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O Que é O Sacramento Do Matrimônio?

A união entre o homem e a mulher sempre foi comum em toda história humana. Todas as sociedades possuem formas de casamento, mas somente na fé católica o casamento foi elevado à dignidade de Sacramento. Como falamos no primeiro artigo, o Sacramento é um sinal eficaz da graça que Cristo conquistou com o seu sacrifício na Cruz. Quando o casamento se torna sacramento, ele se transforma em sinal eficaz de Cristo na terra. Por isso quando um casal recebe o sacramento do Matrimônio, se torna sinal visível da união de Cristo com a Sua Igreja. O homem é chamado a morrer, derramar o seu sangue pela sua esposa. Por sua vez a esposa é chamada a se doar ao seu esposo como ao próprio Cristo. O homem como sinal de Cristo. A mulher como sinal da Igreja. Com essa nova dimensão, o matrimônio é elevado a uma dignidade imensa, se tornando meio eficaz de santificação do casal. Como todos os outros sacramentos, o matrimônio confere uma graça especial para a nossa santificação. Assim também acontece no matrimônio. Quando o casal cristão escolhe se casar através do sacramento do Matrimônio, é conferida uma graça especial para santificar toda a sua família. A Bíblia, do início ao fim, fala de casamento. Tanto no sentido humano como divino, devemos entender o casamento entre o homem e a mulher como uma preparação para o nosso casamento definitivo com Deus no céu. O casamento que celebramos aqui na terra, aponta para o nosso matrimônio definitivo na eternidade: “Então o Senhor Deus fez vir sobre o homem um profundo sono, e ele adormeceu. Tirou-lhe uma das costelas e fechou o lugar com carne. Depois, da costela tirada do homem, o Senhor Deus formou a mulher e apresentou-a ao homem. E o homem exclamou: “Desta vez sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada ‘mulher’ porque do homem foi tirada”. Por isso deixará o homem o pai e a mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne.” (Gn 2, 21 – 24) “Fiquemos alegres e contentes, e demos glória a Deus, porque chegou o tempo das núpcias do Cordeiro. Sua esposa já se preparou. Foi lhe dado vestir-se com linho brilhante e puro.” (Ap 19, 7-8) “Deus que é amor e criou o homem por amor, chamou-o a amar. Criando o homem e a mulher, chamou-os no Matrimônio a uma íntima comunhão de vida e de amor entre si, “assim, eles não são mais dois, mas uma só carne (Mt 19,6)”.  (Compêndio CIC, 337) Para que fins Deus instituiu o Matrimônio? “A união matrimonial do homem e da mulher, fundada e estruturada com leis próprias pelo criador, por sua natureza está ordenada à comunhão e ao bem dos cônjuges e à geração e educação dos filhos. A união matrimonial, segundo o originário desígnio divino, é indissolúvel, como afirma Jesus Cristo: “Não separe, pois, o que Deus uniu” (Mc 10,9) “O sacramento do Matrimônio gera entre os cônjuges um vínculo perpétuo e exclusivo. O próprio Deus sela o consenso dos esposos. Portanto, o Matrimônio concluído e consumado entre batizados jamais pode ser dissolvido. Além disso, esse sacramento confere aos esposos a graça necessária para atingir a santidade na vida conjugal e para o acolhimento responsável dos filhos e a educação deles.” (Compêndio CIC, 346) Quais são os pecados gravemente contrários ao sacramento do Matrimônio? “São: o adultério; a poligamia, porquanto contradiz a igual dignidade entre o homem e a mulher, a unicidade e a exclusividade do amor conjugal; rejeição da fecundidade, que priva a vida conjugal do dom dos filhos; o divórcio, que transgride a indissolubilidade.” (Compêndio CIC, 347) Como o Matrimônio é um estado público de vida na Igreja, a sua celebração litúrgica é publica, na presença do sacerdote (ou da testemunha qualificada pela Igreja) e das outras testemunhas. A família, célula primordial da sociedade, maior obra de Deus, é fundada através do matrimônio. Que possamos ajudar os jovens, na fase de namoro e noivado, a se preparar para essa vocação primordial na vida da Igreja. Além de rezar pelas vocações sacerdotais, devemos rezar pelas vocações matrimoniais! Casais santos geram vocações santas. Que possamos pedir a Deus a bençãos sobre todas as famílias! Salve Maria!

O Que é O Sacramento Da Confissão?

O sacramento da Confissão (ou Penitência) é o sacramento do perdão dos pecados, que restaura a graça santificante e a nossa amizade com Deus. O pecado é a maior desobediência a Deus, onde o ser humano, num ato de desobediência e falta de confiança no Criador, escolhe buscar a sua felicidade em coisas contrárias à lei divina. Portando o pecado nos separa de Deus. “Aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado, e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro”. (Catecismo da Igreja Católica, 1488) O pecado original, herdado dos nossos primeiros pais (Adão e Eva), são totalmente perdoados no Batismo. Mas a tendência ao pecado, bem como os nossos pecados pessoais (aqueles que cometemos ao longo de nossas vidas, depois do batismo) ainda ficam. Diante disso, nosso Senhor Jesus Cristo instituiu um sacramento especial, a fim de nos reconciliar com Deus, perdoar os nossos pecados, e nos dar novamente a graça santificante que perdemos ao pecar. Muitos se perguntam: por que precisamos nos confessar com um sacerdote (padre ou bispo)? Não podemos pedir perdão diretamente a Deus? Alguns dizem: “Entendo-me diretamente com Deus, e por isso não preciso de Padres!” No entanto, Deus quer fazê-lo de outra maneira. Ele conhece-nos. Naquilo que diz respeito ao pecado, costumamos fazer trapaça, varrendo o assunto para debaixo do tapete. Por isso Deus quer que expressemos os nossos pecados e os confessemos face a face. E para isso servem os sacerdotes. Jesus, na sua infinita sabedoria, compartilhou a sua autoridade de perdoar os pecados com os 12 apóstolos, e com isso transmitiu essa autoridade para todos os sucessores dos apóstolos (padres e bispos), como fica claro nesse trecho da Sagrada Escritura, quando Jesus aparece aos discípulos depois da ressurreição: “Jesus disse de novo: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou também eu vos envio. Então, soprou sobre eles e falou: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, lhes serão retidos“. (Evangelho de João 20, 21-23) Fica muito claro nesse trecho que Jesus concede a autoridade de perdoar os pecados aos apóstolos (“A quem perdoardes os pecados, serão perdoados”). É baseado nesse ensinamento de Cristo que a Igreja sempre ofereceu o perdão dos pecados através do sacramento da confissão, ministrado pelos legítimos sucessores dos apóstolos (bispos e padres). Foi o próprio Cristo que determinou que o perdão fosse oferecido através desses homens. Não foi a Igreja que inventou a confissão, mas o próprio Cristo que determinou este meio de perdoar os nossos pecados. Jesus transmitiu aos Seus Apóstolos a força do Espírito Santo, na qual Ele perdoava os pecados. Caímos nos braços do nosso Pai celeste, quando nos dirigimos a um sacerdote e nos confessamos. Seria muito fácil se confessar diretamente com Deus. Qual seria a garantia de que realmente estamos arrependidos? Jesus, sabendo disso, institui o Sacramento da Confissão, nos forçando a confessar os nossos pecados, para assim provocar um verdadeiro arrependimento e salutar humilhação pelas falhas que realizamos. Além disso, quando pecamos, ferimos o Corpo Místico de Cristo: a própria Igreja. Nada mais justo que procurar um representante da Igreja para pedir perdão, e assim reparar a ofensa que foi provocada na própria Igreja através do nosso pecado. O sacramento da confissão é um sacramento de:  1) conversão, mudança de vida; 2) penitência, esforço pessoal de conversão e arrependimento; 3) perdão, onde Deus perdoa totalmente os nossos pecados, nos dando a Paz verdadeira; 4) reconciliação, voltamos a ser amigos de Deus. A conversão interior é mais importante que a conversão exterior, é necessário romper com o pecado, tendo repugnância às más obras, desejo e determinação em mudar de vida. Como se confessar? Faça um exame de consciência (Faça uma lista, se necessário. Tendo como base os 10 mandamentos). Se arrependa com toda sua alma. Arrependimento é o mais importante! Confessar os pecados ao sacerdote. Propósito de cumprir a penitência. Propósito de, com a graça de Deus, NUNCA MAIS cometer os mesmos pecados. Quais pecados se devem confessar? “Deve-se confessar todos os pecados graves ainda não confessados de que alguém se lembra depois de um diligente exame de consciência. A confissão dos pecados graves é o único modo ordinário para obter o perdão.” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, 304) O confessor deve guardar segredo? “Dada a delicadeza e a grandiosidade desse mistério e o respeito devido às pessoas, todo confessor é obrigatório, sem exceção alguma e sob penas muito severas, a guardar o sigilo sacramental, ou seja, o absoluto segredo acerca dos pecados conhecidos na confissão” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, 309) É importante lembrar que nunca é permitido esconder de forma proposital algum pecado durante a confissão, ou confessar sem verdadeiro arrependimento. Do contrário a confissão fica inválida. Que possamos aproveitar esse sacramento importantíssimo para a nossa vida espiritual, procurando sempre que necessário a confissão para retornar ao estado de graça e amizade com Deus. Na Paróquia Santa Luzia as confissões são realizadas 30 minutos antes das Missas! No próximo artigo vamos falar do sacramento da Unção dos Enfermos. Não perca! Salve Maria!

O Que é O Sacramento Do Batismo?

O Sacramento do Batismo é o primeiro Sacramento, a porta de entrada para todos os outros. Sem o Batismo, nenhum católico pode receber os Sacramentos. Mas qual o significado do Batismo? O que ele realiza? O Batismo, como todos os outros Sacramentos, foi instituído por Cristo e ministrado pela Igreja desde os Apóstolos. No início da sua vida pública, Jesus foi até João Batista para receber o batismo. João Batista usava a água apenas como sinal de arrependimento e conversão. Jesus, antecipando o seu Sacrifício na Cruz, (quando assumiu sobre si o pecado da humanidade) se deixa batizar por João Batista. Jesus assume , desde o momento do seu batismo, os nossos pecados, que seriam redimidos plenamente na sua morte e ressurreição. “253. Como é prefigurado o Batismo na Antiga Aliança? Na Antiga Aliança encontram-se várias prefigurações do Batismo: a água, fonte de vida e de morte; a arca de Noé, que salva por meio da água; a passagem do Mar Vermelho, que liberta Israel da escravidão egípcia; a travessia do Jordão, que introduz Israel na terra prometida, imagem da vida eterna. 1217-1222 254. Quem dá acabamento a essas prefigurações? Jesus Cristo, o qual, no início da sua vida pública, se faz batizar por João Batista no Jordão; na cruz, do seu lado traspassado brotam sangue e água, sinais do Batismo e da Eucaristia, e depois da sua Ressurreição confia aos Apóstolos esta missão: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). 1223-1224″ (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica) Com o seu próprio batismo, Jesus institui o nosso batismo, que é o perdão (remissão) da mancha do Pecado Original; nos fazendo filhos de Deus e membros do Corpo Místico de Cristo: a Igreja. Com o sinal visível do derramamento da água no nosso corpo, é realizada uma graça invisível e eficaz. Em resumo: o Batismo é um sinal visível (através da água) que realizada ações eficazes e invisíveis. As graças que recebemos com o batismo são: – o perdão do Pecado Original e de todos os nossos pecados pessoais (cometidos até o batismo); – a adoção como filhos de Deus; – se tornar membros da Igreja (Corpo Místico de Cristo); e – receber o Espírito Santo. Tudo isso, como falamos no artigo anterior, só é possível tendo em vista o Sacrifício que Cristo realizou na Cruz para perdoar a culpa dos nossos pecados. O Batismo começou a ser administrado pela Igreja desde o dia de Pentecostes, a todos aqueles que creem em Jesus Cristo. E desde o inicio a Igreja administrou o Batismo às crianças, como se pode ver nessa passagem no livro dos Atos dos Apóstolos: “Disseram-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família. Anunciaram-lhe a palavra de Deus, a ele e a todos os que estavam em sua casa. Então, naquela mesma hora da noite, ele cuidou deles e lavou-lhes as chagas. Imediatamente foi batizado, ele e toda a sua família.” (At 16, 31-33) Nessa e em outras passagens da Bíblia, vemos indícios de que a Igreja sempre batizou crianças. Na casa do centurião Cornélio (“com toda a sua casa”; At 10, 1s.24.47s); a negociante Lídia de Filipos (At 16, 14s); o Carcereiro de Filipos (16, 31-33), Crispo de Corinto (At 18,8); a família de Estéfanas (1Cor 1, 16). Além das Sagradas Escrituras, podemos constatar a tradição da Igreja de batizar crianças desde o tempo dos Apóstolos, como afirmam Orígines de Alexandria (†250) e S. Agostinho (†430): “o costume de batizar crianças é tradição recebida dos Apóstolos.” A Santíssima Trindade dá ao Batizado a graça santificante, a graça da justificação, a qual torna-o capaz de crer em Deus, de esperar nele e de amá-lo, por meio das Virtudes Teologais (Fé, Esperança e Caridade); concede-lhe o poder de viver e agir sob a moção do Espírito Santo por seus dons; permite-lhe crescer no bem pelas virtudes morais. Assim, todo o organismo da vida sobrenatural do cristão tem sua raiz no Santo Batismo. O Batismo é um sinal indelével, ou seja, não se apaga. Uma vez batizado, sempre batizado. É uma marca na alma que nunca se apaga. Também é importante dizer que o Batismo é necessário para a salvação e só pode ser recebido uma vez na vida: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” disse nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 28, 19). “261. O Batismo é necessário para a salvação? O Batismo é necessário à salvação para aqueles aos quais foi anunciado o Evangelho e que têm a possibilidade de pedir esse sacramento. 1257 262. Pode-se ser salvo sem o Batismo? Uma vez que Cristo morreu pela salvação de todos, podem ser salvos mesmo sem Batismo todos os que morrem por causa da fé (Batismo de sangue), os catecúmenos, e também todos aqueles que sob o impulso da graça, sem conhecer Cristo e a Igreja, procuram sinceramente Deus e se esforçam por cumprir a sua vontade (Batismo de desejo). Quanto às crianças mortas sem Batismo, a Igreja na sua liturgia as confia à misericórdia de Deus. 1258-1261 1281-1283. (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica)” Para um Sacramento ser válido, ele deve possuir “Matéria, Forma, Ministro e Intenção do Ministro”. No caso do Sacramento do Batismo, é necessário: Matéria: água; Forma: rito básico do batismo (Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo); Ministro: são ministros ordinários do Batismo o Bispo e o presbítero (padre). Na Igreja Latina, também o diácono. Em caso de necessidade (perigo de morte), qualquer pessoa (até não batizado) pode batizar, desde que tenha intenção de fazer o que a Igreja faz, e derramar água sobre a cabeça do candidato dizendo “Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Somente na Igreja Católica temos a oportunidade de receber o Sacramento do Batismo com o seu pleno significado, em nome da Santíssima Trindade. Para nós