A Origem Das Festas Juninas
Especialmente no mês de junho, em todo Brasil, são realizadas as tradicionais Festas Juninas. As festas juninas são parte do folclore e da tradição popular brasileira, mas principalmente da expressão da religiosidade do povo brasileiro. Origem da Festa Junina Existem duas explicações para a origem do termo “festa junina”. A primeira explica que surgiu em função das festividades, principalmente religiosas, que ocorriam, e ainda ocorrem, durante o mês de junho. Estas festas eram, e ainda são, em homenagem a três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Outra versão diz que o nome desta festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem apenas a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina. De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal). Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha. Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas. Apesar de ter se tornado característica do Nordeste brasileiro, as festas juninas tiveram origem na Europa. Na Antiguidade, celebrava-se nesta época do ano deuses pagãos que seriam responsáveis pelo clima – já que neste período ocorre o solstício de verão no hemisfério norte – e pelas boas colheitas. Com o passar dos anos, quando o catolicismo foi se tornando religião predominante na região, foram incorporadas algumas festas pagãs, que tomaram caráter religioso e ajudavam a propagar a fé. Essas festas, então, passaram a se chamar “joaninas”, em homenagem a São João. A tradição chegou ao Brasil com os portugueses. Instrumento de catequese Quando os jesuítas chegaram ao Brasil, no século XVI, trouxeram a tradição das festas religiosas e perceberam que isso ajudava na missão de catequizar. Além disso, notaram que as festas juninas coincidiam com o período em que os índios faziam seus rituais pela fertilidade do campo e essa também passou a ser uma festividade para a agradecer pela fartura das colheitas, reforçar os laços familiares e rezar para que a próxima colheita fosse farta. Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas deste cereal integram a tradição, como a canjica e a pamonha. Fogueira Segundo a tradição, essa prática remeteria a um acordo feito entre Maria e sua prima Isabel. Esta teria que acender uma fogueira no topo de um monte para avisar sua prima que seu filho, João, havia nascido. Ceia de São João Nesta véspera do dia de São João, muitos no Nordeste do Brasil vão se reunir em família, com vizinhos e amigos para a tradicional ceia junina. Essa prática remete à ceia natalina, realizada na véspera do Natal esperando o nascimento do Menino Jesus. No caso da ceia junina, espera-se pelo nascimento de João Batista. Nos próximos artigos do mês de Junho, vamos contar um pouco da história desses três grandes santos (São João, São Pedro e Santo Antônio), que são os grandes homenageados nas festas juninas! Que possamos sempre nos lembrar que as festas juninas são para celebrar o grande exemplo de amor a Jesus que esses três homens demonstraram com as suas vidas. Salve Maria! ========================= As Festas Juninas na Paróquia Santa Luzia serão realizadas em: 09 e 16/06 – Sábado – Início às 20hs 24/06 – Domingo – Início às 12hs ========================= Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/festas-juninas-mais-que-folclore-expressao-da-religiosidade-popular-brasileira-34603 https://www.suapesquisa.com/musicacultura/historia_festa_junina.htm
Qual A Origem Da Festa De Corpus Christi?
A Festa de Corpus Christi é a celebração em que solenemente a Igreja comemora o Santíssimo Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas ruas. Nesta festa os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa alma. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo. A Festa de Corpus Christi surgiu no séc. XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, (†1258) que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia. Aconteceu que quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, ocorreu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia. O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, pronunciou diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”. Em 11/08/1264 o Papa aprovou a Bula “Transiturus de mundo”, onde prescreveu que na 5ª feira após a oitava de Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor. São Tomás de Aquino foi encarregado pelo Papa para compor o Ofício da celebração. “Tão sublime Sacramento, adoremos neste altar, Pois o Antigo Testamento deu ao Novo seu lugar. Venha à fé por suplemento os sentidos completar. Ao eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador. Ao Espírito exaltemos, na Trindade eterno amor. Ao Deus uno e trino demos a alegria do louvor. Amém.” Hino Tantum Ergo – palavras iniciais das duas últimas estrofes do Pange Lingua, escrito por São Tomás de Aquino para a Festa de “Corpus Christi”. https://www.youtube.com/watch?v=_jaxC1MAe4Q O Papa era um arcediago de Liège e havia conhecido a Beata Cornilon e havia percebido a luz sobrenatural que a iluminava e a sinceridade de seus apelos. Em 1290 foi construída a belíssima Catedral de Orvieto, em pedras pretas e brancas, chamada de “Lírio das Catedrais”. Antes disso, em 1247, realizou-se a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, como festa diocesana, tornando-se depois uma festa litúrgica celebrada em toda a Bélgica, e depois, então, em todo o mundo no séc. XIV, quando o Papa Clemente V confirmou a Bula de Urbano IV, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. A partir da oficialização, a Festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. Todo católico deve participar dessa Procissão por ser a mais importante de todas que acontecem durante o ano, pois é a única onde o próprio Senhor sai às ruas para abençoar as pessoas, as famílias e a cidade. Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem visitar o seu povo. Começaram assim as grandes procissões eucarísticas, as adorações solenes, a Bênção com o Santíssimo no ostensório por entre cânticos. Surgiram também os Congressos Eucarísticos, as Quarenta Horas de Adoração e inúmeras outras homenagens a Jesus na Eucaristia. Muitos se converteram e todo o mundo católico. A Eucaristia é o memorial sempre novo e sempre vivo dos sofrimentos de Jesus por nós. Mesmo separando seu Corpo e seu Sangue, Jesus se conserva por inteiro em cada uma das espécies. É pela Eucaristia, especialmente pelo Pão, sinal do alimento que fortifica a alma, que tomamos parte na vida divina, nos unindo a Jesus e, por Ele, ao Pai, no amor do Espírito Santo. Essa antecipação da vida divina aqui na terra mostra-nos claramente a vida que receberemos no Céu, quando nos for apresentado, sem véus, o banquete da eternidade. O centro da missa será sempre a Eucaristia e, por ela, o melhor e o mais eficaz meio de participação no divino ofício. Aumentando a nossa devoção ao Corpo e Sangue de Jesus, como ele próprio estabeleceu, alcançaremos mais facilmente os frutos da Redenção! Na nossa paróquia, a festa de “Corpus Christi” (dia 31 de Maio – Quinta Feira) será realizada nos seguintes horários: Missa e procissão às – 8:30h Missa às 19:30h Também haverá confecção dos tapetes de sal, a partir das 16h (dia 30/05). Participe e ajude! Salve Maria! Fonte: Prof. Felipe Aquino – http://cleofas.com.br/qual-a-origem-da-festa-de-corpus-christi/
Práticas Quaresmais – A Oração
A quaresma é o tempo favorável para a oração, pois só vivendo uma vida de oração nós iremos compreende a vontade de Deus para nossa vida, e assim, amar a sua vontade. De Deus nós viemos e para ele voltaremos. Necessitamos cada vez mais de nos colocarmos na sua presença e manter nosso contato de intimidade. Deus nos convida a uma vida de entrega, e em Jesus ele se revela como um Pai amoroso que quer cada vez mais a presença de seus filhos e filhas. Para finalizar a série de artigos sobre as práticas Quaresmais, vamos falar sobre a principal delas: A ORAÇÃO. Nenhuma prática Quaresmal (como o Jejum ou a Esmola) tem sentido sem a oração. O principal exercício da fé é a oração, e portando nenhuma prática religiosa é eficaz sem um relacionamento direto com Deus. O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, quando define Oração, diz: “A oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus de bens conformes à sua vontade. Ela é sempre dom de Deus, que vem ao encontro do homem. A oração cristã é relação pessoal e viva dos filhos de Deus com o seu Pai infinitamente bom, com seu Filho Jesus Cristo e com o Espírito Santo, que habita no coração deles.” (Compêndio, 534) Ou ainda, no Catecismo da Igreja Católica, a citação de uma frase de Santa Teresinha do Menino Jesus: “Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria.” (Santa Teresinha do Menino Jesus) Santo Afonso Maria de Ligório no seu livro “A Oração” nos ensina 3 coisa sobre a Oração: A NECESSIDADE DA ORAÇÃO: “Quem reza, certamente se salva e quem não reza, certamente será condenado. Todos os bem-aventurados, exceto as crianças, salvaram-se pela oração. Todos os condenados se perderam, porque não rezaram. Se tivessem rezado, não se teriam perdido. E este é e será o maior desespero no inferno: o poder ter alcançado a salvação com facilidade, pedindo a Deus as graças necessárias. E, agora, esses miseráveis não têm mais tempo de rezar.” (nº 28) 2. O VALOR DA ORAÇÃO: “Como são preciosas a Deus as nossas orações! São tão preciosas a Deus as nossas orações que Ele destinou os Anjos para lhe apresentarem imediatamente as que estamos fazendo. “Os anjos, diz Santo Hilário, presidem as orações dos fiéis e diariamente as oferecem a Deus”. (nº 1) 3. AS CONDIÇÕES DA ORAÇÃO: “Peçamos as graças necessárias à salvação; porque a promessa divina não foi dada para os bens temporais, que não são necessários salvação da alma. Diz Santo Agostinho, explicando as palavras do Evangelho, em meu nome, acima citadas, que “não se pede em nome do Salvador o que é contrário aos interesses de nossa salvação”. (nº5) A oração deve ser: HUMILDE CONFIANTE PERSEVERANTE ATENTA Até quando devemos rezar? Responde Santo Afonso: “Devemos rezar sempre, até que nos seja proferida a sentença tão auspiciosa da salvação eterna, isto é, até a hora de nossa morte. “Não desistas até receberes”. E ajunta que quem disser: “Não deixarei de rezar até que me salve”, certamente se salvará.” (nº38) Se essa obrigação de uma vida de oração é tão importante durante toda vida, quanto mais no período da Quaresma, que nos prepara para celebrar a Santa Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que possamos aproveitar esse tempo quaresmal para intensificar as nossas orações e nos unir cada vez mais a Cristo, a fim de crescer na fé, na esperança e no amor a Deus! Para aprofundar o tema da ORAÇÃO, veja esse vídeo de Dom Henrique Soares, bispo da diocese de Palmares-PE Uma Feliz e Santa Quaresma! Salve Maria! Fonte: https://formacao.cancaonova.com/diversos/quaresma-oracao-jejum-e-esmola/
