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Mês Vocacional: Vocação Do Catequista

“Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos.” (Mt 28, 19-20) Com essas palavras, Nosso Senhor Jesus Cristo inaugura a evangelização. Como essas palavras podemos dizer que começa a Catequese cristã. “Bem cedo passou-se a chamar de catequese o conjunto de esforços empreendidos na Igreja para fazer discípulos, para ajudar os homens a crerem que Jesus é o Filho de Deus, a fim de que, por meio da fé, tenham a vida em nome dele, para educá-los e instruí-los nesta vida, e assim construir o Corpo de Cristo.” (Catecismo da Igreja Católica, §4) A catequese é a própria ação da Igreja, e de todos os seus membros, de fazer discípulos, de ajudar as pessoas a conhecer Jesus, de segui-lo e de amá-lo. O primeiro catequista é o próprio Cristo, depois os seus ministros: o papa, os bispos, os padres, religiosos, pais de família e demais leigos. Todos nós somos chamados a ser catequistas, a ensinar a fé a todos. Devemos cada vez mais valorizar o serviço da catequese, e incentivar as pessoas a servir nesse apostolado tão importante para a vida da Igreja. Vamos destacar o serviço da catequese realizado por dois grupos de fiéis: os país de família e os catequistas em geral. Cada pai e mãe é chamado a ser os primeiros catequistas dos seus filhos. Devemos procurar ensinar, desde a mesma tenra idade, a fé aos nossos filhos. Não é possível esperar até que a criança chegue na catequese paroquial para ensina-la. Todo pai é chamado a conhecer profundamente a sua fé e de ensinar  aos seus filhos. O catequista que trabalha nas paróquias deve ser um auxiliar da catequese doméstica. Somente dessa forma conseguiremos catequizar as nossas crianças e jovens de forma mais eficiente. “A catequese é uma educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos, a qual compreende especialmente um ensino da doutrina cristã, dado em geral de maneira orgânica e sistemática, com o fim de os iniciar na plenitude da vida cristã.” (Catecismo da Igreja Católica, §5) O catequista é chamado a anunciar Jesus Cristo com a sua própria vida. A amar Jesus, a compartilhar esse amor e essa vida em Cristo com os outros. O estudo da doutrina Cristã (Credo, Sacramentos, Mandamentos, e Oração) é fundamental para que o genuíno ensinamento da Igreja seja transmitido. Por isso os principais livros que devem acompanhar o catequista são as Sagradas Escrituras e o Catecismo da Igreja Católica. O catequista não fala por ele mesmo, mas em nome da Igreja, por isso ele deve ser fiel ao ensinamento que a Igreja sempre transmitiu desde os apóstolos ao longo desses  2000 anos de história. Oração e estudo da fé, eis o resumo da vida de todo catequista. “No centro da catequese encontramos essencialmente uma Pessoa, a de Jesus de Nazaré, Filho único do Pai…, que sofreu e morreu por nós e agora, ressuscitado, vive conosco para sempre…Catequizar…é desvendar na Pessoa de Cristo todo o desígnio eterno de Deus que nela se realiza. É procurar compreender o significado dos gestos e das palavras de Cristo e dos sinais realizados por Ele. A finalidade definitiva da catequese é “levar à comunhão com Jesus Cristo: só ele pode conduzir ao amor do Pai no Espírito e fazer-nos participar da vida da Santíssima Trindade.” (Catecismo da Igreja Católica, §426)   Que possamos, todos nós, procurar dar catequese sempre que possível, mesmo que seja somente para nossos filhos, amigos e familiares. Não existe maior forma de aprender do que ensinar, e não há nada de mais importante do que aprender as verdades da nossa fé. Rezemos por todos os nossos catequistas, tanto para aqueles que nos deram catequese como para aqueles que estão hoje servindo nas paróquias pelo mundo.  Se você sente o chamado para servir na catequese infantil ou de jovens e adultos, não tenha medo! Procure a Catequese Infantil ou a Iniciação Cristã na paróquia. Salve Maria!

