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Jovem Paroquiano Discerne Vocação Em Comunidade Religiosa

Com o intuito de prestigiar Sandro Caique da Silva, jovem da Paróquia Santa Luzia, o pároco, padre Robert Chrząszcz esteve presente na missa celebrada pelo Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, no dia 30 de abril, na Comunidade Sementes do Verbo, no Riachuelo. A Eucaristia foi celebrada em ação de graças pelo envio do grupo de 23 jovens do ano sabático – tempo de estudo dedicado totalmente a Deus durante nove meses, na Comunidade Sementes do Verbo – , no qual Caique esteve presente. Além do pároco, o rapaz foi recepcionado por seus pais, familiares e amigos. Segundo o jovem de 19 anos, viver a experiência de vida na comunidade, através do ano sabático, fez com que ele conhecesse a vontade de Deus para sua vida. A rotina da vida comunitária com acompanhamento espiritual, missa e adoração diária, o fez avançar e corresponder ao chamado de Deus. “Uma vez o Senhor me dizia: “Aceita perder tudo, menos tempo” e foi isso que busquei; me abandonando e deixando guiar pelo Espírito Santo para cuidar dos seus que Ele me confiava. A partir disso, fui vendo seus prodígios e milagres nos meus. Hoje, sou chamado a continuar a obra redentora de Cristo como sacerdote na Sementes do Verbo, essa é a minha missão. Agradeço a comunidade da Capela Nossa Senhora de Aparecida e a Paróquia Santa Luzia pelo o apoio e orações, juntamente com o pároco, padre Robert e o vigário paroquial, padre Claudio Fernandes. Peço que continuem a rezar para que cada vez mais brotem vocações santas para a vida do mundo e da Igreja”, exclamou. Padre Robert contou que já havia notado em Caique uma possível vocação ao sacerdócio. Para ele, a resposta confiante, dada por Caique a Deus depois do tempo de discernimento, foi uma notícia de muita alegria. “Como padre fico feliz por ter sido instrumento que reforçou a voz de Deus no coração dele; nosso Senhor sempre usa de outras pessoas para falar conosco acerca de nossa vocação. E como pároco, fico igualmente realizado porque esse sim comprova que a paróquia está correspondendo ao meu trabalho. Vejo que Deus me deu a graça de ver os frutos do meu serviço em todos esses anos à comunidade. Quando vejo as pessoas buscando viver uma vida de santidade, me sinto mais forte na minha caminhada”, relatou. A comunidade A Comunidade Sementes do Verbo é uma comunidade de vida que reúne no seu seio, jovens, casais, famílias, consagrados e padres. De forma viva e dinâmica, trabalham com formações bíblicas, humanas e espirituais, com o uso de linguagem simples, profunda e realista. Sendo uma comunidade escola e de contínua formação, abordam temas essenciais com o objetivo de gerar crescimento em todas as dimensões humanas, proporcionando um maior conhecimento de si, de Deus e de outros, além de suscitar uma nova firmeza e responsabilidade pessoal, moral, cívica e cristã.  

Missa Em Honra A Nossa Senhora De Fátima

Em comemoração ao centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima, a paróquia irá celebrar uma missa campal, no dia 13 de maio, às 18h30. Após a celebração no pátio paroquial, haverá a coroação da imagem de Nossa Senhora. A Santa Missa será presidida pelo pároco, padre Robert Chrząszcz, que destacou a importância da indulgência plenária, concedida pelo Papa Francisco para o jubileu das aparições. Você sabe o que são as indulgências plenárias? Leia aqui!

