SÃO SANSÃO, Confessor
Sansão nasceu em Roma. Foi menino sossegado, obediente, sempre desejoso de aprender, inteligente, vivo e aplicado.
Tendo estudado medicina, formado que foi, transferiu-se para Constantinopla, onde se notabilizou pela caridade, tratando e curando a pobreza desvalida.
O patriarca, sensibilizado, edificado, achando-o digno do sacerdócio, consultou-o. E, alegre, com a disposição do médico, fê-lo padre. Sansão estava com pouco mais de trinta anos.
Um dia, o imperador que protegeu os católicos da África contra os vândalos arianos, Justiniano, adoeceu gravemente. Os médicos foram chamados. Revezando-se, aflitos, não conseguiam inteirar-se do mal que ao imperador consumia. A pouco e pouco, piorava o soberano e ninguém atinava com a causa da enfermidade.
Ouvindo falar de Sansão, Justiniano solicitou-lhe os serviços. O Santo, imediatamente, correu assisti-lo. E, não podendo curá-lo senão Deus, rogou, silenciosamente, no coração, que o curasse.
Assim, ao imperador aplicou um remédio que o levasse a crer numa cura toda natural.
Curado, Justiniano compreendeu que se processara o seu restabelecimento por meio dum milagre e, muitíssimo reconhecido, quis recompensar o Santo regiamente.
Sansão, delicadamente, a tudo recusou, mas quando o imperador sugeriu a construção dum hospital, onde pudesse dedicar-se aos doentes com mais recursos e mais desembaraço, Sansão, cheio de júbilo, aplaudiu aquele oferecimento.
São Sansão acabou a vida no exercício da caridade. Falecido em 560, a popularidade que conquistou, sem que a quisesse ou procurasse, durante a vida, cresceu pelos milagres que operou depois que a morte o levou. O nome do Santo, celebérrimo no Oriente, foi introduzido no martirológio romano por Barônio.
(Vida dos Santos, padre Rohrbacher, Volume XI, p. 239-240)
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BEATO BENVINDO DE GUBBIO, Confessor (1232?)
O Bem-aventurado Benvindo de Gubbio tomou o hábito dos irmãos menores em 1222. Foi, desde então, exemplo vivo de todas as virtudes, não se sentindo satisfeito senão quando vestido com o mais miserável dos buréis. Frugalíssimo, comia, e sempre foi assim, apenas o estritamente necessário.
O que mais o alegrava era cuidar dos leprosos aos quais dedicava especial carinho. E. dizia-se, jamais se vira enfermeiro mais solícito nem reconfortador mais jucundo.
Amava, como ninguém, o silêncio e o retiro, mas, em meio ao povo, quando a isto o impelia a necessidade, mostrava-se cheio da mais contagiante caridade.
Durante a noite, orava e orava, longa, longamente. E, na santa Hóstia, via a Jesus Menino amorável.
A tão doce alma, levou-a Nosso Senhor para o céu, quando o bem-aventurado estava em Corneto. As relíquias, transportadas para a diocese de Bovino, descansaram em Deliceto, província de Foggia.
Os Papas Gregório IX e Inocêncio XI aprovaram-lhe o culto. Foto: santiebeati.it // (Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XI, p. 243-244)
Fonte: Santo do Dia – Arautos do Evangelho