Práticas Quaresmais – O Jejum
Uma das características do tempo da quaresma, é a penitência, sobretudo no comer e no beber. Tal penitência pode consistir numa simples abstinência, que é renúncia a algum alimento, ou pode chegar ao jejum, que consiste no privar-se das refeições de modo total ou parcial. A Igreja chama o jejum, a esmola e a oração de remédios contra o pecado; pois cada uma dessas atividades, a seu modo, nos ajudam a vencer o maior mal deste mundo, o pecado. A oração nos fortalece em Deus; a esmola (obras de caridade) cobre uma multidão de pecados; e o jejum fortalece o nosso espírito contra as tentações da carne e do espírito e nos liberta e abre para os valores superiores da alma. Dando continuidade à série de artigos sobre as práticas Quaresmais, vamos falar sobre o JEJUM: Por que jejuar? Por que se abster de alimentos? É necessário compreender o sentido profundo que o cristianismo dá a essas práticas, para não ficarmos numa atitude superficial, às vezes até folclórica ou, por ignorância pura e simples, desprezarmos algo tão belo e precioso no caminho espiritual do cristão. 1. O jejum nos ensina que somos radicalmente dependentes de Deus. 2. A abstenção do alimento nos exercita na disciplina, fortalecendo nossa força de vontade, aguçando nossa capacidade de vigilância, dando-nos a capacidade para uma verdadeira disciplina. O jejum e a abstinência, portanto, são um treino para que sejamos senhores de nós mesmos, de nossas paixões, desejos e vontades. 3. O jejum tem também a função de nos unir a Cristo, no seu período de quarenta dias no deserto. O cristão jejua por amor a Cristo e para unir-se a ele, trazendo na sua carne as marcas da cruz do Senhor. 4. Finalmente, o jejum e a abstinência, fazem-nos recordar aqueles que passam privação, sobretudo a fome, abrindo-nos para os irmãos necessitados. Os Padres da Igreja davam grande valor ao jejum. Diz, por exemplo, São Pedro Crisólogo (451): “O jejum é paz do corpo, força dos espíritos e vigor das almas” e ainda: “O jejum é o leme da vida humana e governa todo o navio do nosso corpo” (Sermão VII: sobre o jejum, 3.1). A Bíblia recomenda muito o jejum, tanto o Antigo como o Novo Testamento; Jesus o realizou por quarenta dias no deserto antes de enfrentar o demônio e começar a vida pública; e muito o recomendou. O nosso jejum deve ser acompanhado de mudança de vida, de conversão, de arrependimento dos pecados e volta para Deus. A necessidade de mortificação do corpo aparece claramente, se considerarmos a fragilidade da nossa natureza, na qual, depois do pecado de Adão, a carne e o espírito têm desejos contrários. Através do jejum corporal, o homem recupera o vigor, e a ferida infligida à dignidade da nossa natureza é curada pelo remédio de uma penitência salutar. A lei da abstinência proíbe o consumo de carne, bem como de alimentos e bebidas que, segundo um julgamento prudente, devem ser considerados como particularmente procurados e caros. A lei do jejum ‘obriga a fazer uma única refeição durante o dia, mas não proíbe de consumir um pouco de comida de manhã e à noite, de acordo com a quantidade e qualidade aprovadas pelo costume local. A abstinência deve ser observada em toda e cada sexta-feira da Quaresma, a não ser que coincida com uma solenidade no dia (como em 19 e 25 de março). Em todas as outras sextas-feiras do ano, a menos que caiam em uma solenidade, deve-se observar a abstinência no sentido aqui exposto ou realizar alguma obra de penitência, oração ou caridade. QUEM ESTÁ OBRIGADO A FAZER O JEJUM? Todo católico maior de idade (a partir dos 18 anos) até os sessenta anos começados(cinquenta e nove completos) conforme dita o Código do Direito Canônico 1252: Estão obrigados à lei da abstinência aqueles que tiverem completado catorze anos de idade; estão obrigados à lei do jejum todos os maiores de idade até os sessenta anos começados. Todavia, os pastores de almas e os pais cuidem que sejam formados para o genuíno sentido da penitência também os que não estão obrigados à lei do jejum e da abstinência em razão da pouca idade. A observância da obrigação da lei do jejum e da abstinência pode não ser realizada por uma razão justa, por exemplo, a saúde. TIPOS DE JEJUM: Que possamos aproveitar esse tempo quaresmal para intensificar as nossas obras de penitência através do jejum, e com isso aprofundar a nossa espiritualidade e crescer na caridade fraterna! Para aprofundar o tema do JEJUM, veja esse vídeo de Dom Henrique Soares, bispo da diocese de Palmares-PE: No próximo artigo falaremos sobre a ORAÇÃO como prática quaresmal. Não perca! Uma Feliz e Santa Quaresma! Salve Maria! Fontes: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/jejum-da-igreja/ https://formacao.cancaonova.com/liturgia/tempo-liturgico/quaresma/saiba-quais-sao-os-tipos-de-jejum/ https://formacao.cancaonova.com/liturgia/tempo-liturgico/quaresma/jejum-esmola-e-oracao/ https://pt.aleteia.org/2017/03/01/qual-e-a-verdadeira-doutrina-catolica-sobre-o-jejum/ http://www.youcat.org.br/saiba-quais-sao-os-tipos-de-jejum/http://cleofas.com.br/o-jejum-quaresmal/
Práticas Quaresmais – A Esmola
