São Mateus
A Igreja celebra hoje, de forma especial, a vida de São Mateus apóstolo e evangelista, cujo nome antes da conversão era Levi. Morava e trabalhava como coletor de impostos em Cafarnaum, na Palestina. Quando ouviu a Palavra de Jesus: “Segue-me” deixou tudo imediatamente, pondo de lado a vida ligada ao dinheiro e ao poder para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã! Mateus era um rico coletor de impostos e respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. Encontramos no Evangelho de São Lucas a pessoa de Mateus que prepara e convida o Mestre para a grande festa de despedida em sua casa. Assim, uma numerosa multidão de publicanos e outros tantos condenados aos olhos do povo, sentaram-se à mesa com ele e com Àquele que veio, não para os sãos, mas sim para os doentes; não para os justos, mas para os pecadores. Chamando-os à conversão e à vida nova. Por isso tocado pela misericórdia Daquele a quem olhou e amou, no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro fazendo o bem. É no Evangelho de Mateus que contemplamos mais amplamente trechos referentes ao uso do dinheiro, tais como: “Não ajunteis para vós, tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem.” e ainda:“Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.” Com Judas, porém, ficou o encargo de “caixa” da pequena comunidade apostólica que Jesus formava com os seus. Mateus deixa todo seu dinheiro para seguir a Jesus, e Judas, ao contrário, trai Jesus por trinta moedas! Este apóstolo a quem festejamos hoje com toda a Igreja, cujo significado do nome é Dom de Deus, ficou conhecido no Cristianismo nem tanto pela sua obra missionária no Oriente, mas sim pelo Evangelho que guiado pelo carisma extraordinário da inspiração pôde escrever, entre 80-90 na Síria e Palestina, grande parte da vida e ensinamentos de Jesus. Celebramos também seu martírio que acabou fechando com a palma da vitória o testemunho deste apóstolo, santo e evangelista. São Mateus, rogai por nós! Fonte: Santo do dia – Notícias Católicas
25ª Semana Do Tempo Comum – São Mateus – Segunda-feira
Primeira Leitura: Efésios 4,1-7.11-13 Leitura da carta de São Paulo aos Efésios – Irmãos, eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes: com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor. Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual fostes chamados. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos. Cada um de nós recebeu a graça na medida em que Cristo lha deu. E foi ele quem instituiu alguns como apóstolos, outros como profetas, outros ainda como evangelistas, outros, enfim, como pastores e mestres. Assim, ele capacitou os santos para o ministério, para edificar o corpo de Cristo, até que cheguemos todos juntos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado do homem perfeito e à estatura de Cristo em sua plenitude. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 18(19A) Seu som ressoa e se espalha em toda a terra. 1. Os céus proclamam a glória do Senhor, / e o firmamento, a obra de suas mãos; / o dia ao dia transmite essa mensagem, / a noite à noite publica essa notícia. – R. 2. Não são discursos nem frases ou palavras, / nem são vozes que possam ser ouvidas; / seu som ressoa e se espalha em toda a terra, / chega aos confins do universo a sua voz. – R. Evangelho: Mateus 9,9-13 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, Jesus viu um homem, chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos e disse-lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu a Jesus. Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?” Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”. – Palavra da salvação. Reflexão: Mateus era cobrador de impostos. Ao chamado de Jesus, responde prontamente. Admirável é seu desprendimento, pois ele promove em casa uma refeição de despedida, para a qual convida muitos colegas de profissão. Por prestar serviço aos ocupantes romanos, os cobradores de impostos eram malvistos e até mesmo desprezados pelos judeus. Jesus, que veio para oferecer a salvação a todos, não se deixa levar por esses preconceitos. Mateus escreveu o evangelho que leva seu nome. É o evangelho do Reino de Deus, do cumprimento em Cristo da Antiga Aliança. É o evangelho do Sermão da Montanha, das parábolas do Reino e do juízo universal. Escrevendo para judeu-cristãos, insiste no messianismo de Jesus e na realização perfeita das promessas do Antigo Testamento. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
Santo André Kim E Companheiros Mártires
Tornamos célebre neste dia o testemunho dos 103 mártires coreanos que foram canonizados pelo Papa João Paulo II, na sua visita a Seul em maio de 1984. Tudo começou no Século XVII, com o interesse pelo Cristianismo por parte de um grupo de letrados que ao lerem o livro do missionário Mateus Ricci com o título “O verdadeiro sentido de Deus”, tiveram a iniciativa de encarregar o filho do embaixador coreano na China, na busca das riquezas de Jesus Cristo. Yi Sung-Hun dirigiu-se ao Bispo de Pequim que o catequizou e batizou, entrando por aí a Boa Nova na Coréia, ou seja, por meio de um jovem e ousado leigo cristão que, com amigos, fundaram uma primeira comunidade cristã. Com a eficácia do Espírito, começaram a evangelizar de aldeia em aldeia ao ponto de somarem, em dez anos, dez mil testemunhas da presença do Ressuscitado. Várias vezes solicitaram do Bispo de Pequim o envio de sacerdotes, a fim de organizarem a Igreja. Roma, porém, era de difícil acesso e o Papa sofria com a prepotência de Napoleão, resultado: somente a Igreja pôde socorrer aos cristãos coreanos, trinta anos depois, quando os cristãos coreanos tinham sido martirizados aos milhares, juntamente com os 103 mártires, dentre estes: André Kim, o primeiro padre coreano morto em 1845; dez clérigos e 92 leigos. Alguns testemunhos ficaram gravados, e dentre tantos: “Dado que o Senhor do céu é o Pai de toda a humanidade e o Senhor de toda a criação, como podeis pedir-me para o trair? Se neste mundo aquele que trair o pai ou a mãe não é perdoado, com maior razão, não posso nunca, trair aquele que é o Pai de todos nós!” (Teresa Kwon). Os primeiros mártires coreanos escreveram, com sangue, as primeiras páginas da história na Igreja da própria pátria. Na data da canonização, bicentenária do início da evangelização da Coréia, esta nação contava com 1.4000.000 católicos, 14 Dioceses, 1.200 sacerdotes, 3.500 religiosos e 4.500 catequistas, atestando mais uma vez a frase de Tertuliano: “O sangue dos mártires é sangue de novos cristãos!” Santo André Kim e companheiros mártires, rogai por nós! Fonte: Santo do dia – Notícias Católicas
25ª Domingo Do Tempo Comum
Primeira Leitura: Isaías 55,6-9 Leitura do livro do profeta Isaías – Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto ele está perto. Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele, volte para nosso Deus, que é generoso no perdão. Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos, e vossos caminhos não são como os meus caminhos, diz o Senhor. Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos quanto está o céu acima da terra. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 144(145) O Senhor está perto da pessoa que o invoca! 1. Todos os dias haverei de bendizer-vos, / hei de louvar o vosso nome para sempre. / Grande é o Senhor e muito digno de louvores, / e ninguém pode medir sua grandeza. – R. 2. Misericórdia e piedade é o Senhor, / ele é amor, é paciência, é compaixão. / O Senhor é muito bom para com todos, / sua ternura abraça toda criatura. – R. 3. É justo o Senhor em seus caminhos, / é santo em toda obra que ele faz. / Ele está perto da pessoa que o invoca, / de todo aquele que o invoca lealmente. – R. Segunda Leitura: Filipenses 1,20-24.27 Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses – Irmãos, Cristo vai ser glorificado no meu corpo, seja pela minha vida, seja pela minha morte. Pois, para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne significa que meu trabalho será frutuoso, neste caso, não sei o que escolher. Sinto-me atraído para os dois lados: tenho o desejo de partir, para estar com Cristo – o que para mim seria de longe o melhor -, mas para vós é mais necessário que eu continue minha vida neste mundo. Só uma coisa importa: vivei à altura do Evangelho de Cristo. – Palavra do Senhor. Evangelho: Mateus 20,1-16 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: “O Reino dos céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia e os mandou para a vinha. Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça desocupados e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’. E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde e fez a mesma coisa. Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’. Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’ Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. Em seguida vieram os que foram contratados primeiro e pensavam que iam receber mais. Porém cada um deles também recebeu uma moeda de prata. Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: ‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’. Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’ Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”. – Palavra da salvação. Reflexão: A parábola compara o Reino dos Céus a um proprietário que vai em busca de trabalhadores para sua vinha. Revela triste realidade do tempo em que o evangelho foi redigido: o desemprego (“ninguém nos contratou”) e muita gente sem terra. O narrador insiste bastante sobre a “justiça”. O que é justiça? É aquilo que é conforme a vontade de Deus; é cada um ter o suficiente para suprir as necessidades básicas do ser humano (“uma moeda de prata por dia”). O patrão, porque é bom, vê a necessidade do outro. E se no Reino dos Céus existirem “primeiros e últimos”, os primeiros serão aqueles que a sociedade considera como últimos (“os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”). As comunidades precisam começar sempre pelos últimos, assim como fez o capataz na hora do pagamento. Alargando um pouco a parábola, podemos perceber que os primeiros a receber a revelação foram os judeus, mas nem sempre estavam dispostos a abrir a porta também aos que chegaram depois (os pagãos). Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
24ª Semana Do Tempo Comum – Sábado
Primeira Leitura: 1 Coríntios 15,35-37.42-49 Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios – Irmãos, alguém perguntará: Como ressuscitam os mortos? Insensato! O que semeias não nasce sem antes morrer. E, quando semeias, não semeias o corpo da planta, que há de nascer, mas o simples grão, como o de trigo ou de alguma outra planta. Pois assim será também a ressurreição dos mortos. Semeia-se em corrupção e ressuscita-se em incorrupção. Semeia-se em ignomínia e ressuscita-se em glória. Semeia-se em fraqueza e ressuscita-se em vigor. Semeia-se um corpo animal e ressuscita-se um corpo espiritual. Se há um corpo animal, há também um espiritual. Por isso está escrito: o primeiro homem, Adão, “foi um ser vivo”. O segundo Adão é um espírito vivificante. Veio primeiro não o homem espiritual, mas o homem natural; depois é que veio o homem espiritual. O primeiro homem, tirado da terra, é terrestre; o segundo homem vem do céu. Como foi o homem terrestre, assim também são as pessoas terrestres; e como é o homem celeste, assim também vão ser as pessoas celestes. E como já refletimos a imagem do homem terrestre, assim também refletiremos a imagem do homem celeste. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 55(56) Na presença do Senhor, andarei na luz da vida. 1. Meus inimigos haverão de recuar † em qualquer dia em que eu vos invocar; / tenho certeza: o Senhor está comigo! – R. 2. Confio em Deus e louvarei sua promessa; † é no Senhor que eu confio e nada temo: / que poderia contra mim um ser mortal? – R. 3. Devo cumprir, ó Deus, os votos que vos fiz / e vos oferto um sacrifício de louvor, / porque da morte arrancastes minha vida / e não deixastes os meus pés escorregarem, / para que eu ande na presença do Senhor, / na presença do Senhor na luz da vida. – R. Evangelho: Lucas 8,4-15 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, reuniu-se uma grande multidão, e de todas as cidades iam ter com Jesus. Então ele contou esta parábola: “O semeador saiu para semear a sua semente. Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada e os pássaros do céu a comeram. Outra parte caiu sobre pedras; brotou e secou, porque não havia umidade. Outra parte caiu no meio de espinhos; os espinhos cresceram junto e a sufocaram. Outra parte caiu em terra boa; brotou e deu fruto, cem por um”. Dizendo isso, Jesus exclamou: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. Os discípulos lhe perguntaram o significado dessa parábola. Jesus respondeu: “A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus. Mas, aos outros, só por meio de parábolas, para que, olhando, não vejam e, ouvindo, não compreendam. A parábola quer dizer o seguinte: a semente é a Palavra de Deus. Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouviram, mas depois vem o diabo e tira a Palavra do coração deles, para que não acreditem e não se salvem. Os que estão sobre a pedra são aqueles que, ouvindo, acolhem a Palavra com alegria. Mas eles não têm raiz: por um momento acreditam, mas, na hora da tentação, voltam atrás. Aquilo que caiu entre os espinhos são os que ouvem, mas, com o passar do tempo, são sufocados pelas preocupações, pela riqueza e pelos prazeres da vida e não chegam a amadurecer. E o que caiu em terra boa são aqueles que, ouvindo com um coração bom e generoso, conservam a Palavra e dão fruto na perseverança”. – Palavra da salvação. Reflexão: Jesus narra e explica a parábola do semeador. A semente é a mesma; os terrenos é que são diferentes; cada um dá fruto segundo suas condições. Dois terços são terrenos defeituosos ou inférteis. O resultado é minguado, insatisfatório. O terreno bom, sim, produz abundantes frutos. Cada um de nós verifique a qualidade do próprio terreno. Em outras palavras: como ouvimos a Palavra e o que fazemos para transformá-la em boas obras? Cabe-nos examinar a consciência e sinceramente descobrir os obstáculos por que a Palavra de Deus não dá fruto em nós. São as preocupações com os bens materiais? Ou, talvez, a indolência e a falta de interesse pelas coisas de Deus e a vida da Igreja? Deus continua a semear generosamente sua Palavra no terreno do mundo e no interior do nosso coração. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
São Januário
A história do santo deste dia se entrelaça com a cidade italiana de Nápoles, onde o corpo e sangue de Januário estão guardados. Este santo viveu no fim do século III e se tornara Bispo de Benevento, cidade próxima a Nápoles. Como cristão estava constantemente se preparando para testemunhar (se preciso com o derramamento do próprio sangue) seu amor ao Senhor, já que naqueles tempos em que a Igreja estava sendo perseguida, não era difícil ser preso, condenado e martirizado pelos inimigos da Verdade. Na função de Bispo foi zeloso, bondoso e sábio, até ser juntamente com seus diáconos, preso e condenado a virar comida dos leões no anfiteatro da cidade de Pozzuoli (a primeira terra italiana que pisou o apóstolo Paulo a caminho de Roma). Igual ao profeta Daniel e muitos outros, as feras lamberam, mas não avançaram nestes homens protegidos por Jesus. Nesse caso, sob a ordem do terrível imperador Diocleciano (último grande perseguidor), a única solução era a espada manejada pela irracional maldade humana. Foram decapitados. Isto ocorreu no ano 305. Alguns cristãos, piedosamente, recolheram numa ampola o sangue do Bispo Januário para conservá-lo como preciosa relíquia e seu corpo acabou na Catedral de Nápoles. A partir disso, os napolitanos começaram a venerar o santo como protetor da peste e das erupções do vulcão Vesúvio. Dentre tantos milagres alcançados pela sua intercessão, talvez o maior se deve ao seu sangue,“aquele guardado na ampola”. Acontece que o sangue é exposto na Catedral, no dia da festa de São Januário e o extraordinário é que há séculos, o sangue, durante uma cerimônia, do estado sólido passa para o estado líquido, mudando de cor, de volume e até seu peso duplica. A multidão edificada se manifesta com gritos, enquanto a ciência, que já provou ser sangue humano, silencia quanto a uma explicação para este fato, esclarecido somente pela fé. São Januário, rogai por nós! Fonte: Santo do dia – Notícias Católicas
24ª Semana Do Tempo Comum – Sexta-feira
Primeira Leitura: 1 Coríntios 15,12-20 Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios – Irmãos, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como podem alguns dizer entre vós que não há ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos, então Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vã e a vossa fé é vã também. Nesse caso, nós seríamos testemunhas mentirosas de Deus, porque teríamos atestado, contra Deus, que ele ressuscitou Cristo quando, de fato, ele não o teria ressuscitado – se é verdade que os mortos não ressuscitam. Pois, se os mortos não ressuscitam, então Cristo também não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem nenhum valor e ainda estais nos vossos pecados. Então, também os que morreram em Cristo pereceram. Se é para esta vida que pusemos a nossa esperança em Cristo, nós somos – de todos os homens – os mais dignos de compaixão. Mas, na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 16(17) Ao despertar, me saciará vossa presença, ó Senhor. 1. Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, / escutai-me e atendei o meu clamor! / Inclinai o vosso ouvido à minha prece, / pois não existe falsidade nos meus lábios! – R. 2. Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, / inclinai o vosso ouvido e escutai-me! / Mostrai-me vosso amor maravilhoso, † vós que salvais e libertais do inimigo / quem procura a proteção junto de vós. – R. 3. Protegei-me qual dos olhos a pupila / e guardai-me à proteção de vossas asas. / E verei, justificado, a vossa face, / e, ao despertar, me saciará vossa presença. – R. Evangelho: Lucas 8,1-3 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa-nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam. – Palavra da salvação. Reflexão: Vida dinâmica a de Jesus e de seus doze apóstolos, concentrados num objetivo comum: anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus. Conhecemos o método do trabalho missionário de Jesus: ensinamento e curas libertadoras. Ao grupo de Jesus juntam-se algumas mulheres. Umas tinham sido curadas de suas enfermidades; outras, de poder aquisitivo mais elevado, punham seus bens materiais à disposição de Jesus e da missão. A comunidade de Jesus, desde o início, é composta de homens e mulheres. Todos empenhados no serviço do Reino. Embora a Igreja reconheça a importância da participação da mulher na vida eclesial, o Papa Francisco admite que “ainda é preciso ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva na Igreja” (EG 103). Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
São José De Cupertino
O santo de hoje nasceu num estábulo, a exemplo de Jesus, em Cupertino, no reino de Nápoles, a 17 de junho de 1603. Filho de pais pobres, tornou-se um pobre que enriqueceu a Igreja com sua santidade de vida. José quando menino era a tal ponto limitado na inteligência que pouco aprendia e apresentava dificuldades nos trabalhos manuais, porém, de maneira extraordinária progrediu no campo da oração e da caridade. São José foi despedido de dois conventos franciscanos por não conseguir corresponder aos ofícios e serviços comuns. Ele, porém, não desistia de recomendar sua causa a Santíssima Virgem, pela qual tinha sido anteriormente curado de uma grave e misteriosa enfermidade. O poder da oração levou São José de Cupertino para o convento franciscano e ao sacerdócio, precisando para isso que a Graça suprisse as falhas da natureza. Desde então, manifestavam-se nele, fenômenos místicos acompanhados de curas milagrosas, que o tornou conhecido e procurado em toda a região. Dentre os acontecimentos espirituais o que muito se destacou foi o êxtase, que consiste naquele estado de elevação da alma ao plano sobrenatural, onde a pessoa fica momentaneamente desapegada dos sentidos e entregue totalmente numa contemplação daquilo que é Divino. São José era tão sensível a esta realidade espiritual, que isto acontecia durante a Santa Missa, quando rezava com os Salmos e em outros momentos escolhidos por Deus; somente num dos conventos onde viveu 17 anos, seus irmãos presenciaram cerca de 70 êxtases do santo. A fama das curas milagrosas se alastrava como uma epidemia, exaltando a imaginação popular, e obrigando o Frei José, a ser transferido de convento para convento. Mas, os fenômenos se repetiam e o povo lhe tirava todo o sossego. Como na vida da maioria dos santos não faltaram línguas caluniosas que, interpretando mal esta popularidade atribuiu-lhe poderes demoníacos aos seus milagres e êxtases, ao ponto de denunciarem o santo Frei ao Tribunal da Inquisição de Nápoles. O processo terminou reconhecendo a inocência do religioso, impondo-lhe, porém, a reclusão obrigatória e a transferência para conventos afastados. Depois de sofrer muito e de diversas maneiras, predisse o lugar e o tempo de sua morte, que aconteceu em 18 de setembro de 1663, contando com sessenta anos de humilde testemunho e docilidade aos Carismas do Espírito Santo. Foi beatificado por Bento XIV em 1753 e canonizado por Clemente XIII em 1767. São José de Cupertino, rogai por nós! Fonte: Santo do dia – Notícias Católicas
24ª Semana Do Tempo Comum – Quinta-feira
Primeira Leitura: 1 Coríntios 15,1-11 Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios – Irmãos, quero lembrar-vos o Evangelho que vos preguei e que recebestes, e no qual estais firmes. Por ele sois salvos, se o estais guardando tal qual ele vos foi pregado por mim. De outro modo, teríeis abraçado a fé em vão. Com efeito, transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo tinha recebido, a saber: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que, ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras; e que apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Mais tarde, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez. Destes, a maioria ainda vive e alguns já morreram. Depois, apareceu a Tiago e, depois, apareceu aos apóstolos todos juntos. Por último, apareceu também a mim, como a um abortivo. Na verdade, eu sou o menor dos apóstolos, nem mereço o nome de apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus. É pela graça de Deus que eu sou o que sou. Sua graça para comigo não foi estéril: a prova é que tenho trabalhado mais do que os outros apóstolos – não propriamente eu, mas a graça de Deus comigo. É isso, em resumo, o que eu e eles temos pregado e é isso o que crestes. – Palavra do Senhor. Salmo Responsorial: 117(118) Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! 1. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / “Eterna é a sua misericórdia!” / A casa de Israel agora o diga: / “Eterna é a sua misericórdia!” – R. 2. “A mão direita do Senhor fez maravilhas, † a mão direita do Senhor me levantou, / a mão direita do Senhor fez maravilhas!” / Não morrerei, mas, ao contrário, viverei / para cantar as grandes obras do Senhor! – R. 3. Vós sois meu Deus, eu vos bendigo e agradeço! / Vós sois meu Deus, eu vos exalto com louvores! – R. Evangelho: Lucas 7,36-50 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa. Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume. Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: “Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora”. Jesus disse então ao fariseu: “Simão, tenho uma coisa para te dizer”. Simão respondeu: “Fala, mestre!” “Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinquenta. Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?” Simão respondeu: “Acho que é aquele ao qual perdoou mais”. Jesus lhe disse: “Tu julgaste corretamente”. Então, Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: “Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. Por essa razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor”. E Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”. Então, os convidados começaram a pensar: “Quem é este que até perdoa pecados?” Mas Jesus disse à mulher: “Tua fé te salvou. Vai em paz!” – Palavra da salvação. Reflexão: Exclusiva de Lucas, esta passagem abre enorme leque para várias considerações. Jesus aceita comer em companhia de um fariseu, que nem suspeita que algo revolucionário vai acontecer. Entra em cena uma mulher, “conhecida na cidade como pecadora”. Um golpe violento para o fariseu que, por se considerar justo diante de Deus, não digeria a presença de pecadores. Jesus serenamente acolhe a mulher e se deixa tocar por ela, que não economiza afagos e lágrimas de amor e gratidão. Jesus sabe da sinceridade do gesto da pecadora, como também “faz leitura” da maldade aninhada no coração do fariseu. Então, põe cada coisa em seu devido lugar: realça a atitude amorosa da mulher e corrige o mau juízo ruminado pelo fariseu. Justifica aquela que fora pecadora e chama à conversão quem se achava impecável. Fonte: Evangelho do dia – Notícias Católicas
São Roberto Belarmino
Celebramos o grande santo jesuíta, Belarmino, que nasceu em Montepulciano, no centro da Itália, em 1542. Querido pelos pais e de muitas qualidades, era irmão de cinco religiosos, dentre os doze, que enriqueciam a família dos dedicados pais. Quando os padres da Companhia de Jesus abriram um colégio em Montepulciano, Roberto foi um dos primeiros alunos na matrícula e no desempenho. O contato com os padres fez com que o jovem mudasse sua primeira ideia de ser médico, para inclinar-se em favor da vida religiosa jesuíta. Depois de conseguir a permissão do pai, que ao contrário da mãe, apresentava uma certa resistência frente a opção do amável filho, Belarmino com 18 anos, iniciou e concluiu de maneira brilhante sua formação religiosa e seus estudos de filosofia e teologia, tanto que antes de ser ordenado sacerdote foi enviado como professor e pregador em Lovaina, na Bélgica, onde ficou dez anos. Teve importante papel na aplicação do Concílio de Trento, já que ajudou na formação apologética dos teólogos e pregadores responsáveis na defesa da fé. Neste sentido Roberto, muito contribuiu ao escrever sua obra de nome “Controvérsia” e o livro chamado “Catecismo”. Em sua obra “Controvérsias”, Belarmino explana os seus três grandes amores. Trata da Palavra de Deus, de Cristo cabeça da Igreja e do Sumo Pontífice. Era também diretor espiritual do Colégio Romano, tendo sob sua responsabilidade a formação ascética dos alunos que muito o respeitavam e admiravam. O Papa Clemente VIII o elevou a cardeal com esta motivação: “Nós o escolhemos porque não há na Igreja de Deus outro que possa equiparar-se ele em ciência e sabedoria”. Quando ficou muito doente em setembro de 1621, os confrades foram testemunhas do último diálogo dele com Deus: “Ó meu Deus, dai à minha alma, asas de pomba, para que possa voar para junto de vós”. Morreu no dia 17 do mesmo mês, e pelos seus escritos recebeu o título de Doutor da Igreja. São Roberto Belarmino, rogai por nós! Fonte: Santo do dia – Notícias Católicas
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