Search
Close this search box.

Missa Do Crisma: A Renovação Das Promessas E A Unidade Da Igreja

A Quinta-feira Santa traz consigo duas grandes celebrações que marcam o início do Tríduo Pascal, o qual a Igreja vive a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. A primeira delas, a Missa do Crisma,em que a Igreja recorda as instituições da Eucaristia e do sacerdócio, aconteceu ainda pela manhã, na Catedral de São Sebastião, no Centro, no dia 13 de abril. A celebração foi presidida pelo Cardeal Orani João Tempesta e concelebrada pelos bispos auxiliares Dom Antônio Augusto Dias Duarte, Dom Luiz Henrique da Silva Brito, Dom Roque Costa Souza, Dom Joel Portella Amado, Dom Paulo Alves Romão; o bispo auxiliar emérito, Dom Assis Lopes e pelo Vigário Episcopal para a Vida Consagrada, Dom Roberto Lopes. A missa contou com a presença de mais de 400 padres, dentre eles, também estiveram presentes os Vigários Episcopais dos sete Vicariatos da Arquidiocese, além diáconos, seminaristas menores, propedêuticos, maiores e missionários. Na homilia, Dom Orani destacou as profanações da eucaristia que têm acontecido nos tempos atuais. Segundo ele, a resposta da Igreja para tal situação é uma celebração bem presidida pelos sacerdotes. “Neste dia em que a Igreja institui a Eucaristia quero lembrar que ultimamente temos visto algumas profanações do sacramento nas paróquias e capelas. A cada semana, temos acompanhado notícias de grupos religiosos que utilizam nosso símbolo, o modo como celebramos, para falar sobre situações de maldição. Por isso, a nossa resposta a esses grupos ou, até mesmo, pessoas que perderam o zelo pela eucaristia, é celebrarmos cada vez melhor e valorizarmos o sacramento, de tal maneira que o nosso respeito contagie as pessoas e que elas percebam o quanto importante é Cristo, presente na comunhão”, destacou. O cardeal ainda agradeceu pela vocação de cada sacerdote e ressaltou a importância dos padres para a sociedade. “Levaremos, para sempre, essa marca da imposição das mãos ungidas. Agradeço a Deus pela vida de cada padre que gasta seu tempo, sua saúde, para o bem do povo de Deus, levando adiante essa bela missão, muito importante para a sociedade que vive num mundo tão confuso, de tantas ideologias, corrupção e escândalos. Sem dúvidas, a missão do sacerdote para os dias de hoje é um grande sinal de unidade entre a religião e a pregação do Evangelho de Cristo, colocando-o sempre no centro da vida”, acrescentou. BÊNÇÃO DOS ÓLEOS E RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS Na celebração, também chamada de Missa dos Santos Óleos, o arcebispo abençoou os óleos que serão usados durante todo o ano litúrgico nos sacramentos do Crisma, da Unção dos Enfermos e do Batismo. Ao fim da missa, cada vigário episcopal, junto a um representante, foi ao presbitério para receber o óleo catecúmeno que será distribuído entre as paróquias de sua respectiva região. Segundo o doutor em Teologia Bíblica, padre Pedro Paulo Alves dos Santos, os santos óleos acompanham os fiéis em toda a trajetória de vida, desde o nascimento até a morte. Ainda de acordo com ele, a distribuição pelas mãos do bispo é um sinal da caridade episcopal. “A Igreja não só narra permanentemente a ação de Cristo e a sua doutrina, mas também aplica sua ação Pascal aos fiéis em todo o percurso da vida humana: desde o nascimento, com o óleo do Batismo, à maturidade cristã, a partir do óleo do Crisma, até o momento delicado da fragilidade humana, quando recebe a Unção dos Enfermos. Dessa forma, o bispo garante que, pelo sopro e a distribuição, cada fiel cristão, nas mais distantes realidades, receberá os sacramentos. É um gesto da caridade episcopal para toda a arquidiocese”, explicou. Na ocasião, os sacerdotes também renovaram seus votos sacerdotais. De acordo com o pároco da Catedral de São Sebastião, cônego Claudio Santos, afirmou que a celebração é uma oportunidade para que os sacerdotes renovem o desejo de servir a Deus e aos irmãos. “A preparação para essa semana me deu a oportunidade de perceber, ainda mais, o valor do chamado que Deus me fez, de sempre me colocar à disposição do Senhor. Então, quando isso acontece, esse desejo precisa ser a cada dia renovado. Creio que o desejo de cada sacerdote é servir a cada pessoa, vendo nela o próprio Cristo”, destacou. Cerimoniário de Dom Orani, padre Márcio Luiz da Costa destacou a união promovida pela celebração, uma vez que todo o clero se reúne, junto aos fiéis, para renovar os votos. “Essa é a grande celebração da unidade presbiteral em que todos os padres estão unidos ao bispo, formando esse grande corpo que é a Igreja. Nesta belíssima cerimônia em que nos vemos manifestada essa unidade tão querida por Jesus, para que todos sejam um. Somos convidados a abrir a Semana Santa celebrando tanto a instituição do sacerdócio quanto a instituição da Eucaristia, olhando para a nossa vocação, para o nosso sim e para o nosso chamado sacerdotal. Grande é a importância para todos nós em participar desses momentos”, ressaltou. A unidade da Igreja também foi reforçada pelo pároco da Igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso de Inhaúma, padre Thiago Azevedo. “A celebração nos traz uma característica que penso ser fundamental: a expressão visível da unidade do presbitério, na qual todos nós, sacerdotes, nos reunimos em torno de nosso pastor para ali renovarmos as nossas promessas. Acredito que esses aspectos são fundamentais dentro do contexto da celebração da Missa do Crisma”, sublinhou. MONSENHOR VITORINO Antes da bênção final, Dom Orani apresentou padre Vitorino Vegini como mais novo monsenhor da Arquidiocese do Rio, título que recebeu no dia 7 de abril, por ocasião do Jubileu de 50 anos de sacerdócio, celebrado no dia 17 de dezembro de 2016. Monsenhor Vegini descobriu a vocação ainda criança e, aos 12 anos, ingressou no Seminário Rio do Oeste, em Santa Catarina. Em 1962, foi à Turim, na Itália, através do Instituto Missões Consolata, e foi ordenado sacerdote em 17 de dezembro de 1966, na Catedral de Turim. De volta ao Brasil, foi incardinado na Arquidiocese do Rio no dia 5 de outubro de 1976 e assumiu a Paróquia São José Operário, em 18 de janeiro