No tempo da Quaresma, a Igreja nos propõe três práticas penitenciais de extrema importância à tradição bíblica e cristã – a oração, a esmola, o jejum – a fim de nos predispormos para celebrar melhor a Páscoa. Neste tempo, propício à conversão, os cristãos se dedicam de forma mais intensa à oração, à penitência, ao jejum, ao silêncio, à meditação da Palavra e à caridade. Quaresma é tempo favorável para “ordenar a própria vida” na direção do sonho de Deus para toda a humanidade. Para que este processo de “ordenamento” aconteça, o tempo litúrgico quaresmal nos convida a “considerar” as nossas relações vitais: com Deus, com os outros, com o mundo e consigo mesmo. A vida é um abrir-se aos demais (esmola), um manter-se no mistério de Deus (oração) e ser capaz de ordenar e dirigir a própria existência (jejum). Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de enfrentar as tentações do demônio no deserto e nos ensinou a vencê-lo pela oração e pelo jejum. Esse deve ser um tempo forte de meditação, oração, jejum, esmola. É tempo para se meditar profundamente a Bíblia, especialmente os Evangelhos, a vida dos Santos, fazer um pouco de mortificação (cortar um doce, deixar a bebida, cigarro, passeios, churrascos, a TV, alguma diversão, etc.) com a intenção de fortalecer o espírito para que possa vencer as fraquezas da carne. A mortificação fortalece o espírito. Não é a valorização do sacrifício por ele mesmo, e de maneira masoquista, mas pelo fruto de conversão e fortalecimento espiritual que ele traz; é um meio, não um fim. No Catecismo da Igreja Católica, a Igreja apresenta as formas de penitência: “A penitência interior do cristão pode ter expressões muito variadas. A Escritura e os Padres insistem sobretudo em três formas: o jejum, a oração e a esmola que exprimem a conversão, em relação a si mesmo, a Deus e aos outros. A par da purificação radical operada pelo Batismo ou pelo martírio, citam, como meios de obter o perdão dos pecados, os esforços realizados para se reconciliar com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação com a salvação do próximo, a intercessão dos santos e a prática da caridade «que cobre uma multidão de pecados» (1 Pe 4, 8). (CIC § 1434)” Diante disso, vamos começar uma série de artigos apresentando as práticas quaresmais, começando pela ESMOLA. A esmola, trata-se da caridade fraterna nas suas mais diversas formas: visitar um doente ou idoso, aproximar-se de alguém de quem se está afastado, ajudar material, espiritual ou psicologicamente alguém necessitado, ser mais atento à prática da esmola, sobretudo atendendo bem àqueles que batem à porta de nossa casa, doar sangue, etc. Em resumo, podemos dizer que a prática da esmola pode ser realizada através das obras de misericórdia corporais e espirituais: instruir, aconselhar, consolar, confortar, são obras de misericórdia espirituais, como perdoar e suportar com paciência. As obras de misericórdia corporais consistem em dar de comer a quem tem fome, albergar quem não tem teto, vestir os nus, visitar os doentes e os presos, sepultar os mortos. O que a oração pede, o jejum alcança e a esmola recebe. O jejum é a alma da oração, e a esmola é a vida do jejum. Ninguém tente dividi-las porque são inseparáveis. Portanto, quem ora, jejue; e quem jejua, pratique a esmola. Por causa da ganância vemos o mundo numa situação de grande injustiça e miséria para muitos. O nosso Catecismo da Igreja Católica diz: “Uma teoria que faz do lucro a regra exclusiva e o fim último da atividade econômica é moralmente inaceitável. O apetite desordenado pelo dinheiro não deixa de produzir seus efeitos perversos. Ele é uma das causas dos numerosos conflitos que perturbam a ordem social. (GS. 63,3) Toda prática que reduz as pessoas a não serem mais do que meros meios que têm em vista o lucro escraviza o homem, conduz à idolatria do dinheiro e contribui para difundir o ateísmo. (CIC § 2424).” A fim de combater o apego ao dinheiro e aos bens materiais, a prática da esmola é um grande remédio. A esmola dada aos pobres é um dos principais testemunhos da caridade fraterna e também uma prática de justiça que agrada a Deus (Catecismo da Igreja Católica 2447). “Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma, e quem tem mantimentos, faça o mesmo” (Lc 3, 11). “Dai antes de esmola do que possuis, e tudo para vós ficará limpo” (Lc 11, 41). O remédio contra a avareza é o “abrir as mãos”, não para receber, mas para dar. Quanto mais apegado você for ao dinheiro, tanto mais deve fazer o exercício de “dar” boas e generosas esmolas… até que as suas mãos aprendam a se abrir sem que o seu coração chore. Exaustivamente a Bíblia fala da importância da esmola: “Quem se apieda do pobre, empresta ao Senhor, que lhe restituirá o benefício”. (Prov 19,17). São Leão Magno dizia que “a mão do pobre é o banco de Deus”. “Dá esmola de teus bens, e não te desvies de nenhum pobre, pois, assim fazendo, Deus tampouco se desviará de ti”. (Tob 6,8) O importante é que se dê com alegria e liberdade, certo de estar ajudando o irmão e agradando ao Pai: “Dê cada um conforme o impulso do seu coração sem tristeza, nem constrangimento. Deus ama a quem dá com alegria” (II Cor 9,7) Mas, só terá mérito diante de Deus a esmola dada em silêncio. “Quando, pois, dás esmolas, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas… já receberam a sua recompensa” (Mt 6,2-4): “Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu. Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa. Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita. Assim, a tua esmola se fará em segredo; e teu
História Da Via-Sacra