Mês Vocacional: A Vida Religiosa

  Um tipo de vocação muito especial na Igreja é a chamada Vida Religiosa. Em toda história da Igreja, a Vida Religiosa foi um berço de santos. Mas o que seria a Vida Religiosa? Todos nós somos chamados a colocar Deus como centro das nossas vidas. Todas as nossas ações nesse mundo devem visar a nossa preparação para a vida Eterna, quando estivermos juntos de Deus. Como o leigo é chamado a  viver no mundo, transformando as realidades diárias à luz do evangelho, a vida religiosa é um estilo de vida especial para seguir essa missão de pertencer a Cristo. De acordo com o Catecismo da Igreja Católica: “Nascida no Oriente nos primeiros séculos do cristianismo e vivida nos institutos canonicamente erigidos pela Igreja, a vida religiosa se distingue das outras modalidades de vida consagrada pelo aspecto cultual, pela profissão pública dos conselhos evangélicos, pela vida fraterna levada em comum, pelo testemunho de união de Cristo com a Igreja” (Catecismo da Igreja Católica, §925.) A vida religiosa é distinta justamente nesses pontos: Aspecto cultual: vida de oração profunda, utilizando a Liturgia das Horas; Profissão pública dos conselhos evangélicos; Vida fraterna levada em comum: a vida religiosa não é uma vida isolada, mas em comunidade. As pessoas que vivem a vida religiosa, fazem parte de uma família de outras irmãs e irmãos, onde tudo é compartilhado numa verdadeira fraternidade; E o testemunho de entrega total a Cristo e à Sua Igreja. “A vida religiosa faz parte do mistério da Igreja. É um dom que a Igreja recebe de seu Senhor e que oferece como um estado de vida permanente ao fiel chamado por Deus na profissão dos conselhos. Assim, a Igreja pode ao mesmo tempo manifestar o Cristo e reconhecer-se como esposa do Salvador. A vida religiosa é convidada a significar, em suas variadas formas, a própria caridade de Deus, em linguagem de nossa época.” (Catecismo da Igreja Católica, §926.) Por que quis Jesus que haja pessoas que vivam para sempre em pobreza, em castidade celibatária e em obediência? “Deus é amor. Ele também deseja nosso amor. Uma forma de entrega amorosa a Deus é viver como Jesus, ou seja, pobre, celibatário e obediente. Quem assim vive tem cabeça, coração e mãos livres para Deus e para a humanidade. Surgem continuamente indivíduos que se deixam conquistar verdadeira e totalmente por Jesus, a ponto de, «por causa do Reino dos Céus» (Mt 19,12), entregarem tudo a Deus, mesmo coisas boas, como as suas riquezas, a autodeterminação e o amor conjugal. Esta existência segundo dos conselhos evangélicos em pobreza, castidade celibatária e obediência, mostra a todos que o mundo não é tudo. No fundo, só o encontro “face a face” com o esposo divino fará a humanidade feliz.” (YouCat, 145) A vida religiosa é um grande sinal de que essa vida não é tudo; que vale a pena se entregar totalmente e “perder” a sua vida para servir a Deus por inteiro. Todos nós estamos nos preparando para o casamento definitivo com o Esposo no céu. Todos nós fomos feitos para casar com Deus! E a vida religiosa, através dos freis, freiras, religiosas, religiosos, etc; nos dá um testemunho concreto dessa realidade. “Todos os religiosos, isentos ou não, são contados entre os cooperadores do Bispo diocesano em seu ministério pastoral. A implantação e a expansão missionária da Igreja exigiram a presença da vida religiosa sob todas as suas formas desde os inícios da evangelização. A história atesta os grandes méritos das famílias religiosas na propagação da fé e na formação de novas Igrejas, desde as antigas instituições monásticas e as ordens medievais até as congregações modernas.” (Catecismo da Igreja Católica, §927.) Se você sente o chamado para a vida religiosa, não perca a oportunidade de fazer uma experiência e de conhecer uma comunidade religiosa. Não custa nada conhecer! Procure a Pastoral vocacional e siga a sua vocação! Salve Maria!

