Neste semana tivemos mais uma transmissão da nossa Catequese Online, desta vez o nosso seminarista Gabriel nos falando sobre os Mandamentos da Igreja. É importante destacar que estes mandamentos são diferentes dos Dez Mandamentos da Lei de Deus, que vimos durante as semanas anteriores. Como mãe educadora a Igreja nos dá estes mandamentos para que tenhamos um norte a respeito do que deve ser o mínimo necessário como cristão em oração e esforço no amor para com Deus e os irmãos. Portanto, os mandamentos dizem o mínimo que deve ser feito, mas sejamos caridosos para com o Nosso Senhor que entregou sua vida por nós e doamos muitos mais a Ele. Para mais detalhes leia o Catecismo da Igreja Católica, do número 2041 a 2043.
1 – Participar da missa inteira nos domingos e festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho
É imprescindível participar da Santa Missa em todos os domingos e festas de guarda, que são: Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus (1° de Janeiro), Solenidade da Epifania do Senhor (6 de Janeiro), Solenidade da Ascensão do Senhor (40 dias após a Páscoa, sempre em uma quinta-feira, mas no Brasil é transferido para o domingo seguinte), Corpus Christi (11 de Junho), Solenidade de São Pedro e São Paulo (29 de Junho, transferido para um domingo se couber), Solenidade da Assunção de Nossa Senhora (dia 15 de Agosto, transferido para um domingo se couber), Solenidade de Todos os Santos (1° de Novembro), Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora (8 de Dezembro) e Natal (25 de Dezembro). Destaca-se que para cumprir esta obrigação é necessário participar da missa inteira, não será cumprido o preceito caso se ausente da missa sem motivo justo. Também devemos nos abster de trabalhos, quando possível, já que não só devemos ir a Santa Missa como devemos dedicar todo o domingo ao Senhor.
2 – Confessar-se ao menos uma vez por ano
Para sermos um bom cristão é necessário confessar-se frequentemente, porém, entendendo as dificuldades dos fieis, seja por diferentes contextos, não o podem fazê-lo, a Igreja demanda ao menos uma confissão por ano, especialmente pela ocasião da Páscoa do Senhor, que esta relacionado ao terceiro mandamento abaixo. Devemos sempre nos confessar com a intenção de não mais pecar e ofender a Deus. Na confissão, é necessário confessar em número e espécie os pecados graves, após um bom exame de consciência. Também é recomendado confessar os pecados veniais.
3 – Receber a comunhão ao menos pela Páscoa da Ressurreição
Houve muitos períodos da Igreja onde a comunhão era menos celebrada ou mais celebrada, houve também épocas de desleixo com a Sagrada Eucaristia e certos limites na comunhão. Porém, no tempo em que estamos vivendo a Igreja recomenda a comunhão frequente como caminho de santidade. Assim, como no caso da confissão, a comunhão ao menos pela Páscoa da Ressurreição é o mínimo necessário, sendo recomendado a comunhão semanal (aos domingos) ou até memos diária se for possível, com a devida frequência na confissão, também.
4 – Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja
Todo cristão deve ter uma vida de penitência e mortificação, porém a Santa Mãe Igreja nos demanda, em especial, alguns dias onde deve ser feito jejum e abstinência: todas as sextas-feiras do ano (exceto na Oitava da Páscoa e solenidades) e no Tempo da Quaresma. A abstinência de carne deve ser observada toda sexta-feira do ano (exceto na Oitava da Páscoas e solenidades), enquanto que o jejum é adicionado a abstinência na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa. A Sé Apostólica concede autoridade as conferências episcopais de cada região os detalhes de como será realizada esta penitência. No Brasil, a CNBB afirma que a abstinência deve ser feita a partir dos 14 anos até o fim da vida, e o jejum a partir de 18 anos completos até 59 anos completos. A Igreja também dispensa esta obrigação a pessoas que por motivos de saúde não possam praticar jejum ou se abster. A CNBB também nos dá a oportunidade de substituir a abstinência por um obra de caridade ou a oração do santo terço.
5 – Ajudar a Igreja em suas necessidades
O fiel católico tem a obrigação de prover as necessidades da Igreja para o culto divino, obras de apostolado e caridade, e o sustento de seus ministros. O dizimo é a forma mais comum de arrecadação da Igreja, sendo este não necessariamente de 10% de sua renda, como equivocadamente é dito, mas sim o que o coração e sua generosidade mandar, e também de acordo com as sua circunstâncias atuais. É muito importante ajudarmos àqueles que nos pastoreia e que nos conduz pelos ensinamentos da Igreja, assim como ajudar a Igreja a ajudar aos mais necessitados. Esta tradição vem de muito tempo, desde o Antigo Testamento, onde a tribo de Levi era sustentada pelas outras tribos. Nos tempos mais difíceis, como este que estamos vivendo no momento, é essencial nos lembrar deste mandamento da Igreja.
Assim como os Dez Mandamentos, guarde os Mandamentos da Igreja no coração e os observe, sempre buscando ir além do mínimo necessário do que manda a Santa Mãe Igreja, já que isto é bom e agradável a Deus.
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