A Via-sacra é o caminho que se estende entre a Fortaleza Antonia e o Gólgota, ao longo do qual Jesus carregou a cruz. O exercício da Via-Sacra, como também é chamada, consiste em que os fiéis percorram, mentalmente, a caminhada de Jesus a carregar a Cruz desde o Pretório de Pilatos até o monte Calvário, meditando simultaneamente à Paixão de Cristo. Portando a Via-Sacra é um piedoso exercício em que meditamos o doloroso caminho que Jesus percorreu desde o pretório de Pilatos até ao Calvário, onde foi crucificado e morreu pela nossa Redenção. Tal exercício, muito usual no tempo da Quaresma, teve origem na época das Cruzadas (do século XI ao século XIII): os fiéis que, então, percorriam, na Terra Santa, os lugares sagrados da Paixão de Cristo, quiseram reproduzir, no Ocidente, a peregrinação feita ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém. Como surgiu a prática deste exercício? A origem deste santo exercício é devida ao Coração amante e desolado da SS. Virgem. Esta pobre Mãe, depois da Ascensão de Jesus ao Céu, tinha por único consolo banhar de lágrimas o caminho que o seu querido Jesus tinha regado com o seu sangue divino… – Os fiéis imitaram o exemplo de Maria, e de todas as partes do mundo afluíram, à custa de mil perigos e incômodos, a Jerusalém, para venerar os santos lugares e ganhar as indulgências concebidas pelos Sumos Pontífices. – Mas a Igreja, Mãe piedosa, para poupar incômodos a seus filhos e lhes facilitar os meios de santificação, concedeu as mesmas indulgências de Jerusalém aos que visitassem as catorze Cruzes ou Estações da Via-Sacra, devidamente eretas. Qual é o objetivo desta devoção? O fim desta devoção é exercitar nas almas os sentimentos – de gratidão e amor para com Nosso Senhor Jesus Cristo, que tanto sofreu por nós, – de contrição dos nossos pecados, que foram a causa dos sofrimentos do Salvador, – de imitação dos exemplos de heroicas virtudes, que Jesus nos deixou na sua Paixão e Morte. – Não admira, pois, que este Exercício agrade tanto ao nosso amável Redentor e produza, nas almas que o praticam, abundantes frutos de santidade. A peregrinação aos lugares santos da palestina é um ideal para todo cristão, porém, que nem todos conseguem realizar, a Igreja consentiu em que os fiéis pratiquem uma peregrinação em espírito, enriquecida de graças semelhantes às que estão anexas a uma verdadeira peregrinação. É o que se dá justamente no exercício da Via Sacra Uma das práticas de piedade que a Igreja mais recomenda é a a Via Sacra. Os santos dizem que depois da santa Missa, a melhor prática espiritual é a meditação da Paixão de Cristo, aquela que mais desperta o amor de Deus no nosso coração, é a Via Sacra. Na Via-Sacra contemplamos o momento onde Cristo sofreu a sua Paixão e depois a sua morte, o mistério da nossa redenção. O momento onde Cristo, através da sua paixão, redime o pecado da humanidade. Na Via-Sacra contemplamos o amor infinito que Deus tem por nós. O imenso sofrimento de Cristo na Via-Sacra nos mostra o quando Jesus nos ama. O número de estações ou etapas dessa caminhada foi sendo definido paulatinamente, chegando à forma atual, de quatorze estações, no século XVI. O exercício da Via-sacra tem sido muito recomendado e praticado pelos Sumos Pontífices, pois ocasiona frutuosa meditação da Paixão do Senhor Jesus. Por Via-sacra entende-se um exercício de piedade segundo o qual os fiéis percorrem mentalmente com Cristo o caminho que O levou do Pretório de Pilatos até o monte Calvário; compreende quatorze estações ou etapas, cada qual apresenta uma cena da Paixão a ser meditada pelo discípulo de Cristo. A Via Sacra tornou-se então um exercício de meditação sobre os últimos dias de Jesus na terra, tendo sido representados os principais momentos por uma série de cenas, ou “estações”. O número destas estações variou no decorrer dos séculos, se fixando em 14 no século XVI. I Estação – Jesus é condenado à Morte (Mc 15, 12-13.15) II Estação – Jesus carrega a Sua Cruz (Mc 15, 20) III Estação – Jesus cai pela primeira vez (Is 53, 5) IV Estação – Jesus encontra a Sua Mãe (Lc 2, 34-35) V Estação – Jesus é ajudado por Cirineu (Lc 23, 26) VI Estação – Verônica enxuga o resto de Jesus (Sl 27, 8-9) VII Estação – Jesus cai pela segunda vez (Sl 22, 8.12) VIII Estação – Jesus encontra as Santas Mulheres (Lc 23, 27-28) IX Estação – Jesus cai pela terceira vez (II Co 5, 14-15) X Estação – Jesus é despojado de Suas vestes (Mc 15, 24) XI Estação – Jesus é pregado na cruz (Lc 23, 33-34) XII Estação – Jesus morre na cruz (Lc 23, 46) XIII Estação – Jesus é descido da cruz (Jo 19, 38) XIV Estação – Jesus é Sepultado (Jo 19, 40-42) Desde de 1300, os franciscanos da Custódia da Terra Santa, todas as sextas-feiras à tarde, conduzem uma piedosa procissão rezando a Via-sacra, para acompanhar os passos de Jesus a caminho da execução no calvário. É importante realçar ainda o papel dos Franciscanos na divulgação deste exercício. Desde o século XIV eles são os guardiães oficiais destes lugares sagrados da palestina, dedicando-se assim à propagação da veneração à Via Dolorosa do Senhor em suas igrejas e junto aos seus conventos. Atualmente a Igreja concede indulgência plenária a quem pratique o exercício da Via Sacra, piedosamente. Com o piedoso exercício da Via-Sacra renova-se a memória das dores que sofreu o divino Redentor no caminho do pretório de Pilatos, onde foi condenado à morte, até o monte Calvário, onde morreu na cruz para a nossa salvação. Para que este possa ser efetuado, requer-se uma série de quatorze cruzes (com alguma imagem ou inscrição, se possível). O cristão deve percorrer essas cruzes meditando a Paixão e a Morte do Senhor (não é necessário que siga as cenas das quatorze clássicas estações; pode servir-se de algum livro de meditação). Caso o exercício da Via Sacra se
