interrogá-los, dizendo: “Nós tínhamos proibido expressamente que vós ensinásseis em nome de Jesus. Apesar disso, enchestes a cidade de Jerusalém com a vossa doutrina. E ainda nos quereis tornar responsáveis pela morte desse homem!” Então Pedro e os outros apóstolos responderam: “É preciso obedecer a Deus antes que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós matastes, pregando-o numa cruz. Deus, por seu poder, o exaltou, tornando-o guia supremo e salvador, para dar ao povo de Israel a conversão e o perdão dos seus pecados. E disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles que lhe obedecem”. Quando ouviram isso, ficaram furiosos e queriam matá-los. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 33(34) Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido. 1. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, / seu louvor estará sempre em minha boca. / Provai e vede quão suave é o Senhor! / Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! – R. 2. Mas ele volta a sua face contra os maus / para da terra apagar sua lembrança. / Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta / e de todas as angústias os liberta. – R. 3. Do coração atribulado ele está perto / e conforta os de espírito abatido. / Muitos males se abatem sobre os justos, / mas o Senhor de todos eles os liberta. – R. Evangelho: João 3,31-36 Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – “Aquele que vem do alto está acima de todos. O que é da terra pertence à terra e fala das coisas da terra. Aquele que vem do céu está acima de todos. Dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho. Quem aceita o seu testemunho atesta que Deus é verdadeiro. De fato, aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá o Espírito sem medida. O Pai ama o Filho e entregou tudo em sua mão. Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna. Aquele, porém, que rejeita o Filho não verá a vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele”. – Palavra da salvação. Reflexão: O encontro com Jesus Cristo deve levar-nos a uma decisão: a favor dele ou contra. De fato, Jesus não é um enviado qualquer. É o principal, o Filho único, a quem Deus dá todo o poder. Ele diz as palavras do Pai: “Aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus”. E traz em si a força ilimitada da própria vida de Deus, o seu Espírito, porque o Pai lhe dá “o Espírito sem medida”. Jesus vem como aquele que revela o Pai. Crer em Cristo é crer em Deus; recusar Cristo é recusar Deus. Somos convidados a rever nosso relacionamento com Cristo. Nossa decisão a favor de Jesus não se dá somente por pensamentos ou só por palavras. Implica as ações do dia a dia. É na vida concreta que devemos verificar se cremos ou não em Jesus Cristo. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
2ª Semana Da Páscoa – Quarta-feira
Primeira Leitura: Atos 5,17-26 Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, levantaram-se o sumo sacerdote e todos os do seu partido – isto é, o partido dos saduceus – cheios de raiva e mandaram prender os apóstolos e lançá-los na cadeia pública. Porém, durante a noite, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão e os fez sair, dizendo: 20“Ide falar ao povo, no templo, sobre tudo o que se refere a este modo de viver”. Eles obedeceram e, ao amanhecer, entraram no templo e começaram a ensinar. O sumo sacerdote chegou com os seus partidários e convocou o sinédrio e o conselho formado pelas pessoas importantes do povo de Israel. Então mandaram buscar os apóstolos à prisão. Mas, ao chegarem à prisão, os servos não os encontraram e voltaram, dizendo: “Encontramos a prisão fechada, com toda segurança, e os guardas estavam a postos na frente da porta. Mas, quando abrimos a porta, não encontramos ninguém lá dentro”. Ao ouvirem essa notícia, o chefe da guarda do templo e os sumos sacerdotes não sabiam o que pensar e perguntavam-se o que poderia ter acontecido. Chegou alguém que lhes disse: “Os homens que vós colocastes na prisão estão no templo ensinando o povo!” Então o chefe da guarda do templo saiu com os guardas e trouxe os apóstolos, mas sem violência, porque eles tinham medo que o povo os atacasse com pedras. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 33(34) Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido. 1. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, / seu louvor estará sempre em minha boca. / Minha alma se gloria no Senhor; / que ouçam os humildes e se alegrem! – R. 2. Comigo engrandecei ao Senhor Deus, / exaltemos todos juntos o seu nome! / Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu / e de todos os temores me livrou. – R. 3. Contemplai a sua face e alegrai-vos, / e vosso rosto não se cubra de vergonha! / Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido, / e o Senhor o libertou de toda angústia. – R. 4. O anjo do Senhor vem acampar / ao redor dos que o temem e os salva. / Provai e vede quão suave é o Senhor! / Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! – R. Evangelho: João 3,16-21 Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus. – Palavra da salvação. Reflexão: O amor de Deus não é abstrato, genérico. Deus ama de modo concreto e extremo. Ele entregou “seu Filho único” ao mundo para salvar o mundo. A 1ª Carta de João põe em destaque esse ato grandioso do Pai: “Nisto se tornou visível o amor de Deus entre nós: Deus enviou seu Filho único ao mundo, para podermos viver por meio dele” (1Jo 4,9). O apóstolo Paulo louva o Pai e aponta os benefícios da encarnação de Jesus: O Pai, “que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por nós, como não nos agraciaria em tudo junto com ele?” (Rm 8,32). Jesus vem, não como juiz, mas como luz dos homens. Ele é a luz, isto é, a vida plena. Escolher a luz é escolher a vida; é abraçar a salvação. Escolher as trevas é não crer em Jesus. Há pessoas que preferem as trevas em lugar da luz. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
2ª Semana Da Páscoa – Terça-feira
Primeira Leitura: Atos 4,32-37 Leitura dos Atos dos Apóstolos – A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum. Com grandes sinais de poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. E os fiéis eram estimados por todos. Entre eles ninguém passava necessidade, pois aqueles que possuíam terras ou casas vendiam-nas, levavam o dinheiro e o colocavam aos pés dos apóstolos. Depois, era distribuído conforme a necessidade de cada um. José, chamado pelos apóstolos de Barnabé, que significa filho da consolação, levita e natural de Chipre, possuía um campo. Vendeu e foi depositar o dinheiro aos pés dos apóstolos. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 92(93) Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor. 1. Deus é rei e se vestiu de majestade, / revestiu-se de poder e de esplendor! – R. 2. Vós firmastes o universo inabalável, † vós firmastes vosso trono desde a origem, / desde sempre, ó Senhor, vós existis! – R. 3. Verdadeiros são os vossos testemunhos, † refulge a santidade em vossa casa / pelos séculos dos séculos, Senhor! – R. Evangelho: João 3,7-15 Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: “Vós deveis nascer do alto. O vento sopra onde quer, e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito”. Nicodemos perguntou: “Como é que isso pode acontecer?” Respondeu-lhe Jesus: “Tu és mestre em Israel, mas não sabes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo, nós falamos daquilo que sabemos e damos testemunho daquilo que temos visto, mas vós não aceitais o nosso testemunho. Se não acreditais quando vos falo das coisas da terra, como acreditareis se vos falar das coisas do céu? E ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do homem. Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna”. – Palavra da salvação. Reflexão: Da necessidade de nascer do alto (referência ao batismo) passamos à fé em Cristo, exigida no batismo. Nicodemos dá a Jesus o título de Mestre. Não se trata de um mestre qualquer; ele é o único que está em condições de ensinar com verdadeira autoridade. Ele é a testemunha fiel do Pai, porque vem do céu e diz o que viu junto do Pai (“Estou falando das coisas que tenho visto junto do Pai” – Jo 8,38); ele transmite as palavras e o ensinamento do Pai (“As coisas que eu digo, eu as digo conforme o Pai me disse” – Jo 12,50). Ele é o Filho do Homem que desceu do céu: “A Palavra se fez carne e armou sua tenda entre nós” (Jo 1,14). Ele deverá ser “levantado” (alusão à cruz-glorificação) “para que todo aquele que nele acredita tenha vida eterna”. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
2ª Semana Da Páscoa – Segunda-feira