Procissão Luminosa Encerra Vigília Pascal

Presidida pelo pároco, padre Robert Chrząszcz e concelebrada pelo vigário paroquial, padre Claudio Fernandes, a Vigília Pascal do Sábado Santo, dia 15 de abril, foi iniciada com a liturgia da luz. Com as luzes da igreja apagadas, os ministros saíram em direção ao pátio, onde foi feita a bênção do fogo e a preparação do círio pascal. Pela primeira vez os paroquianos puderam acompanhar o momento porque a Pastoral da Comunicação (PASCOM), realizou uma gravação ao vivo (live) e exibiu ao lado do altar. A celebração contou com a presença dos diáconos permanentes, Antônio Alfredo e Pedro Manoel, que junto aos sacerdotes estavam paramentados de branco. Com o círio pascal nas mãos, o diácono Pedro entoou três vezes: “Eis a Luz de Cristo”. Em seguida foi celebrado o Precônio Pascal, dando início a liturgia da palavra. Sete textos bíblicos, sete salmos e sete orações foram feitas até a chegada do glória, onde todas as luzes da igreja foram acesas, indicando a ressurreição de Cristo. A homilia foi feita pelo vigário, padre Claudio, que agradeceu a comunidade pela entrega e disponibilidade durante o tempo de preparação para a Páscoa. Ele relembrou o tempo quaresmal, a Semana Santa, até a chegada do Sábado Santo, no qual destacou a plena consciência que devemos ter a respeito do que celebramos – Paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. “Jesus é o maior exemplo de Amor que já foi demonstrado. Ele se oferece, é obediente até o fim e Deus aceita seu sacrifício e o ressuscita. Desta forma, não podemos sair desta celebração sem anunciar a ressurreição! A liturgia de hoje nos envia a proclamar um tempo novo!”, exortou. Novos discípulos Após a liturgia da palavra, foi cantada a Ladainha de Todos os Santos e realizada a bênção da água batismal. Sete catecúmenos receberam o sacramento do batismo, fundamento de toda a vida cristã, entrada da vida no Espírito e porta que dá acesso aos outros sacramentos. Entre eles estava Demilson Sabóia da Silva, de 33 anos, que mora no Rio há um e sete meses. Ele contou que após chegar à cidade se inseriu em atividades paroquiais, até decidir entrar para o catecumenato. Muito emocionado, disse que agora é seguir em frente na caminhada com Cristo. “Minha família sempre me incentivou a participar, mas foi somente agora, por livre e espontânea vontade que eu procurei a Igreja. Hoje estou emocionado porque esperei muito por este momento. Acredito que agora é seguir em frente e participar das atividades paroquiais”. Confirmação – Um verdadeiro pentecostes Após o batismo, todos os catecúmenos foram confirmados, recebendo o óleo do Santo Crisma na fronte. A jovem Clara Rodrigues de Souza, de 15 anos, destacou as novas amizades que fez durante a preparação e o protagonismo dos catequistas, que com persistência, esforço, determinação e amor ensinaram muitas coisas sobre religião e fé. Clara relatou que a maior emoção da Vigília Pascal foi a comunhão. “No Batismo foi o meu primeiro passo para tudo que eu ainda vou viver na Igreja, naquele momento senti que eu realmente eu era parte do corpo místico, havia me tornado uma cristã de verdade. No Crisma eu confirmei que realmente foi essa religião que escolhi e escolheria mil vezes! Ser católica, apostólica, romana. Mas o momento mais emocionante de sábado foi a comunhão. Quando eu ajoelhei, respondi amém para o padre e recebi a hóstia, eu senti Jesus na minha alma! Nunca mais vou esquecer esse momento”. Depois da confirmação, toda a assembleia renovou as promessas do batismo e os ministros fizeram a aspersão com a água benta. Eucaristia – fonte e cume de toda a vida cristã Ana Carla Bandeira Cunha, estava no grupo de 17 jovens e adultos catequizandos que receberam o sacramento da Eucaristia. Segundo ela, a caminhada de volta à vida sacramental foi vivida com muita luta, mas a vontade de estar perto de Deus a fez perseverar. “Hoje é o início de uma caminhada, uma experiência maravilhosa que só quem está na presença de Deus sabe como é. Eu voltei ao caminho de Deus pela dor e por dificuldades pessoais. Há dois anos frequento assiduamente a igreja e jamais vou deixar Jesus porque Ele é minha força!”, testemunhou. Procissão pelas ruas Para anunciar a ressureição de Jesus, a comunidade paroquial saiu em procissão pelas ruas do bairro. Enquanto o ministério de música entoava louvores a Cristo, pessoas nas ruas e nas janelas acompanhavam emocionadas a passagem da procissão. Com Jesus Sacramentado nas mãos, o pároco foi acompanhado do vigário, dos diáconos, dos catecúmenos e de todos os fiéis, que carregavam suas velas acesas, representando a luz de Cristo Ressuscitado. Todos bradavam com alegria: “Ressuscitou, aleluia”, “Ele vive e reina para sempre”. A vigília foi finalizada dentro da igreja com a bênção do Santíssimo. Após a celebração, os sacerdotes fizeram uma foto oficial com os catecúmenos e catequizandos.