Igreja No Brasil Se Prepara Para Ano Do Laicato
Começaremos a viver, a partir do domingo de Cristo Rei deste ano, Dia do Cristão leigo, o ano do laicato. Uma iniciativa de nossa Conferência Episcopal no intuito de protagonizar o papel e a missão dos leigos na igreja e no na sociedade. Os leigos são os cristãos batizados que não estão ligados como membros às Sagradas Ordens, ou seja, os que foram incorporados a Cristo pelo Batismo, que formam o Povo de Deus, e que participam da função sacerdotal, profética e régia de Cristo. Os cristãos leigos estão na linha mais avançada da vida da Igreja; e devem ter uma consciência clara, não somente de pertencerem à Igreja, mas de “serem e sentirem com a Igreja”, isto é, a comunidade dos fiéis na terra em unidade com o Santo Padre, o Papa, e em comunhão com seus Bispos. Juntos, como a Igreja. O leigo tem como vocação própria, procurar o Reino de Deus exercendo funções no mundo, no trabalho, mas ordenando-as segundo o Plano e a vontade de Deus. Cristo os chama a ser “sal da terra e luz do mundo” (lema deste ano do laicato). O leigo deve ser testemunha de Cristo aonde o sacerdote não chega. Ele deve levar a luz de Cristo aos ambientes de trevas, de pecado, de injustiça, de violência, enfim, ao mundo de hoje com suas virtudes e mazelas. Assim, no mundo do trabalho, levando tudo a Deus, o leigo contribui para o louvor do Criador. Ele constrói o mundo pelo trabalho, e assim coloca na obra de Deus a sua assinatura. Sabendo da importância do leigo para a Igreja, a Igreja no Brasil tem a proposta de celebrar no período de 26 de novembro de 2017, Solenidade de Cristo Rei, à 25 de novembro de 2018, o “Ano do Laicato”. O tema escolhido para animar a mística do Ano do Laicato foi: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema, como já dissemos: “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14). (Retirado do site:http://cnbb.net.br/ano-do-laicato-intensificara-o-trabalho-para-que-cristaos-leigos-e-leigas-sejam-sal-e-luz-na-igreja-e-na-sociedade acesso pela última vez: 30/10/2017). O Ano do Laicato terá como objetivo geral: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade” (Retirado do site: http://cnbb.net.br/ano-do-laicato-intensificara-o-trabalho-para-que-cristaos-leigos-e-leigas-sejam-sal-e-luz-na-igreja-e-na-sociedade, acesso pela última vez: 30/10/2017). O Concílio Ecumênico Vaticano II fez vir à tona mais ainda a atividade do leigo na Igreja: “Os leigos que forem capazes e que se formarem para isto podem também dar sua colaboração na formação catequética, no ensino das ciências sagradas e atuar nos meios de comunicação social.” (CIC §906) Os leigos são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, “eles têm a obrigação e gozam do direito, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente por meio deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que sem ela o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito”. (CIC §900). “Os leigos podem também sentir-se chamados ou vir a ser chamados para colaborar com os próprios pastores no serviço da comunidade eclesial, para o crescimento e a vida da mesma, exercendo ministérios bem diversificados, segundo a graça e os carismas que o Senhor quiser depositar neles.” (CIC §910). Nesse sentido, além do trabalho essencial dos leigos no mundo, a colaboração intra-eclesial também é muito importante como membros da Igreja. A Comissão Episcopal Especial para o Ano do Laicato organizou as atividades em quatro eixos: 1) Eventos; 2) Comunicação, catequese e celebração; 3) Seminários temáticos nos Regionais; e 4) Publicações. O Ano do leigo, pretende ainda: “Dinamizar o estudo e a prática do documento 105: ‘Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade’ e demais documentos do Magistério, em especial do Papa Francisco, sobre o Laicato; e estimular a presença e a atuação dos cristãos leigos e leigas, ‘verdadeiros sujeitos eclesiais’ (DAp, n. 497a), como “sal, luz e fermento” na Igreja e na Sociedade. Contudo, o Ano do laicato será muito especial, pois, teremos a oportunidade de ainda mais aprofundar na missão do leigo e do seu papel no contexto atual de Igreja e mundo. Segundo Papa Francisco: “em virtude do Batismo recebido, os fiéis leigos são protagonistas na obra de evangelização e promoção humana”. “Incorporado à Igreja, cada membro do Povo de Deus é inseparavelmente discípulo e missionário. É preciso sempre reiniciar dessa raiz comum a todos nós, filhos da Mãe Igreja”. (Retirado do site: http://www.news.va/pt/news/papa-francisco-leigos-sao-protagonistas-na-obra-de/ Acesso: 30/10/2017). Que nossos leigos e leigas neste ano especial, fiéis filhos da Igreja, e seguidores de Jesus Cristo, possam, diante de tantas ideologias e injustiças serem testemunhas de um tempo novo em que o Evangelho vivido seja um sinal de esperança cristã para a sociedade, totalmente comprometidos com Jesus Cristo e guiados pelo Espírito Santo no caminho para o Pai e assim sejam sempre mais testemunhas evangélicas da misericórdia divina! Autor – Cardeal Orani João Tempesta – Arcebispo Da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro Fonte: http://arqrio.org/formacao/detalhes/1940/ano-do-laicato
Como Se Preparar Para A Confissão?
No dia 11 de dezembro, às 19h, acontecerá o Mutirão de Confissão, em preparação para o Natal. A fim de ajudar a preparação para se confessar, a primeira coisa que precisamos realizar é um sério exame de consciência, para o devido arrependimento e confissão dos pecados ao sacerdote. Disponibilizamos abaixo alguns exames de consciência para cada faixa de idade (Crianças, Jovens e Adultos). Se prepare para a confissão! Cristo quer perdoar os seus pecados, através do sacerdote ordenado: “A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, lhes serão retidos“. (Evangelho de João 20, 21-23) Como se confessar? Faça um exame de consciência (Faça uma lista, se necessário. Tendo como base os 10 mandamentos). Se arrependa com toda sua alma. Arrependimento é o mais importante! Confessar os pecados ao sacerdote. Propósito de cumprir a penitência. Propósito de, com a graça de Deus, NUNCA MAIS cometer os mesmos pecados. ===================================================== 1. EXAME DE CONSCIÊNCIA PARA CRIANÇAS – Rezo as minhas orações? – Fui à Missa aos Domingos? – Falei do nome de Deus sem necessidade? – Estive desatento ou portei-me mal na Missa ou na Igreja? – Ajudei lá em casa? – Fui egoísta ou não tratei com carinho os meus pais e os meus irmãos? – Obedeci aos meus pais e aos meus professores? – Partilho os meus brinquedos com as outras crianças? – Fui impaciente? Fiquei irritado ou fui invejoso? – Fui egoísta ou insisti com teimosia em fazer a minha vontade? – Estou distraído e perco tempo durante as aulas? – Faço os trabalhos de casa o melhor que posso? Copiei nos testes? – Fiz bagunça ou confusão com os meus amigos e colegas? – Magoei alguém, dizendo mal dessa pessoa a outros? – Menti? – Roubei alguma coisa? Parti ou estraguei alguma coisa dos outros? – Dou bom exemplo? – Tenho incentivado os outros a fazer coisas erradas? – Fui egoísta nos meus pensamentos e ações? – Tenho ciúmes dos outros? – Deixei alguém fora dos meus jogos? – Rezei pelas pessoas e tentei ajudá-las a ficar mais perto de Deus? ===================================================== 2. EXAME DE CONSCIÊNCIA PARA JOVENS 1º Mandamento: Adorar a Deus e amá-Lo sobre todas as coisas. Procuro aumentar a minha fé e o meu amor a Deus Nosso Senhor? Rezo todos os dias ao levantar e ao deitar? Deixei de confessar pecados graves na confissão por vergonha? Comunguei sabendo que estava em pecado mortal? Respeitei o tempo de jejum (não tomar alimentos durante uma hora) antes de comungar? Pratiquei a superstição, magia, ou o espiritismo? 2º Mandamento: Não invocar o Santo nome de Deus em vão. Falei sem respeito o nome de Deus, de Nossa Senhora, dos Santos, da Igreja, dos sacerdotes e das coisas sagradas? Jurei sem necessidade, e tenho esse mau costume? Fiz juramentos falsos? Fiz alguma promessa a Deus Nosso Senhor ou aos Santos, que ainda não cumpri? 3º Mandamento: Santificar os Domingos e festas de Guarda. Faltei à Missa ao Domingo ou festa de Guarda por culpa minha? Creio em tudo o que a Santa Igreja Católica ensina? Confessei-me e comunguei ao menos uma vez ao ano? 4º Mandamento: Honrar para e mãe e os outros legítimos superiores. Obedeci de boa vontade aos meus pais e às pessoas mais velhas? Disse mal deles ou tratei-os sem respeito? Entristeci-os com alguma coisa má que fiz? Procuro deixar arrumadas as minhas coisas? Estudo a sério em casa e na escola, reparando no esforço que os meus pais fazem por mim? Deixo-me levar pelo mau gênio ou aborreço-me muitas vezes sem grandes motivos? Zanguei-me com os meus irmãos? Fui teimoso? Sou egoísta com as minhas coisas e custa-me emprestá-las aos meus irmãos? Rezei pelos meus pais, irmãos, familiares e companheiros? 5º Mandamento: Não matar nem causar outro dano no corpo ou na alma a si mesmo ou ao próximo. Procurei não fazer troça dos outros, não brigar e não fazer sofrer ninguém? Zanguei-me quando perdi algum jogo, ou soube aceitar com alegria a derrota? Perdoei as ofensas que me fizeram? Atendi com delicadeza os meus irmãos, os meus companheiros, os meus amigos, as pessoas que me servem? Tenho inveja dos outros? Dei sempre bom exemplo, sem fazer pecar os outros? Venci o mau gênio e o orgulho? Embriaguei-me ou tomei drogas? Procurei-me pelo bem do próximo, avisando-o de algum grave perigo material ou espiritual, em que se encontrava ou corrigindo-o como exige a caridade cristã? Dei do meu dinheiro alguma esmola para os pobres? 6º e 9º Mandamentos: Guardar castidade nas palavras e nas obras. Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos. Procurei afastar imediatamente todos os pensamentos indecentes? Consenti neles? Fiz ações indecentes, sozinho ou acompanhado? Tive conversas indecentes? Comecei-as eu? Assisti a diversões que me colocaram em ocasião de pecar: filmes indecentes, certas festas, leituras, revistas ou companhias…? Sou cuidadoso ao escolher os programas da TV? 7º e 10º Mandamentos: Não furtar nem injustamente reter ou danificar os bens do próximo. Não cobiçar as coisas alheias. Respeitei as coisas dos outros, não tirando nem querendo tirar, dinheiro ou qualquer outra coisa a ninguém? Devolvi as coisas que me emprestaram ou encontrei? Estraguei por querer as minhas coisas ou as dos outros? Gastei mal o dinheiro que me deram? Joguei lealmente, sem fazer trapaça? 8º Mandamento: Não levantar falsos testemunhos nem de qualquer outro modo faltar à verdade ou difamar o próximo. Disse sempre a verdade? Quando não digo a verdade é por vaidade? É para parecer mais do que sou ou tenho? Ou é por cobardia, para esconder o que fiz mal, ou fugir às minhas responsabilidades? Minto habitualmente, só porque digo que são coisas de pouca importância? Falei mal dos outros sem ser verdade? Deitei, com mentiras, as culpas para os outros? Falei sem necessidade das faltas dos outros? Dou-me conta de que, apesar dessas faltas serem verdadeiras, não devo falar delas? Julguei as ações dos outros com superficialidade? Comentei-as com os meus amigos? Descobri segredos? Copiei nos exames (colei nas provas)? ===================================================== 3. EXAME DE CONSCIÊNCIA PARA ADULTOS Oração
Por Que Os Católicos Não Comem Carne às Sextas-feiras?
Quando os católicos devem fazer abstinência de carne? A maioria dos fieis responderiam que a abstinência de carne é obrigatória na Quarta-feira de cinza e Sexta-Feira Santa. Porém essa resposta está incompleta. É uma grande surpresa para todos, mas a obrigação de realizar abstinência de carne, de acordo com o Código de Direito Canônico (que é o livro que mostra todas as leis da Igreja) é em TODAS AS SEXTAS FEIRAS DO ANO. Surpreso? É isso mesmo! Pela legislação atual da Igreja, essa determinação ainda é válida e está, portanto, em pleno vigor. No cânon 1251 , lemos -” Guarde-se a abstinência de carne ou de outro alimento segundo as determinações da Conferência episcopal, todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades; a abstinência e o jejum na quarta-feira de Cinzas e na sexta-feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.” Portanto, de acordo com a lei atual da Igreja, todo católico, a partir dos 14 anos de idade, deve cumprir a abstinência de carne em todas as sextas feiras do ano, exceto em alguma solenidade (se por exemplo o Natal cair numa sexta feira, não é necessário fazer abstinência de carne). No Brasil, de acordo com a CNBB, tendo aprovação da Santa Sé: “o fiel católico brasileiro pode substituir a abstinência de carne por uma obra de caridade, um ato de piedade ou ainda trocar a carne por um outro alimento (CNBB, Diretório da Liturgia e da organização da Igreja no Brasil, 2010).” No nosso país é possível mudar a abstinência de carne por uma obra de caridade ou piedade (fazer uma oração especial, por exemplo), ou trocar por outro alimento. Porém, em toda tradição cristã, a abstinência de carne sempre foi mais utilizada, justamente para lembrar a paixão de Jesus. Santo Tomás de Aquino diz que o “jejum foi estabelecido pela Igreja para reprimir as concupiscências da carne, cujo objeto são os prazeres sensíveis da mesa e das relações sexuais” (Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, II, II, q. 147, a. 8) Por meio de tal prática é que se pode alcançar com frutos a virtude da temperança, definida pelo Catecismo da Igreja Católica como sendo a “virtude moral que modera a atração pelos prazeres e procura o equilíbrio no uso dos bens criados” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1809). Ela assegura o “domínio da vontade sobre os instintos e mantém os desejos dentro dos limites da honestidade” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1809). O costume de se abster de carne na sexta-feira sempre esteve ligado à Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, portanto, é necessário recuperá-lo a fim de aumentar ainda mais a devoção e a própria configuração Àquele que deu seu Sangue e sua vida por amor a nós, pobres criaturas. E, assim, como não amar de volta? Como não recordar – na sexta-feira – o grande amor que salvou a humanidade? Salve Maria!
Mês Das Missões: Discípulo Missionário
Na Igreja da América latina, aconteceu um grande encontros de bispos, entre os dias 13 e 31 de maio de 2007, a chamada V Conferência do Episcopado Latino-americano (Celam), que foi realizada em Aparecida (Santuário Nacional), tendo a presença do Papa Bento XVI. O objetivo do encontro teve como foco de luz rever a missão evangelizadora no nosso continente. Com o tema “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo para que n’Ele todos os povos tenham Vida”, a conferência gerou como resultado final o chamado “Documento de Aparecida”. Neste documento, a Igreja faz um grande convite para que nós possamos ser Discípulos Missionários. O Documento de Aparecida nos diz que: “Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria.” (DAp 32) O Papa Francisco hoje, fazendo coro ao Documento de Aparecida, diz: “Todos nós batizados somos discípulos missionários e somos chamados a nos tornar no mundo um Evangelho vivo” (Papa Francisco – Angelus 09/02/2014) Jesus diz: “Vinde a mim” e em seguida, “ide e ensinai”. É esse o pulsar da Igreja, é o que a move. O que está tão claro no Documento de Aparecida, tantas vezes citado pelo Papa Francisco: a missionariedade da Igreja. Discípulo missionário. Aprender e ensinar. Conhecer Jesus e anunciá-lo. A estrutura do aprendizado cristão está no fato de que é preciso evangelizar. Ser discípulo é seguir um mestre, é imitá-lo nas ações e ensinamentos. Jesus é o mestre dos mestres, pois ele é o próprio Deus que se fez homem. Autor de toda história e de toda existência; fonte e meta da nossa realização e da nossa felicidade. Ser discípulo de Cristo nos leva a compartilhar esse grande presente que é ser amado por Jesus, tendo consciência que Ele nos salvou com o seu sacrifício na Cruz. Levar essa boa notícia, esse evangelho, é ação missionária. Por isso não é possível ser discípulo de Cristo e não ser missionário. Guardar esse presente de forma individual e não desejar compartilhar com os outros é um grande ato de egoísmo e falta de amor ao próximo. Descobrimos a fonte da nossa felicidade, sentido da nossa vida, e guardamos só para nós? Não. Devemos levar a fé em Cristo a todos os povos! Sejamos discípulos missionários! Salve Maria!
Você precisa fazer login para comentar.