Pela Terceira Vez, Papa Lavará Os Pés De Detentos

O Papa Francisco escolheu novamente a prisão para presidir à Santa Missa na Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa, com o rito do lava-pés. O local designado é a Casa de Reclusão de Paliano, localidade ao sul de Roma. Trata-se de um Instituto particular, dedicado aos colaboradores da Justiça. Há duas sessões  – masculina e feminina – e outra sessão para os doentes de tuberculose. Tem uma capacidade para 140 reclusos. A filosofia educativa é empregar o máximo do tempo em trabalhos de restauração, em hortas e outras atividades produtivas, como por exemplo uma pizzaria interna. Terceira vez em seu pontificado A celebração será realizada na tarde de quinta-feira, 13 de abril, e terá um caráter “estritamente privado”. Trata-se da terceira vez que Francisco celebra este rito numa prisão. Em 2015, a missa foi realizada no Presídio de Rebibbia, em Roma. Em 2013, o local foi o Cárcere para Menores “Casal del Marmo”, também em Roma. No ano passado, o Papa lavou os pés dos refugiados no centro de acolhimento de Castelnuovo, município ao norte de Roma. Em 2014, a cerimônia foi no Centro Santa Maria da Providência, na periferia romana, que acolhe pessoas com deficiências. Por Rádio Vaticano