Festa Da Divina Misericórdia

Depois da novena à Divina Misericórdia, a comunidade paroquial comemorou a Festa da Divina Misericórdia, no domingo, dia 23 de abril. Depois das celebrações de 7 horas e 19h30, foi realizada uma Adoração ao Santíssimo Sacramento, onde os fiéis rezaram o terço da misericórdia. Ao final, todos puderam venerar a relíquia de São João Paulo II e Santa Faustina, a Irmã que recebeu visões e revelações de Jesus a respeito da Divina Misericórdia.   A Santa Missa das 19h30 foi presidida por um sacerdote visitante, padre Ermínio José de Aquino, do Ceará. Pela primeira vez na comunidade, padre Erminio José, original da paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Quiterianópolis, Crateús, destacou a atenção e o acolhimento da comunidade. “Assim que cheguei achei a igreja muito bonita, mas o que mais me impressionou foram as pessoas. Pelos olhares atentos dos fiéis, percebi que o povo tem um grande carinho pelas coisas de Deus. Me chamou a atenção o zelo dos paroquianos que participaram com muita atenção da Santa Missa. Foi uma alegria celebrar aqui e espero voltar mais vezes”, contou. “A Minha imagem já está na tua alma. Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benzida solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia.” (Diário de Santa Faustina – n°49)  

Missa Da Ceia Do Senhor E Lava-pés

Na missa da Ceia do Senhor e Lava-pés, dia 13 de abril, a igreja estava lotada para comemorar a instituição da Eucaristia, o sacramento do sacerdócio e o mandamento do Amor. A Santa Missa foi presidida pelo pároco, padre Robert Chrząszcz e concelebrada pelo vigário paroquial, padre Claudio Fernandes. Também estiveram presentes os dois diáconos permanentes, Antônio Alfredo e Pedro Manoel. Por motivo do Ano da Família, os escolhidos para representar os doze apóstolos, no momento do Lava-pés, foram casais em várias etapas da vida familiar. Um casal de noivos; outro de recém-casados; um casal já com filhos e um casal com mais vivência na vida matrimonial. Os noivos, Gledson José de Abreu Albuquerque e Ana Paula da Silva de Brito, foram um dos casais escolhidos para o momento do lava-pés. Eles fizeram o último Encontro de Preparação para a Vida Matrimonial (EPVM) da paróquia e se unirão em matrimônio breve. “Estávamos conversando com o padre sobre o casamento e ele nos chamou para participar. Foi maravilhoso, uma verdadeira bênção para nós. E como comemoramos sete anos de namoro ontem, esse momento se tornou ainda mais especial”, disseram. Na homilia, padre Claudio falou a respeito da singularidade do gesto de Jesus, que não fez diferencial por ter uma condição divina, mas viveu a condição humana em tudo, menos no pecado. Cristo que foi além, se rebaixando como servo e escravo. “Jesus faz toda uma preparação para lavar os pés dos discípulos e essa preparação traz à tona três imagens importante: Cristo bom Pastor, que pastoreia e vai ao encontro do povo; os grãos de trigo que devem morrer para si para formar muitos frutos; e um rei que não vive a sua realeza numa catedral ou em um trono, mas através da Cruz”. Segundo o sacerdote, para entender o gesto do Lava-pés é preciso compreender o significado da Cruz. Por amar verdadeiramente o ser humano, Jesus chegou ao ponto de lavar os pés dos apóstolos e dar a própria vida pela salvação da humanidade. “Somos convidados a abraçar a cruz, a fim de que nesse abraço, possamos realmente viver em função dos irmãos e do serviço. E ao vivermos essa experiência de amor através da Cruz com Cristo, também seremos capazes de transmitir esse amor a tantos outros, através da evangelização, com o intuito de que os demais sigam o próprio Cristo”, concluiu. Ao término da celebração houve a transladação do Santíssimo até o altar da imposição. Das 21h até às 0h, as pastorais se revezaram para fazer uma adoração silenciosa. O Ofício das Trevas foi realizado durante a adoração, com um candelabro aceso com 15 velas no altar. As velas foram sendo apagadas, representando os discípulos, que pouco a pouco abandonaram Jesus Cristo durante a Paixão. Ao final, apagaram-se as luzes para simbolizar o luto da Igreja e a escuridão que baixou sobre a terra quando Jesus morreu.      