Primeira Leitura: Atos 4,23-31 Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, logo que foram postos em liberdade, Pedro e João voltaram para junto dos irmãos e contaram tudo o que os sumos sacerdotes e os anciãos haviam dito. Ao ouvirem o relato, todos eles elevaram a voz a Deus, dizendo: “Senhor, tu criaste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe. Por meio do Espírito Santo, disseste, através do teu servo Davi, nosso pai: ‘Por que se enfureceram as nações, e os povos imaginaram coisas vãs? Os reis da terra se insurgem e os príncipes conspiram unidos contra o Senhor e contra o seu Messias’. Foi assim que aconteceu nesta cidade: Herodes e Pôncio Pilatos uniram-se com os pagãos e o povo de Israel contra Jesus, teu santo servo, a quem ungiste, a fim de executarem tudo o que a tua mão e a tua vontade haviam predeterminado que sucedesse. Agora, Senhor, olha as ameaças que fazem e concede que os teus servos anunciem corajosamente a tua palavra. Estende a mão para que se realizem curas, sinais e prodígios por meio do nome do teu santo servo Jesus”. Quando terminaram a oração, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos, então, ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 2 Felizes hão de ser todos aqueles / que põem sua esperança no Senhor. 1. Por que os povos agitados se revoltam? / Por que tramam as nações projetos vãos? / Por que os reis de toda a terra se reúnem † e conspiram os governos todos juntos / contra o Deus onipotente e o seu ungido? / “Vamos quebrar suas correntes”, dizem eles, / “e lançar longe de nós o seu domínio!” – R. 2. Ri-se deles o que mora lá nos céus; / zomba deles o Senhor onipotente. / Ele, então, em sua ira os ameaça / e em seu furor os faz tremer, quando lhes diz: / “Fui eu mesmo que escolhi este meu rei / e em Sião, meu monte santo, o consagrei!” – R. 3. O decreto do Senhor promulgarei, † foi assim que me falou o Senhor Deus: / “Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei! / Podes pedir-me e, em resposta, eu te darei † por tua herança os povos todos e as nações, / e há de ser a terra inteira o teu domínio. / Com cetro férreo haverás de dominá-los / e quebrá-los como um vaso de argila!” – R. Evangelho: João 3,1-8 Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Havia um chefe judaico, membro do grupo dos fariseus, chamado Nicodemos, que foi ter com Jesus, de noite, e lhe disse: “Rabi, sabemos que vieste como mestre da parte de Deus. De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes, a não ser que Deus esteja com ele”. Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade te digo, se alguém não nasce do alto, não pode ver o reino de Deus”. Nicodemos disse: “Como é que alguém pode nascer se já é velho? Poderá entrar outra vez no ventre de sua mãe?” Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade te digo, se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. Quem nasce da carne é carne; quem nasce do Espírito é espírito. Não te admires por eu haver dito: ‘Vós deveis nascer do alto’. O vento sopra onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito”. – Palavra da salvação. Reflexão: O Concílio de Trento declarou que esta passagem (v. 5) alude ao batismo cristão: a água é um sinal visível do Espírito de Deus dado ao mundo. A Carta a Tito nos diz que “Deus nos salvou com um banho de renascimento e renovação do Espírito Santo. Ele derramou abundantemente sobre nós o Espírito Santo, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador” (Tt 3,5-6). O Espírito é como o vento: sopra onde quer. É livre, ágil, eficaz e não se deixa capturar por nenhum esquema humano. Quem nasce do Espírito deve deixar-se embalar por ele. É o que Nicodemos não consegue fazer. Ele é membro do Sinédrio, o tribunal superior que condena Jesus à morte. “Nascer de novo” implica romper com a instituição que gera morte e estabelecer vínculos com Jesus e sua prática geradora de vida. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
2º Domingo Da Páscoa
Primeira Leitura: Atos 2,42-47 Leitura dos Atos dos Apóstolos – Os que haviam se convertido eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações. E todos estavam cheios de temor por causa dos numerosos prodígios e sinais que os apóstolos realizavam. Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e colocavam tudo em comum; vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um. Diariamente, todos frequentavam o templo, partiam o pão pelas casas e, unidos, tomavam a refeição com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e eram estimados por todo o povo. E, cada dia, o Senhor acrescentava ao seu número mais pessoas que seriam salvas. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 117(118) Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; / eterna é a sua misericórdia! 1. A casa de Israel agora o diga: / “Eterna é a sua misericórdia!” / A casa de Aarão agora o diga: / “Eterna é a sua misericórdia!” / Os que temem o Senhor agora o digam: / “Eterna é a sua misericórdia!” – R. 2. Empurraram-me, tentando derrubar-me, / mas veio o Senhor em meu socorro. / O Senhor é minha força e o meu canto / e tornou-se para mim o salvador. / “Clamores de alegria e de vitória / ressoem pelas tendas dos fiéis.” – R. 3. “A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular.” / Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: / que maravilhas ele fez a nossos olhos! / Este é o dia que o Senhor fez para nós, / alegremo-nos e nele exultemos! – R. Segunda Leitura: 1 Pedro 1,3-9 Leitura da primeira carta de são Pedro – Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, para uma herança incorruptível, que não se mancha nem murcha e que é reservada para vós nos céus. Graças à fé e pelo poder de Deus, vós fostes guardados para a salvação que deve manifestar-se nos últimos tempos. Isso é motivo de alegria para vós, embora seja necessário que agora fiqueis por algum tempo aflitos por causa de várias provações. Desse modo, a vossa fé será provada como sendo verdadeira – mais preciosa que o ouro perecível, que é provado no fogo – e alcançará louvor, honra e glória no dia da manifestação de Jesus Cristo. Sem ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação. – Palavra do Senhor. Evangelho: João 20,19-31 Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”. Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” Jesus lhe disse: “Acreditaste porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome. – Palavra da salvação. Reflexão: No domingo da Páscoa, vimos Maria e alguns discípulos procurando o morto-ressuscitado. Neste segundo domingo, o Ressuscitado se apresenta aos discípulos reunidos dentro de quatro paredes, com as portas trancadas, por medo dos judeus. Neste encontro com os seus, o Ressuscitado deseja a paz à comunidade e lhe dá o Espírito Santo para vencer o pecado. Convida-a, portanto, a viver a reconciliação. Oito dias depois, o Ressuscitado aparece novamente e ensina os discípulos a crer sem a necessidade de “ver e tocar”. Ao acolher a mensagem do Mestre, nasce a comunidade cristã, que acredita sem a necessidade de provas concretas (milagres). É uma comunidade que acolhe e vive o dom da paz; que se deixa iluminar e fortalecer pelo Espírito Santo; que sabe superar os conflitos mediante a reconciliação. A comunidade cristã precisa estar convicta da presença do Ressuscitado: uma experiência vivida no amor, na alegria, na fraternidade e na harmonia. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
Oitava Da Páscoa – Sábado
Primeira Leitura: Atos 4,13-21 Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, os chefes dos sacerdotes, os anciãos e os escribas ficaram admirados ao ver a segurança com que Pedro e João falavam, pois eram pessoas simples e sem instrução. Reconheciam que eles tinham estado com Jesus. No entanto viam, de pé, junto a eles, o homem que tinha sido curado. E não podiam dizer nada em contrário. Mandaram que saíssem para fora do sinédrio e começaram a discutir entre si: “O que vamos fazer com esses homens? Eles realizaram um milagre claríssimo, e o fato tornou-se de tal modo conhecido por todos os habitantes de Jerusalém, que não podemos negá-lo. Contudo, a fim de que a coisa não se espalhe ainda mais entre o povo, vamos ameaçá-los, para que não falem mais a ninguém a respeito do nome de Jesus”. Chamaram de novo Pedro e João e ordenaram-lhes que, de modo algum, falassem ou ensinassem em nome de Jesus. Pedro e João responderam: “Julgai vós mesmos se é justo, diante de Deus, que obedeçamos a vós e não a Deus! Quanto a nós, não nos podemos calar sobre o que vimos e ouvimos”. Então, insistindo em suas ameaças, deixaram Pedro e João em liberdade, já que não tinham meio de castigá-los, por causa do povo. Pois todos glorificavam a Deus pelo que havia acontecido. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 117(118) Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes. 1. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / “Eterna é a sua misericórdia!” / O Senhor é minha força e o meu canto / e tornou-se para mim o salvador. / “Clamores de alegria e de vitória / ressoem pelas tendas dos fiéis. – R. 2. A mão direita do Senhor fez maravilhas, † a mão direita do Senhor me levantou, / a mão direita do Senhor fez maravilhas!” / O Senhor severamente me provou, / mas não me abandonou às mãos da morte. – R. 3. Abri-me vós, abri-me as portas da justiça; / quero entrar para dar graças ao Senhor! / “Sim, esta é a porta do Senhor, / por ela só os justos entrarão!” / Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes / e vos tornastes para mim o salvador! – R. Evangelho: Marcos 16,9-15 Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando. Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar. Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo. Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros. Também a estes não deram crédito. Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado. E disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho a toda criatura!” – Palavra da salvação. Reflexão: Esta conclusão, que se prolonga até o versículo 20, foi acrescentada mais tarde ao Evangelho de Marcos. Faz breve resumo das aparições de Jesus ressuscitado e acentua um aspecto: os discípulos não acreditam nas testemunhas da ressurreição. Não acreditaram em Maria Madalena, que tinha visto o Senhor; não deram crédito aos discípulos de Emaús, que o reconheceram ao partir o pão; finalmente os “Onze, quando estavam à mesa”, foram desaprovados por Jesus “pela falta de fé e pela dureza de coração”. O caminho da fé passa pelos desafios da missão e pela certeza de que Jesus ressuscitado acompanha cada passo de seus discípulos. Com uma simples frase, o narrador, apressadamente, encerra o Evangelho segundo Marcos: Jesus envia seus discípulos pelo mundo todo “para que proclamem o Evangelho a toda criatura”. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
Oitava Da Páscoa – Sexta-feira
Primeira Leitura: Atos 4,1-12 Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, depois que o paralítico fora curado, Pedro e João ainda estavam falando ao povo quando chegaram os sacerdotes, o chefe da guarda do templo e os saduceus. Estavam irritados porque os apóstolos ensinavam o povo e anunciavam a ressurreição dos mortos na pessoa de Jesus. Eles prenderam Pedro e João e os colocaram na prisão até o dia seguinte, porque já estava anoitecendo. Todavia, muitos daqueles que tinham ouvido a pregação acreditaram. E o número dos homens chegou a uns cinco mil. No dia seguinte, reuniram-se em Jerusalém os chefes, os anciãos e os mestres da lei. Estavam presentes o sumo sacerdote Anás e também Caifás, João, Alexandre e todos os que pertenciam às famílias dos sumos sacerdotes. Fizeram Pedro e João comparecer diante deles e os interrogavam: “Com que poder ou em nome de quem vós fizestes isso?” Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: “Chefes do povo e anciãos, hoje estamos sendo interrogados por termos feito o bem a um enfermo e pelo modo como foi curado. Ficai, pois, sabendo todos vós e todo o povo de Israel: é pelo nome de Jesus Cristo, de Nazaré – aquele que vós crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos –, que este homem está curado diante de vós. Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que se tornou a pedra angular. Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual possamos ser salvos”. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 117(118) A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular. 1. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / “Eterna é a sua misericórdia!” / A casa de Israel agora o diga: / “Eterna é a sua misericórdia!” / Os que temem o Senhor agora o digam: / “Eterna é a sua misericórdia!” – R. 2. “A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular. / Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: / que maravilhas ele fez a nossos olhos! / Este é o dia que o Senhor fez para nós, / alegremo-nos e nele exultemos! – R. 3. Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação; / ó Senhor, dai-nos também prosperidade!” / Bendito seja, em nome do Senhor, / aquele que em seus átrios vai entrando! / Desta casa do Senhor vos bendizemos. / Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine! – R. Evangelho: João 21,1-14 Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”. Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca e achareis”. Lançaram, pois, a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. – Palavra da salvação. Reflexão: Como aconteceu em relação aos discípulos de Emaús, também aqui Jesus se revela no cotidiano das pessoas. O contexto é de pescaria. Pescadores são sete discípulos que, sem a presença de Jesus, “não pescaram nada”, mas, ao obedecer à palavra do Mestre, se surpreendem com o excelente resultado: “cento e cinquenta e três peixes grandes” (total de espécies de peixes conhecidas na época). Chegados à margem, encontram “um peixe na brasa e pão”, fruto da sensibilidade de Jesus, que os convida para a refeição. O dom de Deus se une ao esforço humano. Os símbolos que estão por trás da narrativa nos remetem à missão de alcance universal. Esse conjunto de sinais reforça a convicção dos cristãos de que a evangelização só terá êxito se for acompanhada da presença e da palavra de Jesus. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
Oitava Da Páscoa – Quinta-feira
Primeira Leitura: Atos 3,11-26 Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, como o paralítico não deixava mais Pedro e João, todo o povo, assombrado, foi correndo para junto deles, no chamado pórtico de Salomão. Ao ver isso, Pedro dirigiu-se ao povo: “Israelitas, por que vos espantais com o que aconteceu? Por que ficais olhando para nós, como se tivéssemos feito este homem andar com nosso próprio poder ou piedade? O Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, o Deus de nossos antepassados glorificou o seu servo Jesus. Vós o entregastes e o rejeitastes diante de Pilatos, que estava decidido a soltá-lo. Vós rejeitastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação para um assassino. Vós matastes o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos, e disso nós somos testemunhas. Graças à fé no nome de Jesus, esse nome acaba de fortalecer este homem que vedes e reconheceis. A fé que vem por meio de Jesus lhe deu perfeita saúde na presença de todos vós. E agora, meus irmãos, eu sei que vós agistes por ignorância, assim como vossos chefes. Deus, porém, cumpriu desse modo o que havia anunciado pela boca de todos os profetas: que o seu Cristo haveria de sofrer. Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam perdoados. Assim podereis alcançar o tempo do repouso que vem do Senhor. E ele enviará Jesus, o Cristo, que vos foi destinado. No entanto, é necessário que o céu o receba, até que se cumpra o tempo da restauração de todas as coisas, conforme disse Deus, nos tempos passados, pela boca de seus santos profetas. Com efeito, Moisés afirmou: ‘O Senhor Deus fará surgir, entre vossos irmãos, um profeta como eu. Escutai tudo o que ele vos disser. Quem não der ouvidos a esse profeta será eliminado do meio do povo’. E todos os profetas que falaram, desde Samuel e seus sucessores, também eles anunciaram estes dias. Vós sois filhos dos profetas e da aliança que Deus fez com vossos pais quando disse a Abraão: ‘Através da tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra’. Após ter ressuscitado o seu servo, Deus o enviou em primeiro lugar a vós, para vos abençoar, na medida em que cada um se converta de suas maldades”. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 8 Ó Senhor, nosso Deus, como é grande / vosso nome por todo o universo! 1. Ó Senhor, nosso Deus, como é grande / vosso nome por todo o universo! / Perguntamos: “Senhor, que é o homem, † para dele assim vos lembrardes / e o tratardes com tanto carinho?” – R. 2. Pouco abaixo de Deus o fizestes, / coroando-o de glória e esplendor; / vós lhe destes poder sobre tudo, / vossas obras aos pés lhe pusestes. – R. 3. As ovelhas, os bois, os rebanhos, / todo o gado e as feras da mata; / passarinhos e peixes dos mares, / todo ser que se move nas águas. – R. Evangelho: Lucas 24,35-48 Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. Ainda estavam falando quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!” Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados e por que tendes dúvidas no coração? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. E, dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” Deram-lhe um pedaço de peixe assado. Ele o tomou e comeu diante deles. Depois, disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na lei de Moisés, nos profetas e nos salmos”. Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras e lhes disse: “Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia e, no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sereis testemunhas de tudo isso”. – Palavra da salvação. Reflexão: Os “Onze e seus companheiros” (Lc 24,33), reunidos, comentam a respeito de uma informação que estremece a todos: Jesus ressuscitou. Eles, porém, continuam desconfiados, críticos, e exigem provas. Ao entrar na sala, após a saudação pascal, Jesus tira da confusão mental seus discípulos, que pensavam estar vendo um fantasma. Jesus lhes diz: “Sou eu”. Com essa expressão, usada repetidas vezes nos evangelhos, ele revela sua identidade. Ele é o Messias. Ele é o Filho de Deus. O Crucificado e sepultado que ressurgiu dos mortos e está vivo no seio da sua comunidade. Jesus conclui na terra sua missão; doravante caberá às comunidades cristãs dar testemunho de Jesus e, em seu nome, anunciar o arrependimento e o perdão dos pecados “a todas as nações”, a partir de Jerusalém. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
Oitava Da Páscoa – Quarta-feira
Primeira Leitura: Atos 3,1-10 Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, Pedro e João subiram ao templo para a oração das três horas da tarde. Então trouxeram um homem, coxo de nascença, que costumavam colocar todos os dias na porta do templo, chamada Formosa, a fim de que pedisse esmolas aos que entravam. Quando viu Pedro e João entrando no templo, o homem pediu uma esmola. Os dois olharam bem para ele e Pedro disse: “Olha para nós!” O homem fitou neles o olhar, esperando receber alguma coisa. Pedro então lhe disse: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o nazareno, levanta-te e anda!” E, pegando-lhe a mão direita, Pedro o levantou. Na mesma hora, os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes. Então ele deu um pulo, ficou de pé e começou a andar. E entrou no templo junto com Pedro e João, andando, pulando e louvando a Deus. O povo todo viu o homem andando e louvando a Deus. E reconheceram que era ele o mesmo que pedia esmolas, sentado na porta Formosa do templo. E ficaram admirados e espantados com o que havia acontecido com ele. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 104(105) Exulte o coração dos que buscam o Senhor. 1. Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, / anunciai entre as nações seus grandes feitos! / Cantai, entoai salmos para ele, / publicai todas as suas maravilhas! – R. 2. Gloriai-vos em seu nome que é santo, / exulte o coração que busca a Deus! / Procurai o Senhor Deus e seu poder, / buscai constantemente a sua face! – R. 3. Descendentes de Abraão, seu servidor, / e filhos de Jacó, seu escolhido, / ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, / vigoram suas leis em toda a terra. – R. 4. Ele sempre se recorda da aliança, / promulgada a incontáveis gerações; / da aliança que ele fez com Abraão / e do seu santo juramento a Isaac. – R. Evangelho: Lucas 24,13-35 Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos e não o reconheceram. Então Jesus perguntou: “O que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?” Ele perguntou: “O que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o nazareno, que foi um profeta poderoso, em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”. Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” E, começando por Moisés e passando pelos profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram, e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os onze reunidos com os outros. E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. – Palavra da salvação. Reflexão: O episódio de Emaús reflete a estrutura fundamental da missa. Com efeito, distinguem-se, com nitidez, a Mesa da Palavra e a Mesa do Pão eucarístico. Antes de tudo, a Palavra de Deus que se encarnou revela-se aos discípulos na proclamação da Palavra, “começando por Moisés e percorrendo todos os Profetas”. Quão rica deve ter sido essa catequese ministrada por Jesus! Depois, o Pão vivo descido do Céu manifesta-se ao partir o pão: “Estando com eles à mesa, tomou o pão, abençoou, partiu e deu a eles”. A Eucaristia é o sacramento que nos põe em íntima comunhão com o mistério pascal: paixão, morte e ressurreição-glorificação de Jesus. Bem compreendida e celebrada com fé, a Eucaristia incendeia o coração do cristão e o projeta para a missão: “Na mesma hora se levantaram e voltaram a Jerusalém”. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas