Paróquia Santa Luzia

Procissão Do Encontro Emociona A Comunidade

Dando continuidade à Semana Santa, a Procissão do Encontro, realizada nesta quarta-feira santa, dia 28 de março, teve início na paróquia e seguiu em direção à Praça Geysa Boscoli, no Anil. Dezenas de pessoas meditaram as sete dores de Nossa Senhora até a chegada à praça, onde uma Missa foi celebrada pelo bispo animador do Vicariato de Jacarepaguá, Dom Roque Costa Souza, e concelebrada pelo pároco da Paróquia Santa Luzia, padre Robert Chrząszcz; o vigário da mesma paróquia, padre Jair de Freitas Guimarães; e também pelo pároco e o vigário da Paróquia São João Batista, padre Marcos Vinício Miranda Vieira e Frei Gilmar José da Silva (O.F.M), respectivamente.

Fiéis da Paróquia São João Batista, que fica em Rio das Pedras, também participaram da procissão. Eles saíram de seu bairro e caminharam até o bairro do Anil, onde se uniram aos demais para participar do Santo Sacrifício.

Dom Roque reunido com os padres e coroinhas

A coleta do dia foi em prol dos cristãos perseguidos; por isso, Dom Roque lembrou desse povo que sofre diariamente para viver a sua fé. Segundo ele, aqui nós também sofremos perseguições, contudo, veladas.

“Hoje estamos aqui em praça pública testemunhando a nossa fé, mas precisamos abrir os nossos olhos contra a intolerância religiosa, para que as coisas não virem um caos onde ninguém mais se tolera. O desejo da humanidade é um desejo de paz, e nós, cristãos católicos, sabemos que nossa paz é Jesus Cristo. Não é uma palavra lançada ao vento, mas uma pessoa a quem nós seguimos”, ressaltou.

O bispo também citou a Campanha da Fraternidade, cujo tema deste ano é “Fraternidade e superação da violência”. Segundo ele, neste tempo difícil no qual vivemos, precisamos olhar para o próximo não apenas como meros expectadores, mas sempre com o objetivo de encontrar um caminho para vencer a violência e enxergar que Deus é maior que tudo.

“Precisamos agilizar nossas frentes de ação social da Igreja e transformar a sociedade. Na liturgia, Jesus nos confirmar quem é o traidor; Judas Iscariotes, que vendeu o Senhor por 30 moedas de prata. Judas é um exemplo de quem fez do dinheiro o seu Deus. Por mais que tenha caminhado com o Cristo, se deixou contaminar pelo mundo; não teve ouvidos de discípulo. Sendo assim, peçamos que a Senhora das Dores, que deu o seu sim ao plano de Deus, nos ensine a ouvir o pedido do Senhor e fazer a Sua vontade”.

Significado

A procissão tem o objetivo de reviver o encontro da Virgem Maria com Seu Filho divino, carregando a cruz no caminho do Calvário, pelas ruas de Jerusalém, depois de ser flagelado, coroado de espinhos e condenado a morte por Pilatos. É um momento em que meditamos o doloroso encontro da Virgem Maria com Jesus; é um momento de profunda reflexão sobre as dores da Mãe de Jesus, desde o Seu nascimento até a Sua morte na cruz. Jesus sofreu a paixão e a Virgem sofreu a compaixão, por nós.

Não há dor semelhante a essa de Nossa Senhora, desde quando se encontrou com Seu divino Filho no caminho do Calvário, carregando a pesada Cruz e insultado como se fosse um criminoso. A aceitação da vontade do Altíssimo sempre foi a Sua força em horas tão cruéis como essa.

Ao encontrar Sua Mãe, os olhos de Jesus a fitaram, e ela certamente compreendeu a dor de Sua alma. Não pôde lhe dizer palavra nenhuma, mas a fez compreender que era necessário que unisse a sua dor à d’Ele. A união da grande dor de Jesus e de Maria, nesse encontro, tem sido a força de tantos mártires e de tantas mães aflitas.

Testemunhos de fé 

A jovem Gabriele Barbosa da Paróquia Santa Luzia, participou da Procissão do Encontro pela primeira vez. Para ela, participar desse momento foi uma grande graça.

“Senti muita alegria em poder acompanhar a procissão. Deus vem ao nosso encontro, aumenta a nossa fé e nos fortalece a continuar na caminhada”.

Da paróquia São João Batista, Roberta vê a procissão como uma iniciativa maravilhosa, sobretudo no mundo em que vivemos, tão necessitado de paz. Ela contou que Nossa Senhora é um exemplo de fé, pois acreditou firmemente na ressurreição do Salvador.

“É claro que não podemos sentir a dor de Maria Santíssima, mas só de poder ter uma noção do que ela sofreu vendo seu filho passar pela flagelação e depois pela morte na cruz, nos compadecemos com ela”.

Jovens encenam a Paixão de Cristo

Colaboração: http://cleofas.com.br/qual-o-significado-da-procissao-do-encontro/

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