Missa Marca Onze Anos Da Chegada Do Padre Robert

Além de refletir sobre a traição de Judas e a negação de Pedro, a missa da terça-feira santa, dia 11 de abril, foi celebrada em ação de graças aos onze anos da chegada do pároco, padre Robert Chrząszcz. Estiveram presentes os dois diáconos permanentes, Antônio Alfredo França Pinto de Aguiar e Pedro Manoel Lopes Martins. Diácono da Paróquia Santa Luzia há seis anos, Antônio Alfredo, destacou na homilia a integridade do pároco, que consegue agregar diversas qualidades ao seu ministério. Para ele, é importante que todo sacerdote seja um pastor, e assim, se assemelhe a Jesus, o bom pastor. “Para mim é um grande privilégio ter o padre Robert como amigo, que me aconselha e acolhe. Quem conheceu essa paróquia antes e depois da sua chegada sabe o significado que ele tem para a comunidade. Ele é um homem sério, caridoso, disponível e de trabalho. A formação do padre Robert me impressiona não apenas como sacerdote, mas também como homem. Por ter uma boa criação, em uma família dedicada e religiosa, ele se tornou um homem próximo de Jesus, que caminha ao lado Dele. E por ser um exemplo de vida, a comunidade cresce junto com ele”, disse. Padre Robert agradeceu as palavras do diácono e ressaltou outro marco importante deste dia, o início das obras da nova igreja. Segundo o pároco, foi nesta mesma data que o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, celebrou uma missa campal para dar início a construção. Ao final da celebração alguns jovens do Encontro de Adolescentes com Cristo (EAC), cantaram a música “Eternos Amigos”, do grupo católico Anjos de Resgate e presentearam o pároco com uma orquídea e uma estola mariana. A homenagem acabou no pátio da paróquia, onde os fiéis se reuniram para cantar parabéns e partir um bolo.

Encenação Da Paixão De Cristo Emociona A Comunidade

Há 18 anos sendo realizada na paróquia Santa Luzia, a tradicional peça da Paixão de Cristo continua a comover a comunidade. Cerca de duas mil pessoas assistiram ao espetáculo, realizado na sexta-feira santa, dia 14 de abril. À frente da coordenação do teatro há sete anos, Maria Edjane Silva, disse que o trabalho de preparação é árduo e exige dedicação dos participantes. Para ela, a peça é um importante meio de evangelizar o bairro. “Temos uma equipe de 150 pessoas e começamos os ensaios com quatro meses de antecedência. Todos os anos o meu sentimento é de medo e muita responsabilidade, por saber da confiança que o nosso pároco deposita em nós, diante de uma forma tão importante para evangelização das pessoas” disse. No papel de Jesus Cristo pela primeira vez, Cristiano Ferreira de Mesquita, terminou a peça com o coração cheio de gratidão. Ele contou que representar Jesus foi um momento emocionante, além de ser uma oportunidade de evangelizar a comunidade. “Eu já participo da peça há três anos, representando diversos personagens. Mas representar Jesus é algo único. A via sacra mexeu bastante comigo! Ali podemos ver o quanto Cristo sofreu por nós. Sou muito grato a paróquia pela oportunidade de participar desse momento especial”, relatou. Ana Carolina Oliveira Linhares, teve a alegria de interpretar Nossa Senhora. Segundo ela, todos os momentos foram especiais; do sofrimento da paixão e morte, até a alegria de ter o filho ressuscitado. “Foi muito emocionante porque não é um papel qualquer, é Nossa Senhora, nossa mãe! A todo momento eu pedi a intercessão dela porque queria realmente transmitir às pessoas, o que ela vivenciou no dia. Tenho certeza de que ela tocou no coração de todas as pessoas presentes”. Participação de toda a comunidade Pelo segundo ano consecutivo, o paroquiano Jorge Dourado do Nascimento, levou sua filha de cinco anos para integrar a equipe dos anjinhos. Para ele, é fundamental que ela participe desde criança das atividades paroquiais. “Nós tentamos transmitir a nossa filha a educação que recebemos de nossos pais. Temos o objetivo de mantê-la nesse caminho com Cristo, incentivando a busca por Deus”. A paroquiana Lucivanda Maria dos Santos, assistiu a peça da plateia com sua filha Maria Vitória e alguns familiares. Ela disse que todos os anos faz questão de participar desse momento emocionante. “Minha filha tem sete anos e ficou emocionada. Ela vem comigo para entender como Jesus sofreu por cada um de nós”, completou. A paixão de Cristo na Paróquia Santa Luzia O amor pelo teatro começou na época em que a paróquia era só uma capela e produzia pequenos espetáculos. Quando o pároco, padre Robert Chrząszcz chegou a comunidade, percebeu o grande desejo das pessoas de voltar com as produções que já não existiam. Ao observar que alguns continuavam atuando em outras iniciativas fora da paróquia, começou a desenvolver atividades voltadas para a produção de peças teatrais. “No mesmo ano em que começamos a construção da nova igreja, aproveitamos a estrutura que serviu de altar para a missa campal, como palco da nossa peça. A apresentação foi dentro do nosso pátio e depois da obra concluída, começamos a fazer na rua, em frente à paróquia”, lembrou. Hoje, sete anos depois, o sacerdote elogia o espetáculo da Paixão de Cristo e ressalta que ele tem muitas vantagens; tanto para os que estão na produção, como para aqueles que prestigiam como plateia. “Essa peça é muito importante na vida das pessoas que a produzem porque elas se entregam a essa evangelização. Todos se identificam e servem com afinco, trabalhando durante semanas, dia e noite. A peça faz parte da semana santa deles. Por outro lado, a peça também é muito importante para todo o bairro, não apenas para a paróquia Santa Luzia. Como nem todos os moradores são católicos, é uma chance de evangelizar, introduzi-los dentro do cenário vivido por Jesus”, completou.  

Uma Igreja Construída Pela Comunidade

A terça-feira santa é uma data importante para a comunidade paroquial de Santa Luzia. Entre os acontecimentos significativos está o início da construção da igreja, que levou quatro anos para ser concretizar. No dia 11 de abril de 2010, o Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, celebrou uma missa campal para dar abertura à obra e cavou a primeira sapata. Antes da construção, quem chegava à paróquia Santa Luzia encontrava uma pequena igrejinha e um galpão com telha de amianto, onde eram celebradas as missas e realizadas as demais atividades paroquiais. Por conta do crescimento da comunidade, o espaço começou a ficar pequeno e foram surgindo as primeiras ideias de ampliação da igreja. Com a chegada do pároco, padre Robert Chrząszcz, a ideia de ampliação foi colocada em prática. O templo seria construído do zero e a igrejinha que existia até então seria demolida. A concretização de um sonho Depois de quase cinco anos de trabalho pesado, a construção da tão sonhada igreja foi concluída. Hoje é possível acomodar confortavelmente mais de mil pessoas e o que resta para ser feito do projeto inicial são apenas detalhes internos. O engenheiro responsável pelo projeto, o paroquiano Fausto Gomes da Fonte, esteve presente em todos os momentos da obra, desde que foi feito o primeiro buraco no terreno. Ele contou um pouco de sua história com a comunidade. “Eu e minha falecida esposa começamos a frequentar a paróquia, quando ainda era uma pequena capela, pertencente a paróquia de Nossa Senhora do Loreto, na Freguesia. Depois da proposta de construir uma igreja, fomos convidados pelo padre Robert para ajudar na comissão de obras que já existia, então eu fiquei responsável pelo projeto, feito pelo arquiteto Luiz Neves, autor do plano básico e de grande parte dos detalhamentos”, relatou. Fausto explicou que por providência divina muitos católicos colaboraram na empreitada. Paroquianos que fizeram grandes doações em dinheiro e dezenas de outros que doaram o trabalho braçal e materiais de construção. As 50 sapatas usadas no alicerce da estrutura foram doadas, além do material para levantar as 12 colunas internas que sustentam o telhado – associadas aos 12 apóstolos -. Segundo ele, participar deste processo foi uma grande bênção de Deus. “Sempre me senti muito gratificado em trabalhar aqui. Foi uma realização pessoal que eu não tenho como descrever. Graças a Deus sempre recebi muito da vida, fui muito abençoado por Deus; tive saúde e uma família bonita. Então me sentia no dever de retribuir com alguma coisa tudo aquilo que recebi de Deus. Minha esposa sempre me incentivou e esteve sempre junto comigo, e a medida em que os trabalhos foram avançando, nós nos sentíamos gratos como cristãos”, completou.    

Fiéis Vivenciam O Ofício Da Paixão Do Senhor

Às 15h, da sexta-feira santa, dia 14 de abril, centenas de paroquianos se reuniram para celebrar a Paixão do Senhor. O presidente da celebração, padre Robert Chrząszcz junto ao vigário, padre Claudio Fernandes e os dois diáconos permanentes, Antônio Alfredo e Pedro Manoel, se prostraram no chão, frente ao altar, no começo da cerimônia, simbolizando a humanidade rebaixada e oprimida, e ao mesmo tempo penitente, que implora o perdão por seus pecados.   Neste dia a Igreja não celebra missa. O altar é iluminado sem mantel, sem cruz, sem velas nem adornos. Recorda-se a morte de Jesus. A adoração à cruz e os vários momentos de oração são momentos de penitência e de pedido de perdão. Integrante do Encontro de Jovens com Cristo (EJC), Rafael Oliveira, participou da celebração de maneira profunda. Escolheu ficar sozinho e adentrar no silêncio da paixão de Jesus. Ele contou que durante a adoração, o momento do beijo na cruz foi o mais marcante. “No momento em que fui beijar a cruz reparei bem de perto as chagas de Jesus. Quando eu me deparei tão próximo a elas, na última parte em que nos ajoelhamos, me senti um pouco retraído e atraído pela imagem. Estava um pouco despreparado, mas com vontade de beijar. Olhar as chagas de Jesus de perto e poder tocar foi uma sensação diferente de todas as vezes que já participei. Reconheci como devemos dar importância a todas aquelas feridas que Ele teve”, disse.  

Padre Claudio Comemora Um Ano De Sacerdócio

O vigário paroquial, padre Claudio dos Santos Fernandes, comemorou seu primeiro ano de sacerdócio no domingo, dia 2 de abril. Ele presidiu a Santa Missa das 19h30 que foi concelebrada pelo pároco, padre Robert Chrząszcz e o cônego José Roberto da Silva. Há um ano e três meses na paróquia, padre Claudio contou da alegria de viver realidades distintas como sacerdote: ser formador no seminário, promotor das vocações no Vicariato de Jacarepaguá e vigário paroquial nos finais de semana. “É uma alegria estar no Seminário São José, o ventre onde são geradas as vocações; de ser promotor vocacional do vicariato e poder acompanhar as vocações sacerdotais e também religiosas, no contato com as congregações; e é claro, de estar trabalhando aqui na Paróquia Santa Luzia junto ao cônego Robert, de quem eu procuro absorver o máximo de aprendizagem na área pastoral”, disse. Ele revelou que é difícil expressar em palavras o primeiro ano como sacerdote, mas que se pudesse resumir em apenas uma, seria gratidão. “Sou grato a Deus que em um gesto de misericórdia e amor me elegeu para ser sacerdote, para servir o povo de Deus por amor a Cristo. É difícil exprimir porque seria mais ou menos como tentar colocar o céu num único lugar; trata-se do ano mais feliz da minha vida!”, exclamou. Pároco da paróquia São Lourenço, em Bangu, cônego José Roberto da Silva, esteve presente para festejar com padre Claudio, que foi seminarista em sua paróquia. Segundo ele, o sacerdote foi uma bênção para toda a comunidade. “O padre Claudio esteve comigo como seminarista durante dois anos e nós chegamos juntos na paró quia São Lourenço. Enquanto seminarista ele ajudou muito no crescimento da paróquia. Desenvolveu algumas atividades, sobretudo com os coroinhas que o amam muito. E eu tenho um grande apreço por ele, uma pessoa muito equilibrada, bem formada”, completou.