Mês Vocacional: Vocação Do Leigo Consagrado

Além das vocações originadas do sacramento da Ordem (Padres, Diáconos) e do sacramento do Matrimônio (Casamento Católico), existem outras formas de vocação na Igreja. O mês de Agosto é dedicado às vocações, por isso vamos apresentar, nas próximas semanas do mês, um resumo das outras três formas de vocações mais comuns na Igreja: O Leigo Consagrado, A Vida Religiosa e os Catequistas. Para começar, precisamos entender que na Igreja existem dois grupos de fiéis: Os Clérigos (Papa, Bispos, Padres e Diáconos) e os Leigos (Casais, Solteiros, Religiosos, Leigo Consagrado, etc), como afirma o Código de Direito Canônico: Cân. 207 — § l. Por instituição divina, entre os féis existem os ministros sagrados, que no direito se chamam também clérigos; os outros féis também se designam por leigos. § 2. De ambos estes grupos existem féis que, pela profissão dos conselhos evangélicos por meio dos votos ou outros vínculos sagrados, reconhecidos e sancionados pela Igreja, se consagram a Deus de modo peculiar, e contribuem para a missão salvífca da Igreja; cujo estado, embora não diga respeito à estrutura hierárquica da Igreja, pertence contudo à sua vida e santidade. A palavra “Leigo” vem do grego (laos) e significa “povo”. O leigo é um estado comum dos batizados que pertencem ao Povo de Deus, mas não são ordenados. Voltando o nosso olhar para o vocação do leigo, podemos dizer que o leigo é aquele fiel que não pertence ao Clero, e  é chamado a viver no mundo, transformando as realidades diárias à luz do evangelho. Então todo povo de Deus que não faz parte do clero (bispo, padre ou diácono) é leigo. “Qual é a vocação dos fiéis leigos? Os fiéis leigos têm como vocação própria a de procurar o reino de Deus, iluminando e ordenando as realidades temporais segundo Deus. Realizando assim o chamado à santidade e ao apostolado, dirigido a todos os batizados.” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, Qt.188)” Dentro da vocação leiga existe uma vocação especial que na Igreja podemos definir como “Leigo Consagrado”. Mas o que seria “Vida Consagrada”? De acordo com o Catecismo da Igreja Católica: “A Vida Consagrada é o estado de vida constituído pela profissão dos conselhos evangélicos, embora não pertença à estrutura hierárquica da Igreja, está, no entanto, incontestavelmente ligado à sua vida e santidade»” (Catecismo da Igreja Católica, §914.) Na Igreja, a vida consagrada deve seguir os conselhos evangélicos, que são os principais ensinamentos do seguimento de Cristo (Pobreza, Obediência e Castidade). O Leigo que escolhe a vida consagrada a Deus, faz a opção, dentro do seu estado de vida de leigo (não pertecendo ao clero) de entregar a sua vida a Deus e fazer os votos de Pobreza, Obediência e Castidade: “Os conselhos evangélicos são, na sua multiplicidade, propostos a todos os discípulos de Cristo. A perfeição da caridade, a que todos os fiéis são chamados, comporta, para aqueles que livremente assumem o chamamento à vida consagrada, a obrigação de praticar a castidade no celibato por amor do Reino, a pobreza e a obediência. É a profissão destes conselhos, num estado de vida estável reconhecido pela Igreja, que caracteriza a «vida consagrada» a Deus.” (Catecismo da Igreja Católica, §915.) As pessoas que não são chamadas a se casar,  viver uma vida de serviço ministerial na Igreja (Padre ou diácono) ou viver uma vida religiosa através dos institutos de vida religiosa, pode seguir a vocação de leigo consagrado: “A partir daí, o estado de vida consagrada aparece como uma das maneiras de viver uma consagração «mais íntima», radicada no Batismo e totalmente dedicada a Deus. Na vida consagrada, os fiéis propõem‑se, sob a moção do Espírito Santo, seguir Cristo mais de perto, entregar‑se a Deus amado acima de todas as coisas e, procurando a perfeição da caridade ao serviço do Reino, ser na Igreja sinal e anúncio da glória do mundo que há-de vir.” (Catecismo da Igreja Católica, §916.) Existem instituições especiais na Igreja para acolher as pessoas que sentem o chamado de viver a sua vida como leigo de forma consagrada a Deus, são os chamado INSTITUTOS SECULARES: “«Instituto secular é o instituto de vida consagrada, em que os fiéis, vivendo no mundo, se esforçam por atingir a perfeição da caridade e por contribuir, sobretudo a partir de dentro, para a santificação do mundo»” (Catecismo da Igreja Católica, §928.) “Os membros destes institutos, mediante uma «vida perfeita e inteiramente consagrada [a esta] santificação» , tomam parte na tarefa de evangelização da Igreja, «no mundo e a partir do mundo», onde a sua presença atua «à maneira de fermento». O seu testemunho de vida cristã visa ordenar segundo Deus as realidades temporais e impregnar o mundo com a força do Evangelho. Assumem, por vínculos sagrados, os conselhos evangélicos e mantêm entre si a comunhão e fraternidade próprias do seu teor de vida secular” (Catecismo da Igreja Católica, §929.) Se você como leigo, não sente o chamado para o casamento, para a vida religiosa (como freira, frei, monge, etc) ou para o sacerdócio, procure a Pastoral Vocacional e busque conhecer os institutos seculares da Igreja de vida consagrada para leigos. Siga a sua vocação! No próximo artigo vamos falar sobre a Vocação Religiosa na Igreja. Salve Maria!