A Ameaça Da Ideologia De Gênero

Nesta semana, a nossa cidade viveu alguns momentos importantes sobre a elaboração do Plano Municipal de Educação. A discussão foi muito significativa e trouxe à luz muitas situações relevantes, e é necessário que reflitamos sobre isso. Também tomamos conhecimento de que o Ministério da Educação tem consigo, em três diferentes versões, a Base Nacional Curricular Comum (BNCC). Trata-se de um Documento elaborado pelo próprio Ministério junto com representantes da área educacional e, aprovado pelo Conselho Nacional de Educação, será, finalmente, implementado em mais de 190 mil escolas públicas e particulares (incluindo, é óbvio, as mantidas por entidades religiosas) do Brasil. Ocorre, no entanto, que tanto o PME em discussão aqui no Rio de Janeiro e as três versões da BNCC ignoram o PNE (Plano Nacional de Educação) aprovado pelo Congresso Nacional, dado que este, atendendo aos legítimos apelos da Nação, retirou do texto toda menção à ideologia de gênero que a BNCC, agora, deseja reinserir. Aliás, esse tipo de manobra é antiga e sempre volta: quando o Congresso não aprova algum desejo de um grupo, as manobras fazem com que tudo volte de um outro modo a ser imposto à população, seja por via executiva, seja por via judiciária. Ora, essa ideologia, sob capa de correta e louvável proteção às mulheres, impõe, na verdade, a mais radical ideologia da História, dado que, se levada às últimas consequências, destruirá a humanidade, conforme afirma o estudioso argentino Dr. Jorge Scala. (Cf. Ideologia de gênero: neototalitarismo e morte da família. São Paulo: Catechesis/Artpress, 2011, p. 11). E por que destruirá? – Porque prega que “a diversidade sexual homem-mulher, e suas derivadas esposo-esposa e pai-mãe, não procedem da natureza, mas são impostas por uma ‘cultura’ arbitrária mediante um sistema discriminatório e repressivo. Esse fenômeno perpetua-se por culpa das instituições (família, escola, Igreja), que condicionam a formação das crianças, impedindo-lhes de escolher a ‘orientação sexual’ e o ‘papel reprodutivo’ que elas prefeririam”. Daí “a ideologia de gênero quer libertar as crianças e os adultos desse sistema repressivo, de maneira a criar uma ‘sociedade sem classes sexuais’ mediante a ‘desconstrução’ dos papéis sexuais e reprodutivos e das instituições sociais que os reproduzem, sobretudo as familiares, escolares e religiosas. Portanto, ela pretende que tanto os programas escolares quanto os de ‘reeducação’ familiar e de ‘renovação’ religiosa proíbam o ensino moral e da fé, substituindo-o pela ideologia do gender” (Oscar Alzamora Revoredo. Ideologia de gênero: perigos e alcance. Lexicon. Brasília: CNBB, 2014, p. 491-507, apud Opção preferencial pela família. São Paulo: Supplica Filiale, 2015, p. 21). Trata-se, portanto, como se vê, de uma subversão de toda a ordem natural querida por Deus, pois nega, radicalmente, a natureza humana em matéria sexual (ninguém nasceria, psicologicamente, homem ou mulher, mas escolheria ser homem, mulher ou neutro – nem um nem outro – com o tempo) para impor uma ideologia que o Papa Francisco não hesitou em classificar como “demoníaca”, em 30/01/2015. Ele segue a mesma linha de seu imediato predecessor Bento XVI, que afirmava, em 21/12/2012, em discurso à Cúria Romana, ser tal sistema de ideias uma forte revolta da criatura contra o Criador, que fez o ser humano homem e mulher (cf. Gn 1,27). Portanto, ela é inaceitável à luz não só da fé e da moral, mas também da sã razão fundamentada nas ciências biológicas. Diante dessa seríssima ameaça que nos cerca, é preciso que, junto a outras forças vivas e atuantes da nação, dentro da lei e da ordem, alertar o maior número possível de pessoas, bem como demonstrar – de modo sereno, mas, ao mesmo tempo, claro e convicto – nossa discordância a mais esta ameaça ao Brasil. Ela começa pela deformação de nossas crianças e adolescentes e, por esse meio, atinge também as famílias, a religião e, por fim, a sociedade em geral. É muito importante que nos manifestemos nas Câmaras Municipais e também diante das imposições dos outros poderes que tentam legislar aquilo que já foi decidido de outra forma pelo Congresso Nacional. É fundamental que os vereadores façam valer o bom senso e construam para a posteridade uma cidade que progride e avança dentro de valores importantes para a vida humana. Uma outra forma de demonstrar nosso sadio descontentamento é assinando a petição online no endereço eletrônico abaixo disponível para este fim, bem como rezando para que Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, a maior educadora da história humana, interceda junto a Deus por nós, a fim de que não nos deixemos, junto às nossas famílias e comunidades, levar por mais este grave perigo que ameaça corromper moralmente a Nação Brasileira de nossos dias. http://www.citizengo.org/pt-pt/42179-com-ideologia-genero-nao-havera-base-curricular Com uma saudação fraterna a todos os homens e mulheres de boa vontade que querem construir uma nação humana e com valores da família. D. Orani João Tempesta, O.Cist. Cardeal Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro Fonte